Elo Perdido
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Autor Ayrton Pereira Amorim
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/4/2006 10:11:26 AM
Muitas vezes tem me ocorrido que gostaria de ajudar as pessoas à minha volta, principalmente, parentes e amigos. A receptividade é, a princípio, o ponto importante em uma conversa. Em conversas de grupo, em encontros de almoços ou jantares programados, os assuntos correm à solta e cada um tem uma opinião e começa-se a formar um interessante intercâmbio, não necessariamente de conhecimentos, mas “o que acham” as pessoas sobre determinados assuntos. Cada um expõe seu assunto e logo contestam as opiniões contrárias, dizendo “eu acho que não”.
Por experiência própria posso entender que, quando não há interesse de se mudar uma rotina ou um hábito, mesmo que seja pernicioso ao bem-estar, simplesmente as coisas ficam onde estão. Sou sincero em dizer que, quando leio os outros artigos, costumo dar uma olhada geral, variando de parágrafos e lendo apenas aquilo que me cativa ou me interessa. Certamente que leio com mais carinho alguns autores que já conheço, e quem geralmente escreve assuntos atraentes, mas não sempre. Suponho que fazem o mesmo com meus artigos, pela assiduidade que são lidos.
O que isso significa? Significa que depende de nós mesmos, para que mudemos de atitudes e não há ninguém que possa alterar o nosso estado de interesse pelas coisas ou assuntos, se nós não queremos.
Porém, quando nos vemos em problemas que afetam o nosso bem-estar, nosso ânimo ou nossa saúde, algo nos diz que devemos ter mais atenção no que os outros dizem, tirando nossas conclusões mais favoráveis à terapia oferecida, muitas vezes de graça.
O trabalho de um terapeuta é muito facilitado pela entrega e interesse de seu cliente; fora disso, o terapeuta se sente incapacitado, perdido e como se estivesse domando um cavalo selvagem ou um potro selvagem, como queiram. Nesse ponto, encontram-se em ambos os lados os interesses mútuos: de um lado, que haja vontade de mudar e do outro, a vontade de ajudar; os dois, assim, se completam.
O outro ponto é o poder de persuadir. O terapeuta ou conferencista, muitas vezes gastam horas e mais horas tentando vender o seu peixe; e muitos não convencem apesar de terem boa vontade.
Dentro desse contexto está a ignorância, palavra rude, forte, às vezes ofensiva, mas cujo significado não é tão exagerado assim. Eu diria, para ser breve, que ignorância é apenas a falta de esclarecimento em determinado assunto. Neste caso, se há possibilidade, deixe-a passar, fazendo de conta que esta falta de esclarecimento é um mal entendido.
Já o poder de persuadir, considero como um trabalho de formiguinha que, geralmente, os psicólogos e outros da área fazem, para encontrar o entrave que prejudica a alma de um indivíduo. Considero um fenômeno quando um terapeuta encontra a chave da solução que, normalmente está oculta, como em um cofre com segredo. E imagino a satisfação da pessoa que consegue o resultado que busca para solucionar um problema, encontrando o elo perdido.
Ayrton.
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 8
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