Encontros e desencontros!



Autor Paulo Salvio Antolini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 11/14/2011 8:18:00 AM
Encontros e Desencontros.
Tenho observado, nesses últimos anos, quantos relacionamentos se dissolveram, como sal na água. No primeiro momento, nada mais se quer e no momento seguinte, inicia-se uma busca frenética pela sua "cara-metade", pois faz parte da natureza humana estar bem resolvido emocionalmente, sentir-se valorizado, ter alguém com quem compartilhar idéias e ideais.
Tudo é motivo para a separação. Intransigências, gostos divergentes, "defeitos insuportáveis", e outros muitos. Vamos nos ater às diferenças de características pessoais, não identificadas e não respeitadas. O não pensar da mesma forma, o não expressar-se do mesmo jeito, enfim, tudo que poderia ser muito bem vivido e enriquecedor dentro de um relacionamento embasado pelo respeito e pela confiança mútua. Bastam opiniões divergentes sobre um determinado assunto, que nem precisa ser importante, para que haja certo desdém de um para com o outro, com o ar de: "esse bruto nunca vai perceber isso" ou, "ela é uma alienada". Motivo suficiente para se deixar de se falarem por dias e até semanas. Relacionamento é comunicação entre seres. Integração que só pode existir se os envolvidos realmente quiserem.
Vocês sabem que na mudança do milênio, o maior problema encontrado na humanidade foi a falta de comunicação? Com todas as tecnologias e modernidades existentes, não estamos conseguindo nos expressar, chegar até nosso interlocutor. Coisas ditas e não entendidas, não ditas, mas concluídas, distorcidas em suas expressões, deturpadas em suas interpretações, fazem com que o que deveria ser bonito torne-se leviano e vulgar.
É comum vermos casais há tanto tempo juntos, de repente na frente de terceiros desdizerem-se, pois um diz uma coisa e outro diz outra, surpreendendo-se por julgarem que conhecem a opinião do seu par e sentem-se então expostos, chegando depois a comentar: "Você me expôs ao ridículo na frente dos outros, você nunca me disse isso e agora, só para discordar, fez-me passar por idiota.". A resposta? "Você é que nunca quis me ouvir. Sempre que tento falar, ou me corta ou me deixa falando sozinho(a)."
Mas isso não está ocorrendo apenas entre casais. Está acontecendo em todos os círculos de relacionamento: pessoal, profissional, social, religioso. Pesa mais na família, por ser célula primeira do compartilhar. E compartilhar é assunto para um outro momento.
Insatisfações generalizadas, descontentamentos constantes. Expressões de desencantos e ações forçadas pelo precisar fazer, ter que ir vivendo, não poder parar, dentre outras, todas elas dizendo a mesma coisa: "Que vazio! Que falta de sentido! Que falta de vontade!"
Será que não está na hora de colocarmos a "cadeira em nossa calçada interior" e nos questionarmos verdadeiramente sobre o que esta acontecendo conosco? Por que tanta luta, tanta conquista e tão pouco sabor? Porque conquistas ocorrem. Só não a identificamos e valorizamos como tal. O fato de sobrevivermos em tempos tão difíceis já não é uma conquista? E por falar em encontros e desencontros, como estou comigo mesmo(a)?









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