ENTÃO É NATAL...
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Autor Christina Nunes
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 12/8/2005 11:24:48 AM
De maneira assumidamente teimosa, persisto em considerar o Natal a data mais bela do ano.
Há muita controvérsia em torno disso. “O Natal não é uma data para todos!”, alegam muitos que, lendo o que escrevi acima de maneira precipitada, logo me taxarão de “burguesa feliz”.
Calma! Vamos explicar...
A época em que vivemos é de tal monta de turbulência, que já vejo gente até irritada com a própria imagem de Jesus – literalmente! Há quem alegue que não existiu, ou que se existiu, não foi exatamente quem dizem que foi, que tudo a respeito disso foi adulterado, que a nossa civilização cristã, em conseqüência, foi construída sobre um engodo... Em resumo: uma bagunça.
Natal virou sinônimo de tudo, menos daquilo que verdadeiramente deveria significar: compras, compras, compras, cujo fundo é ‘ter’, ‘ter’, ‘ter’... Ora... sob esta ótica, bem compreensível se torna que aqueles muitos que vivem à margem das possibilidades desta sociedade consumista, autodevoradora, não nutram por esta data o mínimo respeito. Nem pela data, nem por seu principal personagem. Veremos que na ótica da data é que se acha o mal entendido. Tudo questão de ponto de vista.
Lembro-me de ter visto um filme sobre a vida de Jesus (se não me engano “O Rei dos Reis”) em que, durante uma palestra nas montanhas, alguém questiona: “Como ter certeza de que você é o esperado? Já surgiram falsos profetas antes...” Ao que Jesus, de dentro de sua inalterada serenidade, responde: “Se estou realizando o trabalho de Meu Pai, então você pode acreditar em mim. Mas, se ainda assim, não acredita em mim, acredite apenas no meu trabalho.” Poucas cenas vistas nos filmes sobre a vida do Nazareno foram desta elevada beleza. Porque aí se acha a chave...
Nos tempos em que vivemos, e em focalizando uma personalidade baixada à Terra há dois mil anos, chegada é a hora de nos atermos “ao trabalho”, “às realizações”. Celebremos o Natal pela realização do seu verdadeiro significado, e não por esta coisa desnorteante criada pelo consumismo devorador do nosso século que, a bem da verdade, já incorre significativamente no desagrado de muitos que não podem, ou não conseguem, tanto material quanto espiritualmente, lhe acompanhar o ritmo desenfreado...
Quando afianço que o Natal é a data mais bela do ano, afirmo de dentro daquela visão que aprendi a cultivar na infância: a época em que eu via toda a família reunida com os mais belos sorrisos nos seus rostos, confraternizando a despeito de todo o enredo, mais ou menos acidentado, vivenciado no decorrer do ano; a época em que mesmo os adultos se transmudavam um pouco em crianças, enfeitando os pinheirinhos com luzes coloridas e exibindo no olhar o mesmo brilho lúdico; tempos em que se vivia um pouco mais de amor, um pouco mais de amizade, de leveza no ar e nos olhares... tempos de férias e de brincadeiras entre todos; lições de fraternidade mais fácil estendida aos necessitados. Dias felizes. Dias de Natal.
Qual foi a realização genuína de Jesus, na sua significação mais verdadeira, se não esta? Jesus não foi, em tempo algum, sinônimo de consumo material ou de comilança. A Mensagem maior de Jesus foi, é, e sempre será, a da oitava purificada do amor pelo próximo.
“Quando dois ou mais se reunirem em meu nome, lá eu estarei presente”; “Fazei por qualquer um destes pequeninos e estareis fazendo por mim”; “Amar ao próximo como a ti mesmo, e a Deus sobre todas as coisas”...
Já é mais do que tempo de nos desfazermos dos “rótulos”: Natal, Jesus, Deus... E nos atermos à realização autêntica, primeiramente em nós mesmos, e daí para a vida que nos cerca, do que isto representa. Isto é negar Jesus e o Natal? Não. Isto é resgatar seu verdadeiro significado, seriamente comprometido sob o que hoje costuma representar, erroneamente, Jesus e o Natal.
“...Se estou realizando as coisas de Meu Pai e ainda assim não puderem acreditar em mim, então acreditem no meu trabalho”...
Um feliz, belíssimo Natal a todos... ainda e sempre!
Lucilla e Caio Fábio Quinto
“Elysium”
https://www.elysium.com.br
Lucilla é autora do romance psicografado "O PRETORIANO" lançado pela editora MUNDO MAIOR (www.mundomaior.com.br). Leitura fácil e envolvente, de autoria espiritual de Caio Fabio Quinto, o conteúdo trata de uma das vidas passadas vividas pela médium e pelo seu mentor na Roma de Júlio César, de cujos exércitos Caio foi um dos generais, narrando lances de convivência no cotidiano dos personagens, ricos de ensinamentos ilustrativos da Codificação Espírita de Kardec, das leis de causa e efeito e do aprendizado espiritual que a todos nós envolve no decorrer do nosso trajeto evolutivo durante as reencarnações terrenas. Os direitos autorais estão revertidos às obras assistenciais da FUNDAÇÃO ANDRÉ LUIZ no amparo aos deficientes e crianças carentes.
Aos interessados, maiores informações para compra no site da editora (https://www.mundomaior.com.br) ou no da FUNDAÇÃO ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ (https://www.feal.com.br). Também à venda nas grandes livrarias.
Texto revisado por Cris
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Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |