EM 2013 VAMOS SAIR DA MESMICE?
Autor Krishnaya - Terapias e Cursos Livres
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 31/12/2012 18:42:35
Todo ano é a mesma coisa: todos presos ao calendário, votos vazios de feliz ano novo aqui, votos de feliz ano novo ali, e não saímos do lugar.
Falamos, falamos, e não agimos. Queremos que o outro mude, afinal, nós somos os certos. O mundo está errado, nós não.
É o nosso ponto de vista que vale. É a nossa opinião, é a nossa certeza. É a nossa verdade. É o nosso princípio. É a nossa direção.
Essa é uma das maiores doenças às quais nos permitimos sentir. Mais parece um condicionamento social do que outra coisa.
Falamos mal do outro porque ele dá certo na vida. Falamos mal porque ele consegue. Falamos mal porque ele empreende. Falamos mal quando ele silencia. Falamos mal quando ele nos observa. Falamos mal, obvio, nós somos os corretos.
Mas quando os outros, aqueles a quem chamamos de errados se esforçam para que nós consigamos o que precisamos? Ah, não fazem mais do que a obrigação!
E quando esse irmão precisa expor seus sentimentos, o que fazemos? Novamente viramos as costas e falamos mal, pois não sabemos escutá-lo.
Precisamos rever nossos conceitos. Precisamos aprender o sentido da palavra compaixão. Compaixão não é ter sentimento de dó ou de pena. Compaixão é colocar-se no lugar do outro e entender o que vai dentro daquele coração, para então compreendê-lo.
Que mania feia essa de rotular !
Mas só conseguimos compreender e ajudar o outro se estivermos preparados para isso. Dar um primeiro passo e deixar que o alto resolva tudo e recolher nossas mãos, é um dos atos mais egoístas que possamos cometer. A isso podemos inclusive chamar de passo em falso.
Nós terapeutas precisamos nos preparar sempre para amparar.
Nós médiuns precisamos nos preparar sempre para amparar.
Nós sacerdotes precisamos nos preparar sempre para amparar.
Nós em todas as esferas e atuações com o próximo, precisamos nos preparar para amparar.
É uma questão pura e simples de "ser" humano.
Nós não somos os mais importantes. Nós não somos os únicos certos. Nós não somos os invencíveis. Temos que assumir nossas fragilidades destruindo o que de pior alimentamos dentro de nós: o orgulho ilimitado.
Batemos no peito pra dizer "somos amigos" mas esquecemos que temos 2 olhos, 2 ouvidos e uma boca, e ao invés de observar e
escutar quem nos procura, falamos pelo impulso e damos as costas.
Isso não é ser amigo.
Na maioria das vezes é ser oportunista e esperar o que pode ser benefício pra gente.
Precisamos mudar, urgente.
Não temos olhos de raio x. Então se nossos olhos não viram o estrago que está dentro de uma certeza do coração, se nossos ouvidos não ouviram o que quizeram nos dizer e sim o que quizemos escutar, que nossa boca não espalhe.
Tudo é muito simples.
Viver é simples.
Conviver é simples.
Basta agir no amor, na luz, e no respeito.
Precisamos tornar a vida do outro mais colorida. Precisamos tornar o convívio com o outro mais perfumado. E com isso, tornar a vida do outro mais importante.
Que nossa palavra volte a ter valor.
Que nossa palavra volte a ter conteúdo.
Que nossa palavra volte a acolher.
Tem um ditado que diz "a mente é como o vento, e o corpo é como a areia... se quizeres
conhecer o vento, observe a areia..."
Que tal fazer essa observação agora? Sim, agora, bem aqui aonde estamos. Olhemos ao nosso redor. Tudo está como queríamos? Como é o nosso ao redor, é bagunçado, ou é arrumado? Olhemos de novo, nossos olhos já se viciaram no que enxergam repetidamente. E nosso armários por dentro como estão? E as paredes? E as portas? E as gavetas?
Tudo o que vemos por fora, é o reflexo de como somos por dentro. Como podemos perceber, a culpa não é do outro.
Quem sabe fazemos aquele exercício de relacionar o que queremos nos libertar e em outra relação o que queremos realizar? Podemos nos surpreender, vendo que a primeira lista é muito maior que a segunda.
Faço um convite: vamos usar a desculpa da mudança do calendário e realmente construir um feliz ano novo? Tendo novas atitudes. Novos pensamentos. Mais amor nas atitudes. Mais docilidade nas palavras. Menos vergonha em expressar amor ao outro. Observar mais. Vamos nos ajoelhar com o coração e com a mente também, e não somente com os joelhos.
Ouvir 100 x .
Ponderar 1000 x.
Falar 1 x.
É fácil? Não, não é, mas é perfeitamente possível. O caminho é aonde estão os nossos pés. E tudo, seja o que for, é de passo em passo.
Ser grato faz parte da expressão do amor. Grato pelo ar que se respira. Grato pelo vento que espalha as sementes. Grato pela chuva que molha as raízes que um dia se tornarão flores. Gratos pela luz da lua que traz o orvalho. Grato pelo brilho e luz do sol. E seja o ar, o vento, o luar, o sol, e todas as manifestações naturais diárias, precisamos nos dar conta que hoje tocam nossa pele, mas há pouco mais de 2000 anos atrás, tocaram a pele do Cristo.
Gosto muito de uma meditação que se faz em movimento lento. Orientada a fazer na natureza. Em pé. Corpo ereto. Mãos cruzadas à altura do diafragma. Olhar ligeiramente para baixo. Um passo de cada vez com a percepção do calcanhar, meio do pé, ponta do pé. Calcanhar, meio do pé, ponta do pé. No primeiro passo inspira. No segundo, expira.
Essa meditação ensina a olhar para si. A notar a nossa reação. A perceber o nosso auto controle. A exercitar o mudar.
Tente.
Quando você se desprender a não ter vergonha de realizar algo por você, sem se importar com o que outro julga nem na intenção de elevar o ego, então a mudança já começou.
Quanto tempo leva isso? Um sábio uma vez disse "que idade você teria se não soubesse que idade você tem?"
Então eu pergunto: o que é o tempo?
Será a simples mudança de calendário?
Por decisão de mudança já há muitos anos, no meu caminho só cabe amor, luz, e transformações, se quizer compartilhar o caminhar, venha ... e juntos vamos transformar as nossas raízes em asas.
Feliz ano novo!
Krishnaya ,
Terapias e Cursos Livres
www.krishnaya.com
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