Eterna Procura
Autor Daniela M. P. de Azevedo
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 2/13/2008 8:43:58 AM
Vivemos em busca do amor, de um relacionamento amoroso que nos complete e nos traga a felicidade. Desde muito cedo, ouvimos frases do tipo: “Quando casar sara”, o que nos induz a pensar que o casamento, a relação amorosa “cura” nossos machucados, traumas e feridas.
Poderíamos pensar, que esta é só mais uma frase, dentre tantas outras que ouvimos durante a vida. No entanto, se refletirmos a respeito, vamos perceber que levamos esta crença a sério e realmente esperamos que o amor chegue e nos salve.
Tudo começa na adolescência. Fase de muitas descobertas e contato com o sexo oposto. Momento em que são afloradas nossas crenças e padrões de comportamentos oriundos de vidas pregressas. Fase de muitas ilusões. Sonhamos encontrar um “menino encantado” que seja carinhoso, o “melhor” da turma, bonito, inteligente, enfim, com todos os predicados possíveis e impossíveis.
Começamos a nos relacionar e tudo é mágico. A cada encontro a paixão aumenta e acreditamos que “ele” é o escolhido, é o “cara” que veio nos trazer a alegria, que veio completar nossa vida, muitas vezes, tão sem graça e vazia antes de sua chegada.
O tempo vai passando e de repente começamos a perceber que o “menino encantado” já não é tão encantado assim. Ele já não faz todas as nossas vontades, não está sempre de bom humor e, o nosso “radar”, neste momento, começa a funcionar e a “procurar” outro alguém que desperte em nós as mesmas sensações maravilhosas do inicio. E assim, de tempos em tempos, vamos sentindo uma insatisfação, uma sensação de que está faltando algo na relação e na pessoa que está ao nosso lado e, então acionamos nossa “radarzinho” e saímos à “caça” novamente.
Nos tornamos adultos. O que era para ser um comportamento adolescente, se torna uma busca para a vida toda. Nos apaixonamos e desapaixonamos na mesma intensidade e trocamos de parceiro quando chega o vazio e a insatisfação, quando nossas necessidades já não estão mais sendo atendidas.
Vale a pena refletirmos sobre quais crenças mantemos em relação ao amor e que vamos, muitas vezes, somando-as vidas após vidas e cristalizando-as de tal forma que passam a ser verdades absolutas, ainda que causem tanto sofrimento.
Somente quando decidirmos nos questionar sobre tais crenças é que vamos conseguir encontrar as respostas que nos levarão às transformações tão necessárias para nosso crescimento mental, emocional e espiritual e, então, perceberemos que não mais necessitamos procurar alguém para compartilhar a vida conosco, pois atrairemos tal pessoa de acordo com o trabalho que tivermos realizado dentro de nós.
“Não corra atrás das borboletas. Cuide do seu jardim e elas virão até você!”
Autor desconhecido
Daniela M. P. Azevedo é Psicoterapeuta com enfoque transpessoal. Especialista em Psicologia Hospitalar.
Avaliação: 5 | Votos: 6
Daniela M. P. Azevedo, psicóloga e psicoterapeuta. Possui consultório em Osasco, realizando atendimentos para crianças, adolescentes, adultos e casais. Para agendamento de consultas, entrem em contato por meio dos telefones: (11) 3699.3517 ou (11) 8643.6826 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
