Desmistificando a Morte _ 2ª parte
Autor Guilhermina Batista Cruz
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 11/11/2004 10:28:55 PM
É claro que existem vários tipos de morte, mas, quando o espírito não desencarna através de morte natural, como no caso de acidente, ele terá dificuldades em se perceber morto, ou, ele pode até se ver, mas não acreditar que é ele mesmo que ali está. Isso ocorre, principalmente, com aqueles que não acreditam na vida espiritual como ela é realmente.
Não vislumbrando nenhum “anjo” para os receber, vendo-se inteiros, e, iguaizinhos ao que eram antes, acham que estão sonhando, e assim, permanecem por muitos dias, até enxergarem que seus anjos (espíritos protetores) estão juntinhos deles, só esperando a hora de seu despertar para melhor os auxiliarem.
Muitos desencarnados ficam perturbados, pois, às vezes, acordar para a vida espiritual, apesar de lhes causarem alegria por sentirem-se vivos, pode, no início, causar-lhes tristeza pela separação daqueles a quem amam, inclusive, prejudicando sua adaptação, se tiverem um apego exagerado a pessoas e às coisas materiais.
Os espíritos nos esclarecem, que a perturbação não é a mesma para todos, dependendo do grau de evolução, desprendimento e discernimento que tivermos, e que, o conhecimento das realidades espirituais, nos ajudarão em nossa adaptação.
Àquele que, desde quando encarnado, já cultivava sentimentos de amor, compaixão, fraternidade e ajuda aos seus irmãos de caminhada, pouca ou nenhuma perturbação poderá ter, visto a alegria do retorno à sua verdadeira morada, a qual, não demorará a perceber como sua realidade principal.
A vida espiritual é mais rica, em todos os sentidos, e com mais luz e bênçãos que a nossa estada terrena, pois lá, segundo os esclarecimentos e ensinamentos espirituais, as emoções e sentimentos serão mais sinceros, já que apreenderemos tudo com mais clareza, pela melhor percepção que teremos.
Vejamos o que tão bem nos diz Lèon Denis a respeito da morte: “ A morte é só aparente, sòmente muda a forma exterior, o princípio da vida, a alma, fica em sua unidade permanente, indestrutível.
Ela se acha, além do túmulo, na plenitude de suas faculdades, com todas as aquisições com que se enriqueceu durante as suas existências terrestres: luzes, aspirações, virtudes e potências. Eis aí os bens imperecíveis a que se refere o Evangelho , quando diz: “ Os vermes e a ferrugem não os consumirão nem os ladrões os furtarão. São as únicas riquezas que poderemos levar conosco e utilizar na vida futura”.
Ele também nos fala :" A morte é uma grande reveladora. Nas horas de provação, quando as sombras nos rodeiam, perguntamos algumas vezes: Por que nasci eu? Por que não fiquei mergulhado lá na profunda noite, onde não se sente, onde não se sofre, onde só se dorme o eterno sono? E, nessas horas de dúvida e de angústia, uma voz vem até nós e diz-nos: Sofre para te engrandeceres, para te depurares! Fica sabendo que teu destino é grande. Esta terra fria não é teu sepulcro. Os mundos que brilham no âmbito dos ceús são tuas moradas futuras, a herança que Deus te reserva. Tu és para sempre cidadão do Universo; pertences aos séculos passados como aos futuros, e, na hora atual, preparas a tua elevação. Suporta, pois, com calma, os males por ti mesmo escolhidos."
Depois da Morte - capítulo XIII
Não vamos então, nos basear em teorias que fazem da morte à porta para a destruição do ser, ou para castigos intermináveis, vamos encará-la como a entrada num mundo de paz e vida eterna, onde, sempre contaremos com o amor do Pai para nosso crescimento espiritual.
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