ESPELHO, ESPELHO MEU...
Autor Dudi Rios
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 28/07/2020 16:25:42
Como está a sua relação com o espelho? Você está baseando sua vida em reflexos?
A nossa relação com a imagem é muito vinculada com a cultura, os julgamentos de adequado ou inadequado, bonito ou feio, são fruto dessa relação e estes mudam com o tempo.
É sábio se avaliar por parâmetros que mudam com o tempo e que variam em cada cultura?
Vamos ampliar nossa percepção sobre espelhos. Até agora você deve ter pensado no espelho físico, àquele que olhamos para arrumar o cabelo ou a roupa. Este é o mais óbvio, onde podemos exercitar nosso julgamento ou aceitação, mas temos no reflexo das situações e pessoas mais um espelho.
Como assim? Quando buscamos definir quem somos, ou como estamos, ou se somos adequados ou não, olhando para fora, estamos buscando um espelho que nos reflita uma resposta, que as vezes pode ser uma imagem, mas dependendo da circunstância pode ser uma palavra, um afeto ou uma constatação de resultado.
Após direcionar o olhar a um espelho nossa mente é chamada e, dependendo de onde ela está alicerçada teremos dois tipos de olhares. O primeiro olhar que pode ser o vinculado a mente lógica, àquela que desenvolvemos com as experiências do cotidiano, vai no seu movimento natural julgar, independente se você gosta ou não do que vê.
Julgamento é uma de nossas ferramentas de defesa e organização, fazemos isso o tempo todo para determinar os nossos próximos passos, como se a habilidade de julgar nos possibilitasse o controle das situações. Na verdade o julgamento limita nossa percepção, pois com ele temos poucas possibilidades do novo, do maior que o visto, então nosso universo de possibilidades é reduzido.
O segundo olhar, alicerçado em quem você é, independe do mundo lá fora, sem regras ou parâmetros mutáveis, está vinculado ao ser que você realmente é, seu verdadeiro EU, neste caso, não há parâmetros de certo e errado, mas uma experiência a ser vivenciada como resultado de toda uma construção.
Agora falamos de uma experiência vivenciada em toda a sua plenitude, sem restrições e controle e, por si só já é satisfatória e realizadora, não deixando lugar para sentimentos de frustração ou cobrança.
Você já se olhou no espelho, sem julgamentos? Apenas silenciosamente viu seu reflexo? Sem expectativas de resposta ou resultado? Faça essa experiência. Em um primeiro momento se olhe no espelho físico e perceba seus julgamentos, após faça o mesmo movimento mas não se avalie, apenas observe.
Como se sente?
O ser silencioso que observa e não julga é seu verdadeiro EU, àquele que deve controlar a sua vida sempre. Pois se o controle estiver com o EU que julga o falso EU, você terá sofrimento e frustrações desnecessárias.
A aceitação é o primeiro passo para qualquer mudança, a crítica que julga provavelmente servirá para dificultar o seu caminho para conquistar o que deseja.
Fica a dica, não espere tanto de um espelho que reflete a sua imagem, sendo ele físico ou o retorno das pessoas, mas tente cada vez mais acessar seu verdadeiro EU, para aprender a olhar de forma mais adequada o que deve ser visto.
Chega de viver de reflexos, hora de desenvolver a lucidez e assim retomar o fluxo evolutivo da sua vida.
Dudi Rios
Astróloga Comportamental e Psicoterapeuta
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