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Em visita ao Brasil, criador da biodança aponta alguns mitos sobre o método

Atualizado dia 29/05/2008 15:55:46 em Autoconhecimento
por Primordial - Terapias & Cursos


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Por AMARÍLIS LAGE
da Folha de S.Paulo


Tudo começou com uma festa. O psicólogo chileno Rolando Toro, então com quase 50 anos, marcou a data, escolheu as músicas e, no horário combinado, preparou-se para receber os convidados: pacientes do hospital psiquiátrico em que trabalhava. "Eu via os pacientes muito tristes, porque lhes tiravam a intimidade, a possibilidade de amar, de viver com autonomia. E decidi fazer uma festa para alegrá-los", lembra Toro. O resultado, diz, foi além do esperado. "Descobri coisas fundamentais que mudavam o comportamento do enfermo. Que a dança e o encontro de pessoas era altamente curativo."

Nascia a biodança, um método que busca o desenvolvimento de cinco áreas - vitalidade, sexualidade, criatividade, afetividade e transcedência - por meio de atividades orais e de exercícios físicos.

Toro, hoje com 84 anos, afirma à reportagem da Folha que não criou a biodança, mas a descobriu. "Era algo que existia antes de mim. Eu apenas vi." Ainda assim, o termo biodança é registrado por ele em mais de 40 países; em outros, está em processo de tramitação, por meio da International Biocentric Foundation, que Toro preside.

"Houve uma expansão surpreendente em países europeus, africanos e asiáticos", relata o psicólogo, que chegou ao Brasil na semana passada para uma temporada de palestras e de certificação de novos profissionais, incluindo professores que vieram da África.
Nesse processo de expansão aumentaram também concepções que Toro considera equivocadas sobre o conceito da biodança - entre as mais comuns, está a supervalorização da sexualidade nas sessões.

Sexualidade e afetividade

Segundo Toro, a sexualidade é apenas uma das cinco áreas abordadas, mas chama atenção devido à repressão que existe em torno do tema. "A hipocrisia de nossa civilização é altíssima devido à religião. Caluniaram a sexualidade por séculos. Neste momento, a humanidade vive uma crise sexual devido à repressão", avalia. Apesar disso, os exercícios relacionados à sexualidade não são os que geram mais resistência nos alunos, observa o psicólogo, abordando outro mito relacionado à biodança.

"A categoria mais difícil é a da afetividade. As pessoas se buscam por interesses, o relacionamento entre pais e filhos é ruim, entre professores e alunos também. A capacidade de fazer amigos quase não existe. As pessoas se tornam solitárias. Pensam que eu sou eu, você é você, e ninguém tem que satisfazer as expectativas de ninguém. Eu vou na direção oposta: se nos encontramos, é maravilhoso; se não nos encontramos, é uma tragédia. Há uma proposta altamente individualizada e distanciadora. É preciso transgredir e olhar nos olhos", diz Toro.

Bons e maus alunos

Mulheres teriam uma maior facilidade nesse processo? Mais uma vez, o psicólogo diz que não. "As diferenças são de pessoa para pessoa - cada uma tem uma linha mais desenvolvida. Umas são mais afetivas, mas não têm muita criatividade. Sou partidário apenas de que as mulheres tenham o mesmo direito de se manifestar que os homens."

O que Toro tem identificado é que alguns povos, como certas comunidades mexicanas, são culturalmente mais fechados ao contato físico que a biodança promove. Ainda assim, diz, o método também pode ser praticado nesses locais. "Dei aulas para um grupo de japoneses e, na terceira, eles estavam saltando e se abraçando. Afinal, todo mundo gosta de abraçar."

Mundo real

Outro problema comum para o psicólogo é a expectativa, por parte de alguns alunos, de transporem rapidamente as vivências da biodança para o seu dia-a-dia. "Esse processo", diz Toro, "precisa ser gradual".

"A biodança é um ambiente enriquecido, onde as pessoas recebem muitos abraços, por exemplo. Mas quem a praticar num local não enriquecido fracassa. Certo aluno saiu da sessão e quis abraçar as pessoas na rua - claro que elas se assustaram e pediram socorro", diverte-se Toro.

Música

Outra história engraçada que ele presenciou é relacionada à música nas sessões de biodança - outro mito: as aulas não têm só músicas clássicas e hits "new age". "Há uma semântica musical que deve se ajustar ao exercício e à vivência que queremos produzir. Não tem que ser a música que eu gosto, mas a que funciona", diz. Para exemplificar a teoria, ele se lembra de outra sessão, também em um hospital psiquiátrico. "Coloquei músicas refinadas e a aluna me disse que o que eles queriam ouvir era Fuscão Preto. Eu acho terrível, mas coloquei e eles se identificaram, cantaram, choraram e bailaram."

Leia mais:
https://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u388479.shtml
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Texto revisado por Cris

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