Eros, uma jornada pela vida
Atualizado dia 1/4/2007 8:24:04 AM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
As estradas e as praias do país ficam repletas de automóveis e de pessoas que provocam grandes congestionamentos e aglomerações em busca das sensações de liberdade e prazer, onde costumamos depositar nossas expectativas de generosas gratificações como legítimos merecedores após um ano de trabalho ou estudo.
"Ninguem é de ferro!", como diz o dito popular. Quem não gosta de bebericar, tomar a sua cervejinha ou sua taça de vinho acompanhada de uma saborosa comida? Sem falar em sexo, porque "faz parte!" como diz outro dito mais recente. É um período do ano associado a uma situação peculiar em que as energias do prazer e do desejo estão à flor da pele...
Para Freud, a libido era a energia psíquica associada ao instinto sexual, isto é, às manifestações mentais do instinto sexual. Para Jung, a libido incluía toda espécie de motivação e energia humana psíquica, o espírito religioso e a significação da vida, correspondendo ao instinto vital ou "Eros" de Freud, que é quando a libido se fixa nos instintos vitais que constróem e promovem a vida. O contrário é o "Thanatos", que é quando encontramos a fixação nos instintos de destruição (morte) que podem trazer gratificações ao indivíduo.
E nesse jogo entre os instintos que promovem a vida (construção) e aqueles que promovem a morte (destruição), encontramos o "Id" como a instância da personalidade humana ligada ao princípio do prazer e fonte de toda motivação instintiva, tensão e emoção, e constituído de impulsos, desejos, tendências, inclinações e apetites que exigem satisfações imediatas.
Enquanto os impulsos provenientes da pressão que o Id exerce e o "Ego" (princípio de realidade) sofre, forem controlados pelo "superego", a instância moralizadora da nossa personalidade, os nossos prazeres e desejos estarão sob controle da consciência, ou seja, saberemos, através do auto-controle, até onde vai o limite desse jogo de forças internas (o nosso limite...).
Os excessos costumam acontecer quando perdemos o controle da situação e nos submetemos às exigências das satisfações primitivas do Id. E esses excessos impostos pelo Id costumam vir acompanhados, muitas vezes, do uso abusivo do álcool (ou similares) e do sexo descuidado, podendo vir a provocar situações desagradáveis, inclusive de risco à vida da pessoa.
Portanto, para evitarmos surpresas desagradáveis, principalmente no período de férias de verão, o ideal é que tenhamos sempre como referência a nossa consciência, pois ela é um instrumento que nos manterá lúcidos e com grande capacidade de discernimento se soubermos usá-la em benefício próprio.
Independentemente do que ela possa significar além da "consciência moral" representativa do superego freudiano, pois hoje sabemos que o conhecimento que temos da nossa existência transcende a esse conceito, a consciência, utilizada como instrumento de equilíbrio, estará sempre à nossa disposição na promoção das energias edificantes e construtoras da vida. Basta, para isso, termos a clareza que através dela podemos comandar as nossas necessidades de origem instintiva em perfeita sintonia com noções de limite. A vida é isso... uma constante busca do ponto de equilíbrio!
Psicanalista Clínico de Orientação Reencarnacionista.
flaviobastos
Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |