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Escola de mistérios do Egito antigo

Atualizado dia 9/21/2017 11:19:19 PM em Autoconhecimento
por Paulo Jannuzzi


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TERRA DOS ARCANOS DA VIDA

Ptah-Hotep, vizir do Faraó, Dadkarê-Isési (V Dinastia - aprox. 2.700 a.C.), quase dois mil anos antes do esplendor da civilização Helênica, a qual foi herdeira de muitos conhecimentos egípcios, escreveu: 
"Jamais reveles a outrem o que alguém te confiou, abrindo-te o teu coração. Se queres ser um homem perfeito, aperfeiçoa o teu coração. Diz aquilo que é, em vez daquilo que não é. A Amon aborrece o excesso de palavras. Se algo for contestável, não o digas. O teu silêncio é mais útil do que a abundância de palavras. Deixa o teu coração sofrer, mas domina a tua palavra. O segredo mais íntimo revela-se no silêncio. É vasta a influência do homem agradável ao falar. Mas, as facas estão afiadas para quem forçar a passagem, pois esta Só é permitida no devido tempo". 
Atribuem à civilização egípcia um cunho sombrio e por diversas vezes associam a temática de seus escritos a respeito dos rituais e filosofia do seu povo à necrofilia. É necessária uma visão mais profunda e menos dogmática a respeito do pensamento e comportamento de um povo evoluído e não compreendido na sua proposta de entendimento da vida, da morte e do renascimento das cinzas materiais que nos cercam no plano físico, tal qual a Phoenix. Não vislumbramos, nem sequer enxergamos o que está por detrás dos suntuosos monumentos, dos magníficos papiros e dos relevos instalados na terra de Khan. Existe uma tendência que felizmente está degenerando-se no círculo acadêmico, em classificar as Civilizações Antigas como "primitivas".
Numa primeira observação, não compreendemos a razão de estruturas tão grandiosas. Quando nos damos conta que não existe uma pedra sequer remanescente de suas moradias, "lojas" e estabelecimentos, contrastando com monumentos erigidos para desafiar o tempo e às intempéries, indagamos estupefatos: Como? Por quê? A resposta encontramos na dedicação dos antigos egípcios à vida! Não a vida mundana e materialista a qual o ocidente tanto se apega, e valoriza (embora esta fosse celebrada constantemente). Mas a Vida como um todo; um fluxo contínuo onde o desenlace é apenas uma transição. Uma mudança de "estado" e de "ambiente". 
Partindo deste princípio, podemos notar que mais de noventa por cento das construções que tinham por finalidade a reverência e exaltação da Divindade, estão ainda de pé! As Pirâmides, as Esfinges, os Obeliscos, os grandiosos Templos e outras tantas estruturas de Culto, Ensino e Ritos Iniciáticos (Casas da Vida) cujo objetivo final era Deus (sim, o Egito era monoteísta!), ainda resistem solenemente! Eles tinham de ser como o Creador: Incólumes e Eternos! Portanto, suas moradias e outros locais referentes à "passageira" vida mundana, eram construídos basicamente com adobe para que durassem justamente o fugaz período de uma existência. Faziam isso para lembrarem-se da temporaneidade e transitoriedade da vida, cujo objetivo final era RÁ (algo semelhante às mandalas tibetanas feitas com areia colorida que, uma vez terminadas, depois de longo e exaustivo trabalho, são destruídas com um simples "esfregar das mãos" de um Lama).

Consideravam que, assim como o coração é o Altar, o corpo é o Templo de "Bah" (a Alma). Portanto, devia ser preservado até a entrada do "morto" pelo terceiro portal do Amentis até a entrada em Amduat ("Reino dos Mortos" ou plano Astral). Era incumbência da "Casa da Morte", sob os auspícios de Anúbis, o embalsamamento e mumificação do corpo, num processo iniciático complexo que incluía banhos com ungüentos e essências aromáticas, unções alquimicamente preparadas (o Egito foi o berço da Alquimia) e entoação de mantras para cada parte do corpo. Este processo durava cerca de setenta dias que, segundo a filosofia e religião egípcia, era o tempo médio necessário para que o indivíduo "despertasse" e se conscientizasse de sua nova condição no "Reino dos Mortos". Isto mantinha o corpo etérico ainda "preso" para que a consciência tivesse uma espécie de "referência" em relação ao plano físico sem ser molestado pelos umbrais inferiores. Os sarcófagos também eram preparados uma vez que funcionavam como verdadeiras caixas orgônicas, dificultando, de uma certa forma, a rápida "volatização" do corpo etérico (em muitos sarcófagos, conseguiu-se mensurar padrões de frequência vibratória elevados em escala radiônica, semelhante à "Rede de Hartmman" que tarduzem os canais de força Cósmica e Telúrica que "vascularizam" energeticamente a Terra).

ANÚBIS

Eram assim enterrados sempre na margem esquerda do Nilo (o lado onde RÁ, o Sol, se põe) para que, durante a noite, após o "coração" do "morto" registrar leveza maior que uma pluma na balança do "Tribunal de Osíris", sua alma cruzasse o Rio Sagrado na "Barca de RÁ" a fim de "encontrar-se com RÁ" além da margem direita, onde RÁ se levanta. As Civilizações antigas, principalmente as orientais que até hoje mantêm este conceito de culto à ancestralidade, davam merecida importância à transcendência da Vida, ao seu processo de transição e aos seus antepassados. O conceito de "almas afins" e "Família Astral" eram muito bem entendidos e compreendidos.

O JULGAMENTO E O TRIBUNAL DE OSÍRIS

Nas "Casas da Vida" ( Templos Iniciáticos, "Universidades" e etc.), eram ministrados os princípios da Vida, invocação e manipulação das forças da Natureza (elementais), além de princípios Sagrados dentro de sua medicina, alquimia (aspecto transmutador tanto físico quanto mental), arquitetura, engenharia, geografia, astronomia/ astrologia - que eram uma só ciência - (sim, a astrologia é uma das "ciências completas". A abertura de consciência para compreender suas características sutilíssimas com respeito à direta influência de outras frequências vibracionais planetárias dentro de uma ordem galáctica e cosmogônica, depende do "Horizonte" de cada um), geometria, matemática e etc. Tanto a "Casa da Vida" quanto a "Casa da Morte", serviam à "Casa do Faraó".
As "Casas da Vida" também eram responsáveis pelas celebrações dos princípios arquetípicos representados pelos "Deuses", nos meses dedicados a cada um deles (algo similar com o que verificamos em relação aos Orixás). Cada cidade tinha a sua Deidade Patronal (exatamente da mesma forma que temos S. Sebastião como padroeiro da cidade do Rio de Janeiro; S. Jorge como padroeiro da Inglaterra e etc. Coincidência?). Uma das mais conhecidas destas celebrações era o "Festival de Opet" (Opet, nome egípcio de Karnak), que comemorava o casamento de Wasir/Usirew (Osíris) & Aset/Easet (Ísis).
Ao primeiro dia do mês de THUTHI (19 de Julho), na cheia do Nilo, a estatueta de ouro maciço representando o deus Amon-RÁ, numa cerimônia que durava dias, era retirada da pequena câmara iniciática situada no lugar correspondente à glândula pineal, no Templo de Luxor, para o qual tinha sido levada desde Karnak. Depois do pequeno rito feito pelo próprio Faraó e das oferendas contendo flores, incenso e as frutas dedicadas àq uela deidade, esta era apresentada ao povo, depois de retirada sua mortalha de linho branco. Formava-se então uma verdadeira procissão tendo o Faraó e o Sumo-sacerdote à frente purificando o caminho com mirra e incenso. Logo atrás, os demais sacerdotes e sacerdotisas; alguns entoando os cânticos próprios da cerimônia e outros carregando o andor que portava a estatueta de Amon-RÁ. Acompanhavam ainda: a nobreza, os músicos, as dançarinas núbias e o povo. Chegavam ao pier e embarcavam em muitos barcos, continuando a procissão pelo Nilo. No barco santuário iam a representação da divindade em celebração, o Faraó e o Sumo-sacerdote. A Rainha aguardava em Karnak.

Ao chegar ao grande Templo de AMON-RÁ (Karnak), a procissão se desfazia e somente o Faraó, a Rainha, o Sumo-Sacerdote e outros membros do clero, adentravam o Templo dirigindo-se à câmara iniciática onde a representação de Amon-RÁ permaneceria por mais um ano. Podemos notar muitas semelhanças com princípios ritualísticos presentes em algumas religiões. Vale registrar que os fundamentos esotéricos, energéticos e, por que não dizer, radiônicos de tais rituais, são poderosos o suficiente a ponto de serem "herdados" ou "aproveitados" até hoje!
O Egito fascina por diversas razões, mas principalmente pelos seus Mistérios. O que desafia, desperta interesse. Principalmente, num lugar onde RÁ novamente se levanta e ilumina o horizonte. Desta vez, um horizonte muito mais amplo. Lembrando a posição de meditação das estátuas (sentadas com as mãos sobre as coxas) aprendemos o segredo da VIDA:

"Pés no chão!
Olhos no horizonte!
Mente no Infinito!"
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Conteúdo desenvolvido por: Paulo Jannuzzi   
Paulo Iannuzzi F.R.C. Pilares de Hermes - Escola de Mistérios Desde 3254 a.C., Annu (Heliópolis), Egito - Na era atual, desde 1996, Rio de Janeiro, Brasil Acesse: www.facebook.com/pilaresdehermes
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