Estresse: doença ou esgotamento?
Atualizado dia 9/4/2006 2:03:57 PM em Autoconhecimentopor Luci Freire
A constante estimulação do mundo moderno trouxe ao homem a maior de todas as suas dificuldades a de estar em harmonia consigo mesmo e com o ambiente em que vive. Este universo vibrante em contínua transformação exige do ser um ritmo acelerado de assimilação, compreensão e incorporação às suas aglutinantes informações. Essa ânsia em corresponder a essa extenuante estimulação faz do homem, da mulher, do jovem e da criança um ser desfocado de si mesmo e de seu verdadeiro centro - o seu interior.
Essa alienação é uma das características mais marcantes de quem vive em centros urbanos onde a exposição à tecnologia é ainda mais presente, trazendo como resposta pessoas estressadas, desvitalizadas, doentes, infelizes e insatisfeitas.
A Organização Mundial de Saúde renomeia o Estresse como uma doença silenciosa, perigosa e de intervenção terapêutica necessária. É provavelmente o quadro clínico mais freqüente que existe (60% das consultas médicas estão relacionadas ao estresse) doença essa que pode atingir qualquer pessoa desde crianças até idosos e comumente mais atuante nos grandes centros urbanos.
Estresse, doença ou esgotamento?
O Estresse é uma doença grave e precisa de cuidados específicos caso contrário pode levar a morte.
O que vem a ser o Estresse?
É a resposta fisiológica, psicológica e comportamental de um indivíduo que procura se adaptar e se ajustar às pressões internas e externas. Todo ser vivo vivencia. O estresse é um mecanismo de sobrevivência necessário que nos mantém alertas. O perigo mora na falta de gerenciamento da própria vida.
As mais variadas situações que nos causam uma certa pressão ou até um estado alterado de humor, seja ele bom ou não, vão fazendo com que o nosso corpo produza quantidades anormais de adrenalina. A Adrenalina é um hormônio produzido por nosso corpo e tem a função de fazer nosso organismo se defender. A produção de Adrenalina durante um certo tempo é benéfica para nós, pois faz com que nosso organismo esteja apto a reagir perante os acontecimentos de nossa vida; porém, o perigo vem com a contínua estimulação fazendo com que o organismo não relaxe e permaneça em constante estado de alerta.
De que forma o Estresse se manifesta em seu organismo?
Normalmente, o Estresse passa por três fases:
Fase I - de Reação de Alarme – os fatores acumulados no dia a dia, problemas, bons momentos, expectativas provocam uma reação geral no organismo com a participação de todos os órgãos, como se fosse um susto. Essa fase existe na vida de todos nós e dificilmente deixamos de vivenciá-la.
Fase II - de Resistência – Aqui começam os problemas. Com a constante estimulação, o organismo não agüenta e seu corpo começa a produzir adrenalina demais para se adaptar e suportar o estresse por um tempo maior. Nesse processo de resistência, o organismo adapta suas reações para suportar o estresse. Ele começa a se acostumar aos fatores estressantes. Aqui, a reação ao estresse pode ser canalizada para um órgão ou sistema específico, cardiológico, digestivo, pele,etc.
Fase III - de Esgotamento - Nessa fase, a pessoa já está com o seu ciclo vital bem comprometido. Os sintomas acabam por provocar uma sobrecarga maior no organismo gerando ansiedade e criando um círculo vicioso. O estresse contínuo vai exigir uma quantidade de energia tal da qual ele não possui entrando em processo de esgotamento ou queda acentuada da capacidade adaptativa.
Alguns dos sintomas mais comuns dessa fase:
* Perda de concentração mental, esquecimento;
* Fadiga fácil, fraqueza, mal-estar, esgotamento físico, apatia, falta de motivação;
* Instabilidade, falta de controle, agressividade, tendência a discussões;
* Depressão, angústia;
* Palpitações cardíacas;
* Suores frios, tonturas, vertigens;
* Dores generalizadas;
* Queixas físicas sem constatação médica;
* Respiração alterada, ofegante e curta;
* Extremidades (mãos e pés) frias e suadas;
* Musculatura tensa e dolorida;
* Indigestão, Gastrite, mudança de apetite;
* Dermatoses, alergias, queda de cabelo;
* Tiques nervosos;
* Isolamento, vontade de ficar sozinho, introspecção;
* Alterações do sono, insônia;
* Abuso de substâncias(cigarro – álcool – drogas em geral).
Medidas preventivas
Introduzir em sua vida hábitos saudáveis:
- dormir de 6 a 8 horas por dia.
- praticar esportes.
- hobby.
- lazer.
- bons relacionamentos.
- trabalho voluntário
- ter um animal em casa.
- bom humor.
- não levar serviço para casa.
- qualificar programas de tv.
- beber um litro e meio de água imantada por dia.
- arranjar 15 minutos para relaxar.
- não brigar no trânsito.
- sorrir sempre que possível.
- brincar, descontrair.
- praticar meditação.
- Alimentação adequada, dieta rica e saudável:
ALIMENTOS QUE GERAM VIDA - biogênicos: germes, brotos dos grãos, dos cereais, das leguminosas, das ervas e hortaliças.(vitalidade das células e regeneração constante);
ALIMENTOS QUE ATIVAM A VIDA - bioativos: frutas, ervas, cereais e nozes (traz vitalidade e energia).
Como gerenciar o Estresse em suas fases de Resistência e Esgotamento?
Buscando auxílio terapêutico. Se você chegou até aqui é porque não está conseguindo gerenciar o estresse sozinho. Essa ação terapêutica pode vir de várias formas desde uma terapia, a uma massagem relaxante e até a meditação.
Independente da forma terapêutica escolhida o mais importante é gerar mudanças profundas em sua vida e para que essas mudanças ocorram é necessário reconhecer seu padrão de comportamento no sentido de descartar padrões repetitivos, que não trazem benefícios, e introduzir novos modelos específicos à sua necessidade emergencial, que em primeira instância deve ser a redução dos sintomas mais limitantes, por isso que o auxílio terapêutico se faz necessário na condução gerenciamento do estresse.
Segundo a Lei de Hering (Constantino Hering discípulo de Hahnemann)– toda cura deve ocorrer de cima para baixo, de dentro para fora e na ordem inversa do surgimento dos sintomas.
Princípios Básicos:
- A diminuição da dor ocorre de cima para baixo.
- A melhoria das enfermidades ocorre de dentro para fora.
- Os sintomas desaparecem na mesma ordem em que apareceram, aliviando-se primeiro os órgãos mais importantes ou mais vitais, em seguida, os menos importantes e as mucosas e, por fim, a pele.
- À medida em que vão desaparecendo os sintomas mais recentes, vão aparecendo os sintomas mais antigos.
Texto revisado por: Cris
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Luci Freire - Psicóloga com experiência em atendimento clínico com especialização em Terapias Corporais e Vibracionais. Formação Internacional em Terapia Floral, Gestalt Terapia, Bioenergética, Reiki, Terapia da Polaridade, Oligoterapia e Iridologia Orgânica e Comportamental. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |