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Elos do amor!

Atualizado dia 1/13/2006 12:32:44 PM em Autoconhecimento
por Maria Silvia Orlovas


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Sei que algumas pessoas que se sentiram atraídas pelo título que estou dando ao artigo estão esperando ler coisas românticas, algo como encontro de almas, amores eternos e trocas de juras de fidelidade no amor. Porém, o que me proponho escrever é sobre o verdadeiro elo do amor que não está apenas restrito ao companheirismo amoroso, nem muito menos aos encontros românticos que com sorte experimentamos alguma vez nessa vida.

Na função de terapeuta de vidas passadas recebo muita gente querendo explicações para os fatos difíceis que enfrentam nesta vida. Parece que não dar certo no amor, não encontrar um companheiro só pode ser o fruto de ações muito negativas no passado e por conta disso recebo muita gente querendo hoje limpar os nós cármicos desses desencontros. Porém, poucos se abrem para a real percepção do que é realmente o amor, poucos abrem de fato o coração para perceber que o tempo todo podemos atuar como elos amorosos em nossas vidas.

Quantas e quantas vezes atendi pessoas que se sentiam vítimas do destino e de situações aparentemente incuráveis em suas vidas, pois, meu querido amigo leitor, posso afirmar que nem só de doenças ficamos debilitados. Muitas vezes continuamos com os nossos corpos vivos, gozando de relativa saúde, mas estamos mortos em nossos corações quando nos fechamos para a vida e não nos permitimos nem sequer respirar os ares do amor.

Romantizamos tanto nossa vida que passamos 24 horas do nosso dia imaginando como a vida poderia ser e não nos atentamos vivê-la como ela de fato é. De forma equivocada colocamos toda a nossa energia em relacionamentos cármicos que têm tempo e hora para fecharem os ciclos. Aprendi, com os mestres, que os únicos elos reais são de fato os do amor e que esses podem nascer e devem ser cultivados primeiramente dentro de nós. Um profundo compromisso interior que nada tem em comum com egoísmo.

Como esses professores espirituais ensinam temos que aprender o verdadeiro dom da amizade que é ouvir, tolerar e suportar aqueles que estão bem próximos de nós, a começar por nós mesmos, porque se não formos amorosos, pacientes, tranqüilos e otimistas para conosco mesmos, como poderemos ser com mais alguém?

Soube recentemente de uma história que ilustra muito bem a mensagem deste artigo: elos sagrados do amor e que aqui compartilho com você:

Uma moça que trabalha com a cura espiritual, neste ano que passou, reuniu num ritual íntimo algumas pessoas muito queridas para reavivar compromissos sagrados de amizade, trabalho e amor. Na ocasião, todos vestidos com roupas brancas, sentados em círculo junto à oferenda de flores, velas e incensos confirmaram seus votos de se manterem unidos pelo único elo verdadeiro: o elo do amor. Porém, depois de dois meses, o grupo, que atuava junto há alguns anos, se desfez de uma forma inesperada. A moça, muito triste, veio me procurar para ajudá-la a entender o que tinha de fato acontecido.

Vimos que numa vida passada ela tinha sido a chefe desse grupo de sacerdotisas e que, de fato, tinha um forte compromisso com essas pessoas que estavam à sua volta, compromisso esse ao qual ela permaneceu fiel até o final. Conversando com a moça, que derramava lágrimas sofridas na minha frente, fui explicando que o seu ritual tinha sido atendido. Expliquei que orações, meditações e visualizações atuam fortemente no plano sutil e que depois se concretizam na matéria. E lhe perguntei: “Você não pediu que permanecessem apenas os sagrados elos do amor”? “Sim”, disse ela com o semblante mais esperançoso.

Pois bem, quando não existem os sagrados elos do amor e também não existe mais o aprendizado cármico, o ciclo se fecha e as pessoas são libertadas no plano espiritual. Expliquei para aquela moça que o seu tempo ao lado daquelas pessoas tinha terminado e que agora o que deveria ser feito era seguir em frente se abrindo com coragem para novos encontros e para a criação de novos elos, agora com as bênçãos de Deus: elos sagrados do amor.

Querido amigo leitor, se você se identificou com esta história, se concluiu algum relacionamento e está triste por isso, por atitudes inexplicáveis de alguém que até então você amou e respeitou, acalme seu coração. Reflita com coragem e analise se, de fato, esses elos eram de amor.

Porque, como ensinam os mestres, amor é troca, é solidariedade, amizade e amparo mútuo. Paixão é paixão, competição é competição, sexo é sexo, carência apenas carência. Nada disso constrói relacionamentos, nem edifica amizades ou companheirismo. É claro que nem todas nossas histórias são perfeitas e que, às vezes, sentimentos mais nobres se mesclam com atitudes meio egoístas, porém, se o que restar for amor os elos serão mantidos e, se não for, melhor mesmo é libertar-se, não é?

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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