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DO FUMAR E DO NÃO FUMAR

Atualizado dia 24/05/2008 14:42:57 em Autoconhecimento
por Leonardo Carrijo Ferreira


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Fumar significa inalar 4.720 substâncias tóxicas, incluindo óxidos de nitrogênio, amônia e aldeídos, além da nicotina, alcatrão e monóxido de carbono que constituem os três principais componentes do tabaco:
• o alcatrão (TPM) contém aminas aromáticas possivelmente causadoras de câncer. O monóxido de carbono (CO) acarreta uma redução na capacidade do sangue de transportar oxigênio e, conseqüentemente, um aumento no número de hemácias; provavelmente é o responsável pelo desenvolvimento de doenças cardíacas.
• a nicotina, indiscutivelmente, é considerada a maior (embora não seja a única) produtora de reforço para instalar a dependência e desenvolver a tolerância, associada também a fatores psicológicos, que talvez expliquem, em parte, a dificuldade dos fumantes pararem de fumar. Uma tragada de fumaça resulta em níveis mensuráveis de nicotina no cérebro dentro de segundos.
• os cigarros com "baixo teor de alcatrão" possuem, em compensação, níveis aumentados de monóxidos de carbono (trata-se da mesma substância que sai do escapamento dos automóveis).

Comprovadamente a nicotina, quando consumida em pequenas doses, altera o funcionamento do SNC (sistema nervoso central), através de um aumento do estado de alerta, seguido por uma sensação de calma. Também é observada maior clareza de pensamento e aumento da concentração.

Do ponto de vista clínico observa-se um elevado índice de câncer nos pulmões, boca, faringe, laringe e esôfago, principalmente quando associado ao consumo de álcool. Apresenta, ainda, riscos de câncer na bexiga, pâncreas, rins e útero.

No nível físico, o uso de tabaco provoca uma diminuição do apetite relacionado ao decréscimo na força das contrações estomacais, bem como náuseas e vômitos por causa de um efeito direto sobre o SNC, ocasionando também úlceras no estômago. No aparelho respiratório, é comum ocorrer irritação local e o depósito de substâncias carcinogênicas (responsáveis pelo câncer). O uso intenso provoca um aumento no ritmo cardíaco, na pressão sangüínea e na força das contrações cardíacas, predispondo ao enfarto, derrame cerebral e doenças dos vasos sangüíneos.

Outras conseqüências importantes são: derrames, ataques cardíacos, angina, bronquite, enfisema pulmonar, além dos riscos aumentados de úlceras e arteriosclerose. A nicotina favorece a formação de rugas, causa palidez, obstrui os poros, resseca a pele das mãos, mancha os dentes, envelhece prematuramente as gengivas e irrita as cordas vocais, dando ao fumante uma "voz rouca". O envelhecimento precoce.

Mesmo com inúmeros alertas, por que a pessoa ainda insiste em fumar? É que existe o fator psicológico. Dentre as motivações para o uso, incluem-se:
• Prazer de fumar, de executar todo o ritual até soltar a fumaça e observar os desenhos no ar, descontraidamente;
• A necessidade de fumar para aliviar tensões, enfrentar situações adversas, dominar sentimentos de medo, nervosismo, acanhamento, vergonha e outros.
• Status, poder.
Constata-se, contudo, uma carência de estudos e pesquisas relacionadas às motivações para o uso do tabaco (o mesmo acontece, talvez em menor escala, para o alcoolismo), quando comparados àqueles referentes às drogas ilícitas.

Quanto aos problemas ecológicos (folheto do Ministério da Saúde), pode-se citar:
• A utilização de fornos à lenha para a secagem das folhas de tabaco, contribuindo para a devastação de florestas. Cada trezentos cigarros produzidos utilizam uma árvore, ou seja, o fumante de um maço de cigarros por dia consome uma árvore a cada 15 dias.
• A plantação de fumo emprega grande quantidade de agrotóxicos, intoxicando os plantadores, poluindo o solo, a água e o ar.
• A terra onde se planta o tabaco fica empobrecida, não servindo mais para o cultivo de alimentos.
• Os grandes incêndios que ocorrem na zona urbana e rural, por cigarros acesos, jogados inadvertidamente em locais secos.

Do ponto de vista econômico, o recolhimento de impostos de cigarro não cobre os gastos decorrentes de seu consumo, tais como, doenças, faltas no trabalho, etc. e nem os prejuízos ecológicos, citados anteriormente.

Quando um dependente do fumo resolve parar de fumar, ele passa por uma Síndrome de Abstinência, com sintomas leves de intensidade variável para cada pessoa. Os sintomas iniciam-se algumas horas após a interrupção do uso e aumentam durante as doze primeiras horas, piorando durante o anoitecer. Dentre os mais freqüentes, observam-se: irritabilidade; ansiedade; dificuldade de concentração; agitação; sonolência; insônia; sentimento de hostilidade; cefaléia, tudo indicando uma dependência da nicotina. Pode acontecer, ainda, constipação, diarréia e um ganho significativo de peso (uns cinco quilos ou mais). No entanto, essas alterações podem cessar em um mês, enquanto os sintomas psicológicos de compulsão pelo fumo podem persistir durante muitos meses.

A Psicologia é um excelente caminho para ajudar a quem optar pela desistência desse vício. Também podemos obter bons resultados através da Medicina Complementar, principalmente, a Acupuntura. O uso de medicamentos naturais é uma opção para auxiliar o tratamento, além do acompanhamento de um profissional da Nutrição. A Hipnose é uma das técnicas pela qual o ex-fumante pode recorrer para manter-se longe do cigarro. "Ela amplia a vontade do indivíduo".

Parar de fumar vai além da síndrome de abstinência. Trata-se de uma verdadeira mudança de hábitos. A terapia comportamental é recomendada. Existem outros tipos de tratamento, como adesivos e medicamentos.

Quanto ao aspecto social cabe refletir em torno de alguns pontos fundamentais:
• A quantidade de metais pesados contidos no cigarro é maior na fumaça exalada. Com isso a preocupação com o não-fumante: já se sabe inclusive através da razão, que ele inala muito mais fumaça que o próprio fumante, e que o índice de contrair câncer nele é mais intenso do que naquele que não fuma.
• Podemos pensar em crime?
• E quanto aos responsáveis, já que estamos falando de direitos?
• É o Estado, a Medicina, os profissionais da saúde, a sociedade civil, afinal, de quem é a responsabilidade da integridade humana daquele que escolhe não fumar?

Os profissionais que lidam com esses problemas precisam pensar em possibilidades de prevenção. Cabe a alguns Conselhos transferir a sua preocupação de controle hierárquico para problemas que ainda não conseguem resolver. O Estado é omisso e a sociedade aliena-se da mesma maneira, com uma única diferença: esquece que pode mais que Conselhos e que qualquer Ordem.

O autoconhecimento: a auto-análise e a autogestão. A preocupação fica em torno quase sempre no que é secundário na vida humana, em todos os sentidos, mas aqui o que é crônico, curar e não prevenir.

Texto revisado por Cris

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