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Dinheiro: um caso de amor, respeito e liberdade

Atualizado dia 15/04/2015 11:12:29 em Autoconhecimento
por Alex Possato


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Quando falo com alguém com problema de dinheiro, imediatamente lembro da minha história: muita dificuldade de ganhar dinheiro, mais difícil ainda guardá-lo, impossível multiplicá-lo. Ainda não tenho certeza se já estou em paz realmente com este elemento tão importante, pelo menos para mim, mas posso ver na prática grandes progressos. Sendo assim, gostaria de compartilhar um pouco do meu processo, dividindo exatamente em três fases: ganhar, guardar e multiplicar. Pois assim é o meu caminho… para alguns, pode até parecer óbvio: se não ganho, não há o que guardar. Se ganho, mas não guardo, não posso multiplicar. Se não multiplico, logo, logo, deixo de ganhar, afinal, a continuidade é algo inerente a toda energia que não se encontra bloqueada. Mas para mim, demorei bastante para entender na prática, este processo. Vamos por partes.

Ganhar dinheiro

Criado por uma avô comunista, vindo de um lar onde a falta de dinheiro era motivo constante de brigas e crises, filho de pai e mãe que não conseguiram de maneira alguma, adquirir e manter bens, convivendo muito tempo com dívidas e cobranças, o que tinha registrado dentro de mim é: dinheiro é um saco! Quem tem dinheiro não presta e quem não tem é um pobre coitado. Meu avô era um cara trabalhador, porém, muito desconectado da questão material. Não tinha grandes ambições, ou talvez as tivesse, mas perdeu a força de ir atrás dos sonhos, afinal, tentou muitas vezes fazer o próprio negócio, e em todas as vezes, acabou deixando tudo e perdendo o que foi construído. Meu pai lidava com dinheiro como um gigolô lida com suas meninas: usava, se exibia, jogava fora. E depois precisava das mulheres para pagar suas contas. Minha mãe se aposentou como funcionária pública, devido a problemas emocionais, mas parece nunca ter aceitado muito bem o dinheiro que vem do governo: precisa gastar tudo e mais um pouco, estando sempre com empréstimos abertos. Os bens que eram dos avós maternos, foram todos vendidos e o dinheiro desapareceu…

Se você está em busca de ganhar dinheiro, a primeira coisa que deve fazer é realizar uma investigação séria, seríssima, sobre a relação sua com o dinheiro, e da sua família com o dinheiro, as posses, a disputa que possa ter havido por bens materiais. É preciso estar em paz com a sua história e libertar-se das distorções emocionais que prendem você a uma ideia equivocada a respeito da matéria. Dinheiro é algo neutro. Uma energia poderosa, mas que é usada de acordo com o conteúdo emocional que você tem gravado dentro de si. Se este conteúdo está contaminado, é preciso entrar num acordo com isso.

Durante anos da minha vida, tudo o que tive se foi. Trabalhei, criei empresa – igual ao vovô, e perdi tudo. Gostava de luxo e boa vida, como papai, mas não conseguia sustentar minhas contas e precisei de uma esposa que pudesse “financiar” meus gastos. Lógico que não conseguia ganhar dinheiro suficientemente. No fundo, nem queria. Pois eu estava viciado no meu padrão de pobreza, vitimismo e sofrimento que herdei da família. Não confiava no meu taco, embora eu tivesse e tenha muitos talentos, capazes de alavancar dinheiro. Foi um longo processo, onde a vida foi me derrubando, derrubando, derrubando… até que eu despertasse e quisesse verdadeiramente olhar para a noção de dinheiro que vivia dentro de mim. Confesso a você: era muito medíocre. Caiu o casamento, caiu a empresa, perdi a minha casa e meu carro, fiquei endividado, nome sujo… aí, somente aí, dessa posição humilhante, que me exigiu toda a humildade que eu não tinha, consegui olhar o quanto de veneno havia na minha relação com a matéria.

Do zero, ou melhor, menos zero, pude me perguntar: o que eu tenho de verdade para oferecer ao mundo, como trabalho? Como posso beneficiar as pessoas, sem pensar nos ganhos, em primeiro lugar, mas sem esquecer o quanto de importante e sagrado é ganhar, quando beneficio alguém? Assim, surgiu minha missão de vida: ser terapeuta. Comecei a sentir amor pelo que fazia, amor pelo que recebia, amor pelas pessoas que eu atendia… pela primeira vez na vida.

Guardar dinheiro

Lógico que as coisas não são tão simples. 40 anos de descaso em relação ao dinheiro, tinha me condicionado a não controlar minhas finanças. Devagar o dinheiro começou a entrar. Bem devagar, bem devagar. Mas começou a entrar… E aí eu fui desafiado a controlar meus gastos e meus ganhos. Porque se não sei para onde vai o dinheiro, nem de onde vem, significa que não estou nem aí com ele. Aquilo que temos cuidado, cuidamos, não é mesmo? E se não cuidamos, por mais que nossa mente diga – eu gosto de dinheiro! – é mentira. Como uma mãe cuida carinhosamente dos seus filhos, principalmente nesta fase inicial, onde a entrada de dinheiro está frágil, ou seja, nossa entrada financeira é um bebê, era fundamental me organizar e me adequar aos gastos e ganhos. Uma pessoa desregrada gasta mais do que ganha. Assim era eu. Mas eu não tinha mais esposa para me dar dinheiro. Nem papai noel. Novamente tive que ir ajustando meu estilo de vida, cortando gastos, aprendendo a investir meu tempo e energia nos projetos que efetivamente me davam entradas financeiras, e largando tudo aquilo que me fazia perder tempo. Em geral, percebi claramente que as distrações que me faziam não me dedicar naquilo que realmente dava entrada financeira eram como ópio que embriagavam meu ego, mas me mantinha longe do contato com o público. Projetos que agradavam meu intelecto, minha sede por fazer algo grandioso e significativo… mas totalmente inúteis e distantes do público-alvo, que eu nem sabia quem era… No fundo, eu fugia das pessoas, mas queria ganhar dinheiro delas… Portanto, guardar dinheiro significou, para mim:

1 – controlar absolutamente entradas e saídas;
2 – administrar o tempo, eliminando desperdícios;
3 – projetar trabalhos que realmente fossem necessários para o público;
4 – trabalhar diligentemente, pois o bebê estava crescendo, e precisava de todos os cuidados;
5 – viver em estado de presença, observando a tendência da poluição mental, emocional e hábitos distorcidos entrar no sistema e boicotar o processo novo e saudável que está se instalando.

Para cuidar do dinheiro, é necessário respeitá-lo plenamente.

Multiplicando o dinheiro

Esta é uma fase que, confesso, estou somente iniciando… engatinhando. Portanto, não tenho muito para compartilhar com você… Na minha visão, a multiplicação dos pães está estritamente ligada à multiplicação dos benefícios que meu trabalho emana. Por isso, muito mais do que preocupado com investimentos financeiros – embora comece a olhar com muito carinho para isso – estou focado na multiplicação do meu trabalho. Auxiliando mais e mais pessoas a aprenderem o que faço, para que possam levar a outras pessoas. Atendendo mais e mais pessoas. Indo a lugares distantes, onde quer que me chamem para trabalhar. Disponível dentro de mim para receber o meu cliente, plenamente, dentro do meu coração. E também respeitando o meu corpo, minha mente, minhas relações afetivas, amigos e familiares, para que eu não me atropele e deixe de cuidar daquilo que me retro alimenta: o amor que sinto pelos outros e que também recebo de pessoas queridas. Na prática, a projeção que percebo é muito boa: tudo está crescendo. Sinto-me pleno, feliz com o que está fluindo através do que faço e consciente de que tudo é fruto e obra de Deus, que permite que eu trabalhe e sirva a Ele, através das minhas mãos.

Quando estava conectado com a pobreza, muito mais espiritual que financeira, eu achava – achava, não… tinha certeza! – de que era eu que fazia as coisas darem certo ou as coisas darem errado. O meu ego sorria de orelha a orelha a qualquer migalha de vitória… e caía ao fundo do abismo da culpa e raiva em qualquer sensação de derrota que invariavelmente surgiu na minha vida. Levava tudo como pessoal: eu ganho, ou eu perco. E para mim, que sempre tive uma busca espiritual me guiando em todos meus passos, o Universo deixou uma mensagem muito clara:

– não existe este eu pequeno que você se prende tanto. Coloque-se a meu serviço, e Eu te darei tudo. Mas você precisa deixar que seja do Meu jeito, e não do seu. Eu indico qual é o trabalho que quero que você faça. Eu mando as pessoas para você atender em Meu nome. Eu lhe dou o pão de cada dia… Cuide bem daquilo que lhe dou, e das pessoas que lhe envio. Da mesma forma que eu cuido bem, muito bem, de você… embora tantas vezes você se esqueça disso. Sei que você sente medo de seguir o chamado. Acha que não dará conta. Que não tem capacidade… E você tem toda a razão. Você não dá conta. Não tem capacidade! Pois quem faz Sou Eu, através de você. Nunca se esqueça disso: Eu faço, através de você. Esteja em paz…

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Conteúdo desenvolvido por: Alex Possato   
Terapeuta sistêmico e trainer de cursos de formação em constelação familiar sistêmica
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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