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Engenharia espiritual

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Autor Daniel Ferreira Gambera

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 5/27/2006 3:11:44 PM


Lembro-me das aulas de história e geografia que tínha na escola em que estudávamos que os problemas do Brasil eram a má distribuição de renda, a violência, a injustiça, etc... Nas mesmas aulas, falava-se das guerras no mundo, da miséria, da falta de liberdade, etc...
Vários anos se passaram, e, aparentemente, a situação pouco mudou.
Parece que estamos lutando contra um gênio do mal que inutiliza todos os esforços das pessoas que querem erradicar esses males mais grotescos da face da terra. Por mais engenharia, por mais logística, por mais dinheiro que se invista, a impressão que se tem é que não saímos do lugar, que séculos são necessários para mover milímetros. A engenharia e a administração são perturbadas por fenômenos sociais, econômicos ou naturais imprevistos. A logística é ferida pela má administração, pela corrupção, e, freqüentemente, pela falta de ética daqueles próprios que seriam beneficiados. O tempo e o dinheiro investidos se perdem pelo caminho, freqüentemente, dispersando-se nas atividades meio, pouco chegando nas atividades fim, e mesmo nas atividades fim, mais vezes do que gostaríamos, o trabalho é árduo e os poucos resultados, obtidos com muito esforço.
As explicações que ouço, então, são que, “se não houvessem corruptos...”, “se a administração fosse competente...”, “se houvesse vontade política...”, “se o homem não fosse tão egoísta...”, “se o homem não fosse tão isso... ou tão aquilo...” ... E outras do mesmo tipo.
Após muito ouvir coisas assim, e mesmo, de acreditar em coisas assim, comecei a ter a sensação de que havia algo de errado com essa forma de ver as coisas. Se essas afirmações contivessem algum tipo de verdade maior ou de saída para o problema, teríamos avançado muito mais, afinal, o que mais vejo é quem consiga entender esses pensamentos, com incrível convicção e precisão.
Proponho aqui, uma pergunta... Por que, afinal, são tantas as dificuldades? Por que outras coisas se resolvem com facilidade, quase naturalmente, e as soluções para essas questões, ainda, são tão inacessíveis?
Como uma tentativa de resposta, eu diria que, talvez, o que possa ajudar na resolução desses problemas é um pouco daquilo que eu chamaria de “engenharia espiritual”. Essa “engenharia espiritual” seria a busca das verdadeiras causas desses problemas e o trabalho desenvolvido nelas, ao invés de continuarmos só trabalhando nas “causas” materiais...
Parto de algumas premissas que gostaria de compartilhar aqui. A primeira é que a finalidade da vida nessa Terra é a evolução da consciência. Todas as experiências nesse planeta, agradáveis ou não, para cada um de nós, se subordinam a isso. A segunda é que cada um de nós está constantemente criando a própria realidade. Sendo assim, aquilo por que passamos é, ou experiência necessária para nossa evolução ou, então, conseqüência daquilo que produzimos.
Não se trata aqui de culpar a vítima pelos seus próprios problemas... Mas, ao contrário... De começar a desvitimizar a vítima... Para que ela (nós) possa se libertar e comece a criar uma realidade melhor para si própria é necessário que entenda que o poder que tem para melhorar sua situação é muito maior do que ela consegue, agora, reconhecer.
É algo difícil hoje em dia, afinal, aquela visão de que “os outros” (os exploradores, os egoístas, os violentos, etc.) são os causadores das dificuldades... é a visão predominante... Assim, quase sem querer, preparamos o terreno para que aquilo que não queremos floresça.
Aprendi que é mau negócio acreditar que a ação de outra pessoa seja a causa de meus problemas... Quando a gente não possui a causa em si próprio, não há pessoa que consiga nos causar o problema. Elas podem até tentar, mas nossas próprias atitudes são capazes de superar a intenção delas. A responsabilidade acaba sendo nossa mesmo, de cada um, individualmente.
Há, também, o fato interessante de que este planeta, apesar dos problemas que possui, provê, também, não só as experiências mais degradantes, mas, também, as mais sublimes. Estamos todos sujeitos à miséria, à injustiça e violência em graus diferentes.
Então, outras perguntas que proponho seriam: Por que há, ainda, tantas consciências (incluindo a nós próprio) que precisam de, ou se predispõem a essas experiências desagradáveis? E, como não precisar mais delas?
Para aquele que não precise mais da miséria ostensiva em sua vida, a ajuda e a solução para isso chegam, mesmo que corruptos ou exploradores tentem se interpor no caminho... Para aquele que não precise mais da violência ostensiva em sua vida, a proteção consegue estar disponível e chegar a tempo...
Se há, realmente, uma certa “engenharia espiritual” ocorrendo, então, temos que admitir que certas dificuldades ocorrem por que as necessárias bases espirituais não foram adequadamente trabalhadas... Não adiantaria, então, tentar acabar com a miséria de quem mina a própria prosperidade... Não adiantaria, então, tentar proteger alguém que embora não fosse ostensivamente violento, ainda cultivasse valores violentos. Esses males acabam tornando-se inevitáveis, pois a própria “vítima” é quem gera em si as condições para que o mal se manifeste.
Visto por esse ângulo, acho fácil entender por que não conseguimos vencer esses problemas até hoje... Queremos mudar o ambiente, mas não queremos mudar a nós próprios...
Não se trata, então, só de criar mecanismos para distribuir a renda... Mas sim, de nos inspirarmos para que modifiquemos nossos valores, atitudes e hábitos, trocando aqueles geradores de miséria por outros, geradores de prosperidade. Como exemplo de valor gerador de miséria está a própria visão de que a miséria existe por culpa, por exemplo, do governo... Quanto mais acreditarmos nisso, menores são as chances de que percebamos ou aproveitemos as oportunidades de gerar a prosperidade que podem estar à nossa disposição.
Não se trata, então, só de criar formas eficientes para controlar a violência... Mas sim, de nos inspirarmos para que percebamos o quanto nós próprios acreditamos e investimos na violência. Violência é querer obter através da força algo que deveria ser tentado de outro modo. Quantos de nós, quando temos a força necessária, não agimos violentamente, quando poderíamos nos abster disso? Parece mais fácil, não? Forçar alguém a algo, simplesmente por que podemos... e não estamos dispostos, por exemplo, a conversar... é um ato de violência... Tão comum. Quantos de nós não acreditamos que, para ensinar alguém a não ser violento, devemos exercer a violência contra ele? Creio, porém, que a violência só começa a acabar, mesmo, quando aquele que é violento começa a entender que essa sua atitude, na verdade prejudica a si próprio. De outra forma, por mais força que se utilize, a violência apenas fica escondida, esperando o momento propício para se manifestar.
Há mais resultados ao mudar-se uma consciência para melhor do que se tentar mudar qualquer condição no ambiente. E, em termos de mudança de consciência, embora ninguém consiga modificar outras pessoas, podemos nos empenhar em nos melhorar e em compartilhar com outros o que temos de positivo. Assim, pelo menos, se alguém se decidir pela negatividade, que possa fazê-lo pelo uso do livre arbítrio e não pela falta de conhecimento de respostas melhores.

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