DEUS E O HOMEM
Atualizado dia 8/11/2007 12:05:12 PM em Autoconhecimentopor Gilberto Cabral de Carvalho
Analisando historicamente as idéias vinculadas à existência de Deus sempre se configurou, desde o culto ao fogo, chuva, trovão, etc., a identificação de um poder maior, incompreensível e inatingível, para a realidade da vida, em todos os níveis e em todos os reinos da natureza. Isso inclusive está codificado na Igreja Cristã pela conotação da tríade divina: onipresente, onipotente e onisciente.
Pelo que se sabe, em todas as civilizações conhecidas já se cultuava o ponto mais importante desse processo: a divinização do desconhecido. E este é, a meu ver, o aspecto determinante e, eu diria, o divisor de águas que me dá uma dicotomia da realidade Deus. A partir do momento em que eu percebo e compreendo (até mesmo e principalmente pelo conhecimento científico) realidades antes inexplicáveis, naturalmente eu incorporo à minha essência aquela faceta de Deus, antes incompreensível e transcendente, fazendo-a tão natural e automática, que já não distingo a diferença entre eu ser atuante no universo e Deus presente em mim.
Assim sendo, passo a definir Deus, dentro do conceito tradicional, como um poder que está além do conhecimento do homem. Isso pode ser bem compreendido pela mudança de postura do ser humano a partir do momento em que ele tomou consciência das realidades desconhecidas, as dominou e as incorporou, partindo para novas descobertas e novas conquistas, automatizando aquela parcela de Deus antes transcendente, agora realidade interior de si mesmo.
Da mesma forma podemos observar a reação do ser humano desde o momento do seu nascimento. O bebê quando nasce se identifica com o universo (este é o grande segredo e a grande mágica da vida) através do contato com o calor da mãe; em seguida, com o seio, com o leite, com os sons, com a claridade, com a sua fisiologia, com a roupa, com as imagens, com as pessoas, com o ambiente, ampliando cada vez mais a dimensão do universo com o qual ele vai se identificando. Em nenhum momento podemos dizer que ele está consciente da idéia que nós temos de Deus. Ele só teme o desconhecido e em qualquer momento em que se sente inseguro ou desprotegido, ele busca o que já é conhecido e se acalma, porque nessa hora ele resgata a identidade com a energia universal já dominada e incorporada à sua essência.
O que, na verdade, muda nessa transição criança/adulto é apenas a evolução do nível de compreensão e consciência, mas mantendo sempre a necessidade do equilíbrio da sua energia, inicialmente pela identidade com o conhecido e posteriormente pela existência de um símbolo forte, expressivo e principalmente protetor para o desconhecido, ambos representados pela imagem de Deus, vivo em nós e além de nós.
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