DESISTI DE VIVER
Atualizado dia 11/21/2010 7:13:01 PM em Autoconhecimentopor Mônica Turolla
Quero entender isso.
Desistimos de viver, mas estamos vivos. Como?
Desistir de viver não elimina a vida. Elimina o prazer.
Fazendo isso desistimos de aproveitar a vida, mas não de viver. A vida continua a despeito desta decisão que tomamos.
Nos punimos por que estamos sofrendo? Ou estamos agindo como crianças mimadas que por não terem o brinquedo que queriam não querem nenhum?
Quem é o maior prejudicado aqui? O que estamos fazendo conosco?
Já estamos em dor e ainda nos provocamos mais dor... nos privando do que está bom na nossa vida?
Na realidade, desistimos de aproveitar a vida. Não sentimos que valemos a pena, que mereçamos porque perdemos a motivação. Pense nisso.
O que deprime é justamente o sentimento de não se sentir capaz de aproveitar a vida.
A nossa tendência quando estamos deprimidos é focar no que nos desagrada, deixando de lado todas as outras coisas, ou seja, um acontecimento desagradável desvaloriza qualquer ou todas as coisas boas que temos na vida.
A depressão é um recolhimento, acreditamos que como não fomos capazes de resolver alguma coisa ou lidar com um acontecimento ‘não merecemos viver, somos nossos próprios algozes, nos julgamos e condenamos.
Nos privamos da felicidade, por não nos considerarmos dignos, isso não faz sentido.
Quando somos procurados por alguém com problemas, temos palavras de conforto, somos gentis, mas conosco não fazemos o mesmo.
Se nos flagramos reagindo (ou não reagindo) de alguma forma inadequada, não somos gentis conosco mesmos, não nos confortamos, mas ao contrário, nos acusamos, sentimos culpa.
Nossa conduta devia ser inversa. Houve uma decepção, traição, frustração, já que este acontecimento me entristece não vou doar energia a ele, vou focar no existe de bom na minha vida.
Faz sentido desprezar o que há de bom em detrimento de um acontecimento desagradável?
Quantas atitudes tomamos na vida como crianças mimadas, que na realidade não nos fazem bem algum?
É preciso agir com consciência, pensar antes de reagir.
É preciso ter amor próprio, buscar a preservação do nosso bem estar, podemos passar por tempestades, mas após a tempestade o ar é mais limpo e fresco, e começamos com novo ânimo.
É preciso que nos tratemos como nosso melhor amigo, com amor, paciência, gentileza.
É preciso que haja auto respeito e não auto punição, nem auto cobrança.
Desistir de viver não extingue a vida, já que ela está aí, vamos aproveitar, não acham?
Mônica Turolla
21/11/2010
www.monicaturolla.com
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