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É possível ser feliz agora

Atualizado dia 6/7/2006 9:52:41 PM em Autoconhecimento
por Celso A. Cavalheiro


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O homem entrou rapidamente no que parecia ser um armazém antigo, uma espécie de armazém de campanha. Um barraco de tábuas sobrepostas com um grande portão que ocupava quase toda a parede da frente e se abria com dificuldade, arrastando-se para o meio da rua de terra seca. Segui-o intuitivamente e ao vê-lo entrar no armazém corri para alcançá-lo.

Lá dentro, sobre um estrado de madeira, repousavam vários sacos cheios de cereais – arroz, feijão, soja - e outros que não consegui identificar. À esquerda, sobre um balcão de madeira rústica, debruçava-se um casal simpático, de meia-idade, que parecia estar interessado em me agradar, oferecendo-me alguma coisa que eu imaginava fossem balas e doces. Sim, eu... naquele momento eu era o homem que havia entrado no armazém.
Caminhei em direção aos sacos de cereais e enfiei minha mão direita até o cotovelo, dentro de cada um deles, sentindo uma sensação muito agradável. Parecia haver entrado ali só para fazer aquilo.

Ao sair do armazém, olhei novamente para o casal que insistia em me agradar e percebi que os via de um ângulo diferente, como se estivessem bem acima de mim e em posição inclinada. Foi quando comecei a me perceber melhor. Eu era um indivíduo maltrapilho, simplório, tinha dificuldade de me comunicar pela fala e parecia ter um defeito físico que não me permitia manter o corpo de forma ereta. Era ágil, mesmo assim, e tinha uma característica marcante: eu era muito feliz.

A noite já havia caído por inteiro e o Cd que me induzira à regressão estava calado. Lembrei-me de quando eu era criança e adorava enfiar a mão nas latas de mantimentos. Compreendi porque alguns amigos costumavam me perguntar como eu podia estar sempre rindo; coisa que, às vezes, chegava até a incomodá-los. Meus poemas sobre mendigos e meu interesse neles, passaram a fazer mais sentido.

Barriga fria, contei essa história por aí. Quase me convenceram que tudo tinha sido fruto de minha imaginação. Não me importei. Como é bom poder imaginar e achar respostas para nossa vida! Infelizmente temos o péssimo hábito de chamar tristeza de realidade e felicidade de fantasia.

Em um mundo onde algumas pessoas sofrem por não terem um carro do ano. Onde creditamos nossa paz de espírito em gordas contas bancárias e nos declaramos bem-sucedidos a partir dos bens materiais que acumulamos, é reconfortante acreditar que fomos mendigos e felizes. Vale a pena compreender que não precisamos esperar a “nossa vez”, numa outra vida, para saborear a felicidade. E, se é verdade que todos caminhamos para um bom lugar um dia, por que não começar a comemorar isso desde agora?

Um dia me imaginei mendigo e despertei um homem melhor e mais íntegro. Acredite nisso você também, e comece, agora mesmo, a ser feliz como sempre sonhou.

Texto revisado por Cris

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