E quando bate aquele vazio?
Atualizado dia 6/28/2016 4:25:52 PM em Autoconhecimentopor Suellen Barone
Vem o medo, a insegurança, uma insatisfação que não tem fim, a alegria se esvai e a tristeza e angústia tomam conta.
Sabe quando você para e pensa: “Eu tenho tudo e ainda assim não estou feliz” ou “Não importa o que aconteça eu ainda me sinto mal”?
É uma sensação difícil de explicar e, por isso, também é difícil de entender e lidar, afinal, só podemos agir de forma adequada quando identificamos e compreendemos as nossas emoções. E para isso, antes de tudo, é preciso conhecê-las e distinguir os seus efeitos sobre nós, sobre o nosso corpo e a nossa mente.
O vazio é algo que não sabemos explicar muito bem, diferente de outros sentimentos. Por exemplo, quando estamos tristes por um motivo específico, assim que as coisas se resolvem, em tese, melhoramos o nosso humor. Ou se estamos com raiva por uma determinada razão, quando as coisas se acalmam, a raiva passa. Agora, e o vazio? Eu preencho com o quê? Eu resolvo como?
Nessas horas, cada um busca uma forma de preencher esse buraco existencial. Uns procuram amor, outros sexo, álcool, drogas, comida, festas, exercícios físicos, dinheiro, trabalho, poder...
A maioria das pessoas busca preencher esse vazio pelo caminho mais fácil, imaginando que o “alcance” de alguma coisa vai suprir a falta de algo que ela nem sabe o que é. “Quando eu trocar de emprego, quando eu tiver um aumento, quando eu me casar, quando eu tiver filhos, quando eu mudar de cidade, quando eu fizer isso ou aquilo, aí sim terei paz e serei feliz”. Ledo engano. É preciso primeiro ser, para ter.
Não que buscar tudo isso seja ruim. Ocorre que, a princípio, a resposta mais fácil parece essa, mas não resolve de verdade. E, ainda, quanto mais você faz, mais vazio parece, a solução não vem e quando a situação fica insustentável a conta chega.
Chega uma hora em que o Universo dá dois tapinhas nas suas costas e te obriga a olhar para dentro, a encarar de frente o que você tem feito da sua vida.
Buscar só o externo não adianta. Tem que cuidar do emocional também. Buscar um caminho material em detrimento do emocional é furada. Ou você para e resolve por amor ou vai resolver pela dor.
A escolha é sua.
É por isso que muitas vezes vivemos repetidamente algumas situações. Passam os anos, mudam alguns personagens, mas o cerne da questão está ali, presente, repetindo-se até que você aprenda algo.
Entenda, viemos a este mundo para evoluir. Então, por que bloquear este processo?
Uma opção para lidar melhor com tudo isso é parando de fugir. Olhe para dentro e se pergunte onde você quer chegar com tudo que tem buscado. O que tem o levado para esse caminho? O que você quer e o que você precisa na vida? É realmente mais festas, mais dinheiro, uma esposa ou filhos?
Nós temos que parar para ouvir o nosso coração, prestar atenção na nossa vida. Olhar ao redor e enxergar o que está acontecendo, perceber os sinais que as pessoas estão nos dando, que o nosso corpo está nos dando, que o Universo está mandando.
Quando estamos no caminho que é condizente com o nosso propósito, quando estamos bem, o nosso corpo fica feliz, não tem angústia, não tem úlcera, não tem dor de cabeça e outras dores sem explicação.
A vida dá sinais, as pessoas dão sinais, o nosso corpo é o primeiro a gritar, mas a gente não ouve. Estamos buscando a solução fora, quando ela está dentro.
Suellen Barone
Coach de Inteligência Emocional e Relacionamentos, especialista em Neurociências e jornalista
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