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Entrevista Juracy Cançado

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Autor Centro de Metafisica Atman Amara

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 8/6/2007 11:30:28 PM


ENTREVISTA CONCEDIDA AO JORNAL PRANA - MAR/2004
12/04/2004
Como precursor do DO-IN no Brasil, ainda na década de 70, o Prof. JURACY CANÇADO relata como tem observado e comprovado suas técnicas no decorrer dos anos numa ENTREVISTA concedida ao JORNAL PRANA em março de 2004.

1) O que mudou na concepção do seu trabalho de lá pra cá?

R – Imagino que o meu trabalho tem buscado se situar dentro das premências desse nosso tempo marcado por um crescente processo de transformação. Para muitos de nós que tivemos uma convivência participativa com o movimento de implantação e difusão das artes terapêuticas orientais em nossa cultura, métodos acessíveis como o do-in serviram de ponte para uma verdadeira terra incógnita: o então insondável terreno energético humano. Foi uma época de muita experimentação e pouco entendimento, mesmo por que os precursores dessas práticas tinham - e de certa forma, ainda têm - mais perguntas do que respostas a oferecer. Meus Workshops de iniciação em do-in tiveram principalmente o objetivo de abrir portas, superar resistências e sensibilizar mentes e corações para as impensadas possibilidades de crescimento que essas técnicas representam. Hoje o cenário é bem diferente. A explosiva popularização desses métodos de intervenção energética, a forçosa convivência da nossa medicina ortodoxa com a constrangedora eficácia da acupuntura, e a espantosa proliferação de profissionais atuantes nessa área deixam claro que aqueles pratos exóticos se tornaram iguarias bastante palatáveis para a nossa cultura.

Essa importação maciça foi grandemente facilitada pela assepsia pragmática a que foi submetida à tradição médica chinesa na própria fonte. Despida de seus preceitos filosóficos essenciais e destituída de qualquer conotação de ordem metafísica e espiritual, a Medicina Tradicional Chinesa embalada na China contemporânea serve bem a dois propósitos: se ajusta confortavelmente dentro da ideologia do materialismo dialético e ainda se mostra extremamente atraente para o imediatismo consumista do ocidental. Práticas originalmente destinada ao aprimoramento do corpomente e ao refino da consciência são hoje ofertadas como meras técnicas para promover o bem estar e ampliar a produtividade física. Mas isto não implica dizer que a acupuntura que se aprende hoje na China não tenha seu valor. Pelo contrário, do ponto de vista exclusivamente técnico ela tem se aprimorado, com contribuições tecnológicas e verificações científicas. O lamentável é que, distanciada do principal conteúdo filosófico que lhe deu origem - a analogia entre a teoria da criação na cosmovisão taoísta e o processo de geração de energia no corpo humano - e incompatível com o reducionismo das explicações clássicas ocidentais, se mostre carente de um constructo teórico à altura das suas extraordinárias possibilidades terapêuticas.Após infrutíferas tentativas de se acomodar essa tão distinta abordagem curativa nos escaninhos médicos convencionais, começamos a nos dar conta de que, ou a acupuntura – e, por extensão, todo o universo das práticas chinesas - será entendida a partir da sua gênese, ou nunca o será. Uma questão preocupante, se considerarmos o dito chinês: “sem a prática a teoria é inútil; sem a teoria a prática é perigosa”. É dessa constatação que o meu atual trabalho - um training–formação em fisiologia energética chinesa - busca-se atualizar. Utilizando como suporte prático os tradicionais exercícios taoístas de auto-aprimoramento, o programa propõe, à guisa de complemento ao substancial conhecimento técnico que atualmente dispomos nesse campo, um espaço para a reflexão e a busca de um entendimento aprofundado dos fundamentos que dão significados a esses valiosos instrumentos de transformação. A meta seguinte é promover o diálogo do sistema chinês com outros importantes mapeamentos utilizados nas práticas corporais energéticas - o sistema dos chacras da tradição védica e os anéis musculares mapeados por
W. Reich - investigando seus pontos de contato e suas possibilidades integrativas.


2) Qual a importância do pensamento taoísta dentro da terapêutica chinesa ?

R – É de importância fundamental. Uma característica notável desse pensamento essencialmente analógico _ um pensamento “em campos”, bem próximo à maneira de pensar dos físicos modernos _ é ser profundamente marcado pela noção de eficácia. Todos os seus símbolos e emblemas – Tao, Chi, Yin-Yang – são dotados de uma poderosa eficiência realizadora, norteadores da conduta e facilitadores do crescimento. Sua “filosofia em ação” orienta-se pela perspectiva arquetípica dos princípios perenes que governam o Céu _ perenes porque imunes aos desgastes provocados pelo tempo _ , verificados e aplicados a todas as atividades humanas na Terra. Na tradição médica chinesa tais princípios resultam em leis terapêuticas de importância definitiva no trabalho clínico. Mas é um grande equívoco confiná-los aos limites do consultório. Se assim fazemos, podemos nos tornar bons acupunturistas, mas não necessariamente pessoas melhores, já que a maior serventia dessas ferramentas de transformação é transformar aqueles que as utilizam. Importar filosofias e práticas de civilizações distantes no espaço e no tempo, sem incorporar os fundamentos que lhes dão origem é uma boa maneira de mudar apenas a forma de se repetir.


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