Deus não tem nada a ver com aquilo que você faz

Enquanto você for o fazedor, Deus estará distante. Ele só irá apresentar-se quando você render-se às suas proposições. Enquanto você não entregar-se de corpo e alma a Ele, só experimentará sofrimentos. Se você insiste em continuar vivendo como uma criança tola que gosta de colocar a mão no fogo, continuará se queimando. Quando você irá perceber que simplesmente não está no controle?

Deus é a própria Natureza, com todos os seus princípios eternos e imutáveis. Não existe erro na perfeição dessa Natureza, não existem equívocos. Se você não enxerga a lógica justa e misericordiosa que envolve a condição humana, é porque vive na ignorância. A Natureza sempre te conduzirá para a iluminação, por mais difícil que seja compreender e perceber que tudo está inserido em uma Lei de Evolução. Por mais difíceis que pareçam os obstáculos, tudo tem um objetivo maior, voltado para um bem maior. Deus não pune, Deus não castiga, Deus apenas ensina através dos princípios que regulamentam a Vida.

Portanto, meu amigo, não é aquilo que você faz que é importante, mas aquilo que você pára de fazer. Investigue: todas as tuas ações produzem carma, pois o significado para Karma é ação. Ninguém jamais irá colher aquilo que não plantou!

Dessa forma, pare de brigar, pare de irritar-se, pare de temer, pare de desejar, pare de julgar, pare de avaliar, pare de falar. Pare agora, meu amigo! Pare com tudo aquilo que se transformou em rotina na sua vida, aquilo que colocou a sua vida no automático e tirou a sua presença. Isso é redenção!

Um dia você irá perceber que, mesmo andando no vale das sombras e da morte, nada irá afetá-lo, pois Deus está em você, Deus é você. Aliás, esse será o único Deus que você irá conhecer: você mesmo!

Da fonte do nosso Ser, toda a complexidade da Natureza brota em harmonia com o Todo Universal. Não existe algo fora da Consciência para ser adorado ou reverenciado. Esse estágio primitivo de adoração a um Deus transcendente é o que nos mantém no atraso de desenvolvimento do nosso Ser.

Os antigos, por não conseguirem explicar o trovão, o transformavam em um Deus. Assim surgiram Thor, Indra, Zeus e tantas outras entidades representando um fenômeno natural que nossa ignorância não conseguia explicar. Começamos a fazer sacrifícios para que os trovões cessassem, começamos a imolar nossas virgens para que tivéssemos boas colheitas, começamos a promover guerras em nome de deuses beligerantes que nos conduziam. Tudo isso por absoluta ignorância.

Quando o homem fará  essa inflexão? Quando deixará de olhar para fora e voltar os olhos para si, através de uma profunda investigação de sua Verdadeira Natureza?

Quando enfim conseguirá sentar no trono do seu próprio ser e assumir a sua condição divina?