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Estamos lidando bem com a modernidade?

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Autor Flávio Bastos

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 8/4/2010 8:47:15 PM


Nas últimas duas décadas, a tecnologia "avassaladora" vem ditando as regras de comportamento do homem urbano. O veloz - e às vezes frenético - rítmo moderno vem alterando hábitos e costumes em praticamente todas as regiões do planeta.

O avanço tecnológico melhorou a qualidade de vida de muita gente. Tornou o planeta mais comunicável encurtando distâncias entre as regiões e as pessoas.

No âmbito da geração de energias, a alta tecnologia parece não encontrar mais barreiras ou limites para a construção de hidrelétricas nos lugares mais inóspitos, ou na sofisticada elaboração de armamento bélico de alto poder destrutivo.

Na indústria automobilística, a cada ano surgem novos modelos que impressionam pelo aprimoramento. O mesmo ocorre com computadores, aparelhos de televisão, celulares... o mundo começa a ficar pequeno para tanto crescimento tecnológico.

No entanto, na ânsia de progredir cada vez mais em um mundo globalizado, estamos esquecendo que a natureza preservada  significa garantia de qualidade de vida das próximas gerações de humanos e de todas as espécies de animais que habitam o planeta.

Em nome da modernidade, do lucro e de interesses políticos, estamos passando por cima de valores humanos que não acompanham o frenético rítmo da evolução tecnológica. E o próprio homem, assim como a natureza, tem sido as maiores vítimas dos velozes tempos de mudanças.

Nas relações inter-pessoais estamos transitando entre a fase de consideração e a fase de indiferença. O "esfriamento" nas relações representa a perda gradual de valores humanos construídos em gerações passadas.

Hoje, ao invés de uma visita presencial a um amigo ou parente, fazemos uma visita virtual. Não temos mais tempo e paciência de educar (ou adestrar...) o nosso cão de guarda para não latir a noite inteira e incomodar o vizinho. Além do mais, o cão precisa demonstrar "ferocidade" para atacar, pois a desconfiança é geral e ninguém está livre de ser o invasor de nossa privacidade.

Na natureza, florestas estão sendo devastadas para que o "progresso floresça". Animais, ainda selvagens mas acuados pelo desmatamento, começam a aparecer em lugares inusitados, como nas ruas de centros urbanos e até no pátio de residências.

A insensibilidade de certos burocratas é tamanha, que no Rio Grande do Sul existe o projeto de construção de uma hidrelétrica em uma região paradisíaca localizada nos Campos de Cima da Serra. Zona de turismo rural e ecológico denominada a "patagônia brasileira", onde o desvio do rio Silveira, através de um túnel construído com alta tecnologia, além de secar completamente uma sequência de cachoeiras, causaria danos irreverssíveis à ecologia ainda perfeitamente preservada.

Insensibilidade... essa é a questão a ser priorizada na relação homem-natureza, porque nessa direção existe um descompasso entre a modernidade e a preservação de valores essenciais para a continuidade da espécie humana. E, perigosamente, parece-nos que a modernidade com o seu "rolo compressor" chamado tecnologia, começa a passar por cima de valores essencialmente humanos...

Estamos lidando bem com a modernidade? O aquecimento global é uma realidade que se manifesta em todos os cantos do planeta. Mais de quarenta graus em Moscou, a temperatura mais alta registrada na história da Rússia. Enchentes na Ásia, no Oriente Médio e grandes nevascas na Argentina, Chile e sul do Brasil, inclusive em locais que nunca havia nevado. Alterações climáticas que se generalizam, dão a resposta que precisamos para as devidas reflexões a respeito de nossas ações sobre o ambiente natural.

Desacelerar a "máquina" de inventar e construir sem estarmos plenamente cônscios em relação ao que estamos fazendo, parece-nos algo possível de se concretizar. No entanto, sabemos que interesses giram em torno dessa questão primordial. O progresso, que deveria ser um processo de evolução equilibrada, torna-se com o avanço tecnológico, um "monstrengo papa-tudo".

O planeta começa a emitir sinais de desequilíbrio, e o dilema humano torna-se a cada inverno ou verão que passa, mais perceptível no sentido de uma urgente tomada de atitude global. Passar por cima de interesses que giram numa gigantesca ciranda mundial, frear a máquina do avanço tecnológico, resgatar valores humanos e (re)aprender a lidar com a modernidade, talvez seja o nosso maior desafio nesse início de terceiro milênio.

As crises depressivas desencadeadas pelo estresse do isolamento e da solidão, embora convivamos entre milhares ou milhões de pessoas em uma mesma cidade, é sintoma de que precisamos resgatar valores que estão sendo perdidos, e criar outros que sejam igualmente humanos, e que juntos, possam ajudar o homem a superar-se, unindo modernidade e sensibilidade na preservação da vida.

Psicoterapeuta Interdimensional.

flaviobastos

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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