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ESTEREOTIPADO

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Autor Christina Nunes

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 9/13/2009 8:26:46 PM


Estereótipo: Sociol. Imagem mental padronizada, tida coletivamente por um grupo, refletindo uma opinião demasiadamente simpli­ficada, atitude afetiva ou juízo incriterioso a res­peito de uma situação, acontecimento, pessoa, raça, classe ou grupo social. Dicionário UOL Michaelis.

Estereotipados. Cabe a nós mesmos, e a ninguém mais, o ser ou não ser estereotipado. Por razões simples, que sintetizo a seguir.

É estereotipado o que acata para si mesmo os moldes projetados pelos outros. Os que, facilmente, abdicam da sua individualidade (leia-se o Eu Sou, basicamente livre de estereótipos para se recriar a cada momento), em função de opiniões, conceitos ou pareceres, favoráveis ou desfavoráveis, e, estes sim, estereotipados,  a partir dos padrões pré-definidos da sociedade onde se vive.

Assim, é voluntariamente estereotipado o que abre mão do melhor de si, e de todas as suas potencialidades e capacidade em quaisquer situações, para aceitar o entendimento de outrem que porventura o acuse, nalgum contexto controverso,  de mediocridade ou de incapacidade.

É estereotipado o que, por invigilância, deixa-se inflar pela arrogância da vaidade, sem o necessário equilíbrio que lhe permita discernir os limites das verdades e das inverdades espalhadas acerca de si mesmo,  ou dos intuitos dúbios existentes sob as luzes enganosas da bajulação eventualmente dirigida a este ou aquele, de molde a se atingir fins particulares, porque então o indivíduo se perde de sua realidade maior, a única propiciadora dos valores verdadeiros em meio à falsidade e aos fulgores transitórios dos elogios melífluos.

É estereotipado o seguidor inveterado de modas, que transfere aos acessórios a sua identificação para o mundo. Qual a cana oca mas adornada de cores falsas, roube-lhe os enfeites, e se lhe roubará também a sua referência própria,  restando-lhe não mais que um grande vazio.

É estereotipado o que também transfere a preciosidade indizível da sua identidade aos extremos estigmáticos quanto subjetivos da beleza ou da feiúra, ou da pobreza ou da riqueza material. De fato, ninguém haverá necessariamente de ser belo destilando fel ao seu redor, nem feio irradiando à sua volta o carisma irresistível do amor incondicional; e nem pobre, abdicando em atos mas não em essência das coisas necessárias ao aprendizado transitório deste mundo, ou julgando-se deserdado da Vida por momentaneamente não tê-las, assim como ninguém é genuinamente rico antes de compreender que não detém para sempre nada deste mesmo mundo - que se trata, o próprio mundo, de uma estalagem, dentro da qual, durante algum tempo, nos acolhe a diminuta hospedaria, que pode ser o casebre ou o castelo,  mas que fatalmente os deixaremos na despedida. E que a riqueza real não é o que detivemos durante este curto intervalo de tempo, mas o uso que fizemos, em prol da Vida neste mundo, daquilo que detivemos!

É estereotipado o que idolatra em função de fama, e o que menospreza em função de anonimato. É estereotipado, por sua vez, o que deixa subir à mente a fama, identificando-se acima de outrem exclusivamente em função da mesma, assim como o que se deprecia, anulando-se sem proveito, em decorrência do se passar pelo mundo aparentemente incógnito em razão do anonimato - esquecendo-se de que o maior de todos os anônimos é Deus, e que Ele, absolutamente, prescinde do nosso reconhecimento!

É estereotipado o que faz dos rótulos inumeráveis a sua verdade última. O que se define ante o próximo em função de cargos ou de posições privilegiadas do ponto de vista profissional, negligenciando a lembrança importante de que, mais cedo ou mais tarde, ao deixar o mundo, não o fará com dignidade se prescindir do serviço humilde quanto indispensável do coveiro, que lhe ultimará os devidos rituais fúnebres.

É estereotipado o que exalta máculas no próximo, justificadas pelo egoísmo intrínseco aos interesses dúbios. É estereotipado o que, intencionalmente, ignora e tripudia sobre os valores alheios em razão destes mesmos interesses dúbios.

É estereotipado, portanto, o que se identifica com rótulos que morrem nos anos seguintes; com riquezas que em si não se perpetuam; com opiniões, próprias ou alheias,  que se extinguem no momento seguinte, ao sabor do fluxo inexorável dos movimentos da Vida!

Estereótipos são aparências. Não nos identifiquemos com nenhuma aparência, e assim nos reencontraremos com a nossa mais recessa Realidade: o cerne mesmo da Eternidade, que nos libertará do fascínio destes fantasmas fugazes para a criação consciente daquilo que, a cada segundo, queiramos que seja a nossa jornada rumo ao Infinito!


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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