Era uma vez...
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Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 6/29/2009 9:39:40 PM
"A inteligência humana torna-se mensurável quando projetamos nela os nossos pré-conceitos"
Era uma vez dois irmãos que cresceram juntos frequentando as mesmas escolas. Porém, como a água é para o vinho ou o açucar para o sal, eles eram muitos diferentes em tudo e não pareciam gerados pela mesma forma biológica.
Um era gordinho e ambicioso, pois desde menininho falava que quando crescesse seria uma pessoa muito rica e poderosa. Já o outro, magricela, quase esquelético, era um filósofo nato e desde pequeninho apreciava contemplar a natureza, principalmente à noite quando observava atentamente o movimento dos meteoros a cruzarem o firmamento sem fim.
O tempo foi passando e as diferenças entre os irmãos foi se acentuando. Nariz empinado, peito estufado, olhar de superioridade, o "cheio de si" como fora apelidado por seus colegas de colégio, era mais ele e ainda o melhor aluno da escola em aproveitamento geral, o que deixava-o cada vez mais orgulhoso de si mesmo.
Por outro lado, o "atirado nos cantos" como o chamavam entre colegas e amigos, dava a impressão de estar cada vez mais alienado da realidade concreta, pois permanecia na maior parte do tempo envolvido em seus exercícios contemplativos a captar situações do cotidiano de sua vida. Era considerado pelos professores da escola um alienado mental e um caso perdido.
Veio a adolescência, e o cheio de si não caminhava pelas ruas, mas imponente, desfilava como um rei ao passear pelos jardins de seu palácio. Atirado nos cantos, ao contrário do irmão, cheio de acnes pelo rosto, passava desapercebido com o seu jeito desengonçado de caminhar. "Nem parecem vinho da mesma pipa", costumava dizer o avô paterno. E, de fato, pareciam dois estranhos que conviviam sob o mesmo teto...
O tempo deu mais uma esticada e o gordinho já "estufara" mais um pouco o peito, comentavam os gaiatos da rua onde os irmãos moravam. Com 25 anos de idade e próspero empresário, o cheio de si perseguia, obstinadamente, a sua meta de um dia ser banqueiro. Por esse motivo não se misturava com a plebe, e os raros amigos que tinha eram rigorosamente selecionados.
Atirado nos cantos, com 23 anos de idade e cada vez mais estranho aos olhos de todos, começava a preocupar seus pais que não entendiam porque ele ficava durante horas a fio, atirado nos cantos da casa a observar algo no vazio do espaço como se ele fosse um objeto inanimado.
Formado em administração de empresas e em economia, e com um emprego garantido na gerência de uma poderosa multinacional, "reizinho" como era orgulhosamente chamado por seus familiares, estufava cada vez mais como filho pródigo e como modelo para o seu desacreditado irmão que era considerado por todos um legítimo fracassado.
Contudo, os comentarios de familiares ou de terceiros não abalavam a obstinação de atirado nos cantos, porque ali - nos cantos da casa - continuava a observar a realidade circundante como um cientista que observa a partir de sua lógica de estudo. "É um caso de esquizofrenia" afirmava um parente próximo, resumindo a impressão que muitos tinham dele. "Necessita, urgentemente, de tratamento", alertavam amigos da família. "O que os pais estão esperando?", questionavam outros...
O tempo dá mais um galope... e lá está o reizinho em seu "trono" de banqueiro todo poderoso. Pudera! A sua meta fora atingida na mosca! Alcançara o topo do poder financeiro. Tornara-se um "rei" cotejado por políticos, empresarios e influentes da alta sociedade. "Às favas com os fracos e perdedores!", costumava resumir quando questionado a respeito da situação de seu irmão que encontrava-se internado em um Hospital psiquiátrico para tratamento do que fora diagnosticado como "esquizofrenia".
Como o tempo terreno não para, a vida, naturalmente passa... e com ela as surpresas do caminho! Reizinho, aos 43 anos de idade, o filho pródigo e poderoso banqueiro, orgulho da família, encontra-se há meses prostrado em uma cama de hospital, vitimado por um acidente vascular cerebral que o deixara com graves sequelas neurológicas e dependente de cuidados para o resto de sua vida.
No outro lado da mesma grande cidade, em um cemitério de cova rasa, jaz o corpo de atirado nos cantos, vítima que fora, aos 39 anos, de enfarte do miocardio enquanto dormia o sono dos justos.
No entanto, os seus estudos, entregue pelo falecido a um médico que o tratara durante o seu período de internação, começava a repercutir no meio científico local. Eram estudos baseados em observações a partir das percepções de um indivíduo considerado esquizofrênico pela ciência oficial. Eram percepções tão profundas e instigantes que confundiam até mesmo os mais tarimbados estudiosos da área da saúde mental.
E os estudos de atirado nos cantos - o alienado mental e filho fracassado - ganharam a mídia e alcançaram a comunidade científica mundial. A repercussão foi tamanha que despertou interesse de uma conceituada equipe de pesquisadores da área médica que prontificaram-se a dar continuidade às pesquisas interrompidas pela morte daquele que a partir de então, começava a ser considerado um gênio. A esquizofrenia, entendida como uma patologia mental caracterizada pela incapacidade de coordenar idéias e perda de contato com o mundo exterior, começava a ser "dissecada" e questionada a partir de uma ótica que revolucionaria para sempre o seu significado.
MORAL DA HISTÓRIA
Para a evolução da consciência humana, mais vale um pobre de alma rica do que um rico de alma pobre.
Psicanalista Clínico e Interdimensional.
flaviobastos
Dirigente mediúnico espírita
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |