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Equilíbrio consigo mesmo

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Autor Alex Possato

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 11/05/2008 15:26:13


É muito comum receber pessoas que procuram eliminar um problema – ou geralmente vários deles, para depois se permitirem ter uma mente centrada, emoções equilibradas e atitudes coerentes. Falando a verdade, eu também era exatamente esse tipo de pessoa: queria minha felicidade, minha paz de espírito, mas coloquei em minha mente que só depois de resolver os problemas. Coloquei em minha mente não! Colocaram! Ensinaram-me, e ainda ensinam, que a felicidade só vem depois de resolver uma série de coisas. Basta ligar a televisão: o povo do Rio de Janeiro só poderá aspirar uma vida em paz, quando eliminarem a dengue ou o tráfico for extinguido. O paulistano só terá equilíbrio com o fim do trânsito caótico, da poluição e da violência. Vivemos uma sociedade onde todos buscam focar os problemas, ao invés das soluções.
Engraçado é que todas as invenções e descobertas do mundo só se tornaram possíveis quando alguém se permitiu olhar soluções... Foi assim com a invenção da roda, da lâmpada, da descoberta da penicilina, da utilização do plástico, etc., etc.
Mas além destes problemas ditos “coletivos”, o que mais atormenta o ser humano, sem sombra de dúvida, são os problemas pessoais e os problemas emocionais. Estou certo? É a busca de auto-estima, dificuldades nos relacionamentos, a grana curta, a barriguinha que teima aparecer por sobre o cinto da calça, o parceiro insensível, a parceira que só tem olhos para os filhos, os filhos que não obedecem, o medo de enfrentar os desafios, os pensamentos que “gritam” na mente de forma alucinada, as emoções incontroláveis, o estresse... bem, cada um sabe a carga de dificuldades que carrega, e eu não preciso lembrar. Olhando tanto para os problemas externos, como para as questões emocionais, poderia dizer que vivemos um verdadeiro inferno. E queremos fugir deste inferno, mas cada passo que damos, o inferno nos acompanha. Tentamos esquecê-lo, mas ele lá está, à espreita, pronto para o bote certeiro. Essa situação seria realmente o fim da picada, se não fosse, tudo isso, um inferno criado e sustentado por uma mente em ilusão. Todos os problemas são ilusórios. Dengue, poluição, filhos mal criados, marido que trai, gordura de mais, inteligência de menos, tudo isso é uma distorção mental provocada pelo foco no lugar errado.

Por que vemos problemas, ao invés das soluções

A razão para vermos problemas, ao invés das soluções, é que achamos que somos o que pensamos ser e o que sentimos. Somos os nossos pensamentos, sentimos nossas emoções, e isto define o nosso futuro – é o que achamos. Percebemos um pensamento bom, tomamos uma atitude que os outros dizem ser boa, e então acreditamos: ah, eu sou bom! Logo depois, na primeira fechada no trânsito, pensamos um palavrão, gritamos o palavrão, brigamos, e depois a consciência diz: ah, eu sou ruim! Os sentimentos são a mesma coisa. Quando o coraçãozinho bate acelerado ao ver o amor, dizemos: estou amando. Mas três minutos depois, vemos o nosso amor conversando com o bonitão da esquina, e logo estamos odiando os dois: e sentimos o ódio!
Fazemos este julgamento infinito porque estamos presos às coisas que vemos, ouvimos e sentimos. Estamos presos a argumentos absolutamente superficiais, e não mergulhamos a fundo em nosso próprio ser, para descobrirmos a beleza da nossa alma. Preferimos ficar brincando na praia, ao invés de mergulharmos no universo rico e colorido de corais, cardumes e liberdade.
É, eu falei liberdade! Ficar preso à praia das coisas superficiais nos limita, nos acorrenta e nos deixa eternamente presos no inferno do certo e do errado, do bom e do mau, do feio e do belo, do sublime e do asqueroso.
O equilíbrio não está nesta praia

Não é possível transformar o superficial em somente beleza, bondade, amor, harmonia, riqueza, saúde... As ondas foram feitas para subir e descer, assim como nossa vida superficial foi feita para haver morte e nascimento, saúde e doença, riqueza e pobreza, encontros e desencontros, obediência e rebeldia, caridosos e criminosos. Não é possível colocar as mãos para brecar as ondas. Elas passam por cima. Mas mesmo existindo a dor, o sofrimento, a morte, a pobreza, é perfeitamente possível viver em equilíbrio, aqui, agora, apesar das ondas...
Nós não somos um ser superficial, que necessita viver preso às coisas superficiais. Aquilo que nós somos, na realidade, não tem nenhum significado, e o fato de conseguirmos pular algumas ondas não significa que outras ondas não nos irão atingir. A questão é: como encaramos as ondas? Se estamos na superfície, devemos encará-las como parte da natureza do mar. E temos a possibilidade de mergulhar, e descobrir a profundidade: a nossa profundidade que se une à profundidade do oceano. Lá, as ondas não interferem. Isto significa: o que pensamos, o que sentimos e o que se passa fora de nós não importa nem um pouquinho. Este equilíbrio proporcionado pelo mergulho em si mesmo, não é estático, não é um isolamento do mundo exterior, não é uma fuga. É um mergulho simbólico, onde você continuará vendo o mundo, as dores e alegrias, prazer e sofrimento, mas não mais se afetará por eles. Em si mesmo, você perceberá que suas dores e alegrias são efêmeras, e a vida real só é vivida quando você consegue se distanciar delas. Seus pensamentos e sentimentos serão vistos mais como um filme, do que como realidade. E isto porque assim é.
Você não é o que pensa ou sente. Você já vem programado, desde o nascimento, pelo seu sistema familiar, a ter propensão de sentir prazer em determinados momentos e situações, e dores em outros. Estas heranças são transmitidas de geração em geração. Quanto menos você se focar em alguém como um ser individual, e abrir-se para a realidade da sua pertinência a um grupo familiar, que inicia no seu pai e na sua mãe, e passa por todos os ancestrais, entendendo que tudo o que eles viveram, seja de bom ou ruim, você começará a se abrir para compreender profundamente o que você é. Você é tudo que o seu pai, sua mãe e seus ancestrais viveram, de bom e ruim, e muito além. Por isso, você é a infinita possibilidade. Esta abertura e aceitação para o seu passado familiar é um passo tão importante, que muitas pessoas tem conseguido mudar drasticamente a sua vida quando olharam pela primeira vez para o seu pai, mãe ou família com este olhar agregador, e não segregador. Somente permitindo-se passar por esta etapa de reconciliação com suas origens, é possível caminhar mais ainda, ir mais ao fundo para mergulhar no equilíbrio que transcende inclusive a família. Após perceber que a família é você, literalmente, você perceberá que os outros seres humanos também são você, literalmente. Não há mais diferença entre cor, sexo, nível social, intelectual, tipo físico, não há mais separação de corpos, tudo é uma única coisa.
O que há de mais libertador que você não é mais você, mas simplesmente a somatória de todos? O que há de mais libertador que experienciar a verdade que você é todas as dores, e também todos os bálsamos?
Por um anular o outro, você é apenas, equilíbrio.

Alex Possato
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Alex Possato   
Terapeuta sistêmico e trainer de cursos de formação em constelação familiar sistêmica
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