Menu
Somos Todos UM - Home

DIA DAS CRIANÇAS

Facebook   E-mail   Whatsapp

Autor CLUBE DO LIVRO INFANTIL ÊXITO

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 10/9/2005 12:33:01 PM


Hoje comemora-se, em nosso país, o “Dia das Crianças”. E quando falamos de crianças, geralmente, nos lembramos da magia de sua fala, do encantamento de suas brincadeiras, da alegria de suas descobertas.

Tanto é que, ao iniciar este texto, a primeira coisa que me veio à mente foi uma piada que circula pela internet, sem autoria, e que acho muito interessante para exemplificar esse mundo infantil construído de magia. Diz a piada:

Desesperado, o chefe olha para o relógio e já não acreditando que um funcionário chegaria a tempo de fornecer uma informação importantíssima para uma reunião que estava começando, liga para o dito cujo.
- Alô! - atende uma voz de criança, quase sussurrando.
- Alô!. Seu papai está?
- Tá... - ainda sussurrando.
- Posso falar com ele?
- Não. - diz a criança bem baixinho.
Meio sem graça, o chefe tenta falar com algum outro adulto.
- E a sua mamãe? Está aí?
- Tá.
- Ela pode falar comigo?
- Não. Ela tá ocupada.
- Tem mais alguém aí?
- Tem... - sussurra.
- Quem?
- O "puliça".
Um pouco surpreso, o chefe continua:
- O que ele está fazendo aí?
- Ele tá conversando com o papai, com a mamãe e com o "bombelo".
Ouvindo um grande barulho do outro lado da linha, o chefe pergunta assustado:
- Que barulho é esse?
- É o "licópito".
- Um helicóptero!?
- É. Ele "tlôce" uma equipe de busca.
- Minha nossa! O que está acontecendo aí? - o chefe pergunta, já desesperado.
E a voz sussurra com um risinho safado:
- Eles tão me "puculando".


Aposto que você está sorrindo dessa “arte infantil” cheia de imaginação. Mas, criança que é criança, que tem ao seu lado adultos que lhes permite ser realmente criança, sempre consegue nos emocionar. Vejam esse outro texto que também circula pela Internet, sem autoria:

Um certo dia um pastor foi a uma escola falar de DEUS. Chegando lá perguntou se as crianças conheciam Deus e elas responderam que sim. Continuou a perguntar e elas disseram: "Deus é o nosso Pai; Ele fez a terra, o mar e tudo que está neles; nos fez como filhos Dele." E o pastor se impressionou com a resposta dos alunos e foi mais longe:
- Como vocês sabem que Deus existe, se nunca O viram?
A sala ficou toda em silêncio, mas Pedro um menino muito tímido levantou as mãozinhas e disse:
- Pastor, a minha mãe me disse que Deus é como o açúcar no meu leite que ela faz todas as manhãs; eu não vejo o açúcar que está dentro da caneca no meio do leite mas eu sinto que ele está lá e se ela tira, fica sem sabor. Deus existe e está sempre no meio de nós, só que não O vemos, mas se Ele sair de perto, nossa vida fica ... sem sabor!!!


Sei que muitos ao lerem isso ficaram emocionados, assim como fiquei. Mas, gostaria de lembrar que nem todas as crianças conseguem ser crianças e nos brindar, emocionar com as situações descritas acima.

Aqui não estou me referindo apenas àquelas pelo mundo afora que subnutridas, são fotografadas ao lado de corvos pretos em pele e osso... Não estou me referindo apenas àquelas que são ensinadas a odiar e empunhar armas de fogo contra os “pretensos inimigos”... Não estou me referindo apenas àquelas que são usadas sexualmente por adultos desequilibrados... Não estou me referindo apenas àquelas que são escravizadas no trabalho de carvoarias pelo Brasil a fora ou em muitos lares, prestando serviços domésticos... Estou me referindo àquelas mais próximas de nós, em nossos lares, em nossa vizinhança, nas escolas, no convívio social e familiar. São crianças que não têm ao seu lado, adultos amorosos a acompanhá-la.

E podemos descobri-las facilmente... Basta olhar em seus olhos e veremos a dor em seu olhar. São crianças tristes e introspectivas. Como são agredidas constantemente aprendem a não exteriorizar seus pensamentos infantis e vivem em seu mundo, sem muito contato com o exterior.

Certa vez, fiz uma viagem de férias para a Bahia. Fui de ônibus e quando estávamos passando numa cidadezinha daquela região, o ônibus fez uma pequena parada para descida de um passageiro, bem de frente para uma casa velha com uma pequena escada. De minha janela podia observar uma criança sentada na escada que olhava o ônibus, mas não o enxergava. Seu olhar se perdia além do carro à sua frente. Era um olhar tão profundamente sofrido, amargo, triste que, por pouco, não desci também e a coloquei no colo. Aquele olhar me perseguiu muito tempo. Ficava pensando no que teria acontecido para uma criança ter um olhar assim tão sofrido...

Algum tempo mais tarde, enquanto fazia uma terapia em grupo, entendi finalmente que aquele olhar mexeu tanto comigo porque era o reflexo da minha criança ferida. Lembrei fatos ocorridos em minha infância e que me marcaram profundamente mas que, até então, estavam soterrados dentro de mim mesma.

Em um deles, me vejo brincando num balanço com um primo. Balançava com muito cuidado, pois ele era muito pequeno. Aí, chega outro primo um pouco maior que nós dois e entra na brincadeira. Afasto-me um pouco e ele começa a balançar o primo menor cada vez mais alto. O primo do balanço grita para o outro parar, pois tem medo de cair. Eu também peço para ele parar mas a criança maior não escuta. Então, num momento inesquecível, o primo cai batendo a cabeça nas pedras do chão que se colorem de sangue. Assustado o maior sai correndo para se esconder. Eu me vejo vencendo a perplexidade daquele momento e saindo em busca de socorro para a criança ferida.

Grito por socorro, assustada. Vejo-me rodeada por adultos que chegam armados... Gritam, acusam, querem me bater, fazem ameaças de todos os tipos e, finalmente, quando seu repertório violento acaba, percebem que precisam auxiliar a criança ferida que desmaiada é levada ao hospital. Felizmente foi apenas um susto... E na volta resolvem me perguntar porque havia feito aquilo ao primo. Assustada diante da nova ameaça de que eu teria que me ver com meu pai quando ele chegasse consigo, finalmente, abrir a boca e acusar: - Não fui eu! Foi o primo que fugiu!

Nesse fato podemos perceber que só tomei conhecimento dessa criança ferida depois de adulta. Depois que fui buscar me conhecer melhor e procurar saber porque reagia de uma forma ou outra em determinadas situações da vida. Só então passei a valorizar a criança e seu mundo. Só então percebi o quanto nós adultos podemos ser cruéis, sem nem ao menos, perceber o que estamos fazendo.

Hoje trabalho com um Clube de Livro Infantil, visando levar às crianças livros que tenham conteúdos que possam auxilia-las em seu desenvolvimento e despertar, resgatar no adulto - este quase sempre com sua criança ferida - através de mensagens semanais uma convivência diária cheia de magia e encantamento que esses seres pequeninos podem nos proporcionar.

Quer conhecer o Clube do Livro Infantil? Acesse:
https://clubelivroinfantil.ubbihp.com.br/êxito

Quer se inscrever em nosso grupo e receber nossas mensagens semanais? Envie um email com a frase "Quero participar desse grupo" para o endereço [email protected]

Texto revisado por Cris

Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 7


estamos online   Facebook   E-mail   Whatsapp

Conteúdo desenvolvido pelo Autor CLUBE DO LIVRO INFANTIL ÊXITO   
Visite o Site do autor e leia mais artigos..   

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.
Veja também
Deixe seus comentários:



© Copyright - Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução dos textos aqui contidos sem a prévia autorização dos autores.


Siga-nos:
                 

Energias para hoje



publicidade










Receba o SomosTodosUM
em primeira mão!
 
 
Ao se cadastrar, você receberá sempre em primeira mão, o mais variado conteúdo de Autoconhecimento, Astrologia, Numerologia, Horóscopo, e muito mais...


 


Siga-nos:
                 


© Copyright 2000-2025 SomosTodosUM - O SEU SITE DE AUTOCONHECIMENTO. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade - Site Parceiro do UOL Universa