Doação de Órgãos e Cremação
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Autor Guilhermina Batista Cruz
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 10/4/2004 10:11:35 PM
Irei abordar dois temas que são bastante polêmicos, principalmente no que se refere à "visão religiosa" que muita gente traz, que são a doação de órgãos e a cremação.
Tendo recebido vários e-mails com perguntas a respeito desses dois assuntos, resolvi discorrer um pouco sobre eles à luz dos ensinamentos espirituais.
Transcrevo abaixo a resposta dada a uma irmã que é doadora de órgãos e queria saber como isso afetaria o espírito desencarnado em relação ao sofrimento físico que poderia ocorrer quando da morte e retirada dos órgãos para doação.
Nós trazemos os condicionamentos da nossa cultura e de nosso passado religioso em relação à morte, no que diz respeito às sensações que podemos ter e ao que vamos sentir, e ficamos atemorizados por isso. Mas a morte é apenas a nossa passagem para uma outra dimensão e certamente não iremos guardar lembranças desta passagem a não ser que já estejamos num nível de evolução maior e possamos - inclusive - auxiliar os amigos espirituais que são responsáveis pelo nosso desligamento do corpo físico.
A doutrina espírita nos esclarece, através dos ensinamentos dos amigos espirituais, que a doação de órgãos deve ser incentivada, com esclarecimentos e conscientização, já que se constitui numa manifestação de fé, de fé raciocinada do medo da morte, que não mais existirá após nossa conscientização.
Segundo o que nos diz Allan Kardec, a "pertubação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de bem, ela é calma e em tudo semelhante à que acompanha um despertar tranqüilo". (Allan Kardec, L.E, questão 165).
Quando falamos de homem de bem, estamos nos referindo às suas atitudes e ao seu desprendimento em relação às coisas materiais. Então aqui, a gente já pode dizer que dependem da evolução espiritual as sensações que ele poderá ter após o seu desencarne, e isso não diz respeito somente à doação de órgãos e a cremação; vai depender de que forma ele encara a morte, se como um fim de tudo, ou um início ou recomeço de vida.
Allan Kardec, no livro Entre o Céu e o Inferno, nos diz também que "O homem não tem medo da morte, mas da transição".
Nos asseguram os amigos espirituais de que não existem reflexos negativos para o espírito desencarnado na doação de órgãos, mesmo em doações involuntárias (doações autorizadas pelos familiares).
Quem faz uma doação de órgãos está aliviando a dor e o sofrimento do próximo, portanto, está de acordo com a máxima que diz que colheremos aquilo que semearmos, ou seja, doar órgãos é um ato de amor ao próximo e aquele irmão que doa, muito se beneficiará quando abandonar a matéria em retorno ao plano espiritual.
Há mensagens de espíritos desencarnados que agradecem a iniciativa dos familiares e asseguram que as equipes espirituais socorristas são tão organizadas que as doações se processam tranquilamente, sem repercussões negativas e com muitos benefícios, como bem-estar e reequilíbrio espiritual, pois as equipes que acompanham as doações são de alta capacidade e luz espiritual, dando cobertura ao desencarnado para que nada sinta. Os familiares podem ajudar bastante nesses momentos, em que se efetuam as doações, através de preces e vibrações de amor.
Enfim, o que a doutrina espírita nos deixa claro é que, ao doarmos um órgão quando desencarnamos, não vamos ter repercussões do lado espiritual, a não ser em casos de extremo apego à matéria, como é o caso de espíritos que não manifestam ainda o amor divino em seus corações, o que é muito incomum em doações, pois aqueles que doam órgãos conscientemente em vida, já possuem uma abertura espiritual.
Mesmo no caso daqueles espíritos que não têm esclarecimentos e cujos órgãos são doados pelos familiares, se vierem a sentir alguma perturbação, serão amparados e aliviados pela equipe espiritual que os assiste.
Nesses casos, só sentirão a perturbação inerente ao desencarne em si, que varia de acordo com o estado evolutivo de cada um, podendo para alguns ser um "bálsamo de libertação" e consistir em momentos difíceis para os menos esclarecidos. O sofrimento depende da imperfeição e, em vista disso, o espírito traz consigo a dor ou a benção de não sentir nada, onde quer que se encontre.
Quanto à cremação, ocorre o mesmo que a doação de órgãos, em se tratando da evolução espiritual do desencarnado, ou seja, ele poderá vir a ter problemas ou não, por isso a doutrina espírita recomenda respeitar um período de 72 horas para se fazer a cremação. Mas, nesses casos, há todo um cuidado por parte dos assistentes espirituais e com certeza nenhum espírito esclarecido sentirá os efeitos em seu perispírito.
O espaço de 72 horas é apenas para que se proceda normalmente ao desligamento dos laços fuídicos que ligam o corpo físico ao corpo espiritual, e assim sendo, os espíritos ficarão adormecidos e só despertarão no mundo espiritual e aí então, dependendo de sua evolução, é que ele poderá "sentir alguma coisa".
Devemos enfatizar que mesmo que não houvesse nenhuma cremação os espíritos ainda muito distantes de Deus e apegados à matéria também poderiam sentir o efeito da decomposição de seus corpos através do sepultamento.
Pelo conhecimento e o desapego às coisas materiais, descobre-se que o corpo físico é passageiro, é máquina de que se serve o espírito para cumprir sua tarefa e progredir. Aqueles espíritos menos esclarecidos que desencarnam e sentem de forma mais intensa a desagregação do corpo também são ajudados pelos espíritos superiores até que o fluido material mais denso seja extinto e então eles se descobrirão inteiros. Ainda segundo Kardec, o espírito é sempre o árbitro da própria sorte, podendo prolongar os sofrimentos, ou suavizá-los e anulá-los pela prática do bem.
Devemos procurar acima de tudo, nos desapegarmos de idéias e conceitos sobre a extinção do nosso corpo físico, pois devemos estar cientes que teremos sempre o acompanhamento de nossos amigos espirituais no retorno ao nosso verdadeiro mundo. A idéia que devemos ter em mente é que o espírito sobrevive ao corpo, e tanto o sepultamento quanto a cremação são processos que lidam com o cadáver, expressando a vontade de cada um, pois eles apenas cuidam dos despojos da matéria, enquanto nosso espírito seguirá em direção à vida maior que pulsa no universo.
À medida que despertarmos e entendermos o verdadeiro sentido de nossa vida, estaremos aptos a dar o devido valor aos momentos que passamos na terra encarnados e poderemos entender que é através do corpo, (nosso instrumento de trabalho) que o nosso espírito se ilumina, resgatando o passado, mas, quando o perdemos, continuamos a nossa caminhada em outra dimensão.
Devemos, pois, nos prepararmos moralmente através de atitudes e ações mais serenas, para que quando soar a hora de retornarmos, possamos estar tranqüilos para mais facilmente se realizar a nossa transição para a vida espiritual.
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