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DIALOGO COMPLICADO ENTRE NOVOS CASAIS - PARTE II

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Autor Espaço Alternativo

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 6/6/2006 12:29:06 PM


Se construirmos relações afetivas onde a liberdade da expressão de sentimentos só possa acontecer na cama, só quando estivermos fazendo sexo, sentiremos no dia seguinte que todos os beijos foram mentirosos, que todas as exclamações foram fingidas, que nossos corpos mentiram para nós. E sentiremos no dia seguinte que foi só sexo. E confirmaremos isso sempre que ao invés de tentarmos demonstrar nossos sentimentos ficarmos quietos, desaparecendo, não dando notícias do quanto o outro foi importante para nos naquele momento, e deixando claro que o outro não é para nós um encontro casual de “quem sabe um final de semana”, ou “quem sabe qualquer dia”, “ou quem sabe todas as noites rotineiras de casados”

Devemos ter com nossos companheiros, namorados, esposos, o eterno compromisso e o suave comprometimento de que vamos estar sempre a fim de ir a uma festa juntos em todos os finais de semana. Se hoje estamos na cama e na casa juntos, devemos e precisamos imaginar que somos algo mais que simples “amantes”, “esposos”, “namorados”, devemos aí querer que esse(a) cara participe da minha vida e eu da dele. Não devemos escolher que parte da nossa vida estamos a fim de compartilhar um com outro. Devemos compartilhar tudo. Até mesmo nossos momentos de indecisão e angústia. É importantes que participemos do sofrimento, das pequenas vitórias, dos pequenos percalços. E muito saudável para uma relação afetiva verdadeira não participarmos somente daquilo que o outro resolve permitir que nós participemos, na hora que o outro quiser que participemos, do jeito que o outro achar conveniente que participemos. Não liguemos o nosso botão de “que se dane” para o outro. Pratiquemos o compartilhamento.

Acho muito legal que todos possamos ter a liberdade de ficar ligando, mandando mensagens bobocas de adolescentes apaixonados, achando que o outro é o nosso Príncipe ou Princesa Encantado(a). Aquele que além de vir correndo com seu cavalo branco e espada nos socorrer, proteger e amparar, demonstra que gosta verdadeiramente de nós.

Acho também muito legal entendermos que quem ama cuida e protege. Cuida de si mesmo, se protege de si mesmo, de seu comportamento, de suas neuroses e paranóias, para poder se oferecer ao seu ser amado, não sendo frio ou insensível se protegendo do outro que afinal de contas ainda não cometeu nenhuma loucura contra nós. Quem ama cuida e protege o seu amado contra suas próprias investidas de auto defesa.

Se ficarmos achando que somos os únicos seres deste planeta com problemas existenciais, nunca demonstraremos nosso amor, só nosso egoísmo, nossa tentativa de defender velhas idéias. Estaremos afastando o outro o tempo todo, e ainda por cima tirando onda de sofredores, que precisamos de amigos e relacionamentos pois estamos muito isolados... Agindo assim só estaremos demonstrando que gostamos mesmo é de falar do nosso isolamento, mas preferimos continuar dentro dele maltratando as pessoas que nos amam. Pessoas que fomos nós mesmos quem conquistamos a agora não estamos sabendo curtir e aproveitar a conquista.

Algumas pessoas precisam de poucas e pequenas coisas para serem felizes, mas não se dão conta disso. Seus estados de carência sempre andam muito grandes: andam carentes de afetos, de trabalho, de dinheiro, de moradia, de família, etc. etc. etc. E aí, quando qualquer um destes setores é preenchido, recebe a carga de carência de todos os outros. E se o setor preenchido for o do relacionamento afetivo, vai receber uma carga ainda maior pois o peso do relacionamento amoroso costuma ser o dobro do das outras necessidades existenciais, porque teimamos em correlacionar nossa felicidade única e exclusivamente aos nossos amores. Sempre cobramos o total da nossa felicidade do ser que amamos.

Não acho isso de tudo ruim, pois assim ficamos mais carinhosos, amorosos, cuidadosos, mais tudo, uma vez que estamos jogando para um setor só todas as carências que sentimos. Mas sempre vamos querer receber de volta na mesma intensidade.

Podemos cortar de nosso livrinho de regras do bom e novo relacionamento os seguintes comportamentos negativos:

1. já fiz muito isso na minha vida...
Fez muito isso com quem? Com seu novo companheiro? Claro que não pois estão começando agora. Então não comece você a comparar nada a seus relacionamentos errados anteriores.

2. Nunca mais faço isso ou aquilo...
Não vou mais fazer o que? Será que a nova pessoa de sua vida não merece que você faça alguma coisa legal por ela? Será que ela não merece algum esforço seu para consertar um mal entendido, ou qualquer outro complicação na relação de vocês? Afinal de contas, tudo entre vocês é novidade, e se você gosta dela então ela merece tudo, até uma mudança do seu velho comportamento. Mesmo que você sinta medo disso.

Se você se negar essas pequenas concessões, fazendo o outro se sentir mal conscientemente, intencionalmente, já que podia ter tomado alguma atitude e não teve coragem de fazê-lo, estará colocando o outro em estado de humilhação. Isole o seu passado. Seu novo companheiro não fez parte dele e não deverá ser penalizado por ele. Nosso passado deve servir para que prestemos atenção nas situações atuais e não repitamos as ruins. Nunca use o seu passado para colocar seu novo amor dentro dele, como se o novo fosse igual ao antigo, ou como se o novo tivesse a obrigação de ser igual às outras situações da sua vida.

Um novo amor não é igual a nada ou a ninguém. Um novo amor é ele mesmo. Um novo amor é uma situação maravilhosa, uma mãe carinhosa, uma natureza escandalosamente bela. Um novo amor é a sensação de ser capaz de se renovar profundamente, de se entregar, de viver intensamente e principalmente de se arriscar, de cair em abismos e ter forças e capacidade de sair deles. Um novo amor é para não se ter medo dele, para que tenhamos uma nova vontade de viver – perto e junto de alguém.

Se você nunca fez e nem quer fazer agora uma ampla reflexão sobre o porque das forma complicada do diálogo entre você e seu par, estará dando ao outro motivos para ele se sentir daquela maneira que eu citei lá em cima, no início do texto. Humilhado e cansado de investir numa relação unilateral. Lembremos que o universo é dual. E que nós por temperamentos somos exclusivistas, e assim para conseguirmos nos igualar ao universo em dualidade, ou melhor, para podermos ser duas faces como a luz e a escuridão, o bem e o mal, o amor e o ódio, precisamos de uma outra metade. Precisamos do outro. Precisamos do nosso companheiro. Precisamos exercitar o amor.


Vera Lucia Eleone
Espaço ALternativo

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