EU GOSTO DE MIM. E VOCÊ?
Atualizado dia 28/05/2006 19:04:04 em Autoconhecimentopor Raul Imhof
Dalai Lama
Vamos falar um pouco sobre felicidade? Então, é preciso falar sobre o meu bem querer, a minha auto-estima. Transtornos e desequilíbrios na auto-imagem levam ao excesso ou à falta de confiança em si mesmo. Ambos são prejudiciais para o desenvolvimento de uma vida plena e feliz.
O excesso de confiança em si mesmo ou o ego inflado mostra uma pessoa igual àquela que se mostra tímida, insegura e pouco à vontade consigo mesma. Psicólogos dizem que em ambos os casos houve uma infância repleta de rejeição e abandono.
Tornamo-nos adultos conforme os anos vão passando e muitas vezes fica-nos reservado um sentimento de desamor por si mesmo. Mas esta auto imagem de desamor que vai se formando com o decorrer dos anos pode ser transformada a partir da autoconsciência e determinação em transformá-la. Como diz o Dalai Lama "é hora de arrancar a flecha e não buscar saber quem a atirou"... Ou seja, não importa mais quem feriu, quem provocou este sentimento ou porque temos uma auto imagem negativa e baixa; importa olhar para a frente e se determinar a transfomar esse estado de negativo para um estado mais positivo.
Nosso cérebro é dinâmico e sendo assim podemos, através de uma atitude consciente, moldá-lo à nossa maneira. O cérebro se acostuma a funcionar de determinada forma e enquanto não o dominamos conscientemente ele é dominado por nossos processos inconscientes.
Pessoas dotadas de uma boa dose de auto-estima são mais ousadas, mais corajosas, têm uma vontade de crescimento bem dosada, conhecem seus limites e sabem respeitá-los.
Quando a auto-estima não é bem clara as pessoas seguem caminhos distintos: podem se destruir através da construção de uma auto-imagem negativa, em que não há nenhuma chance de crescimento, exigindo muito pouco da vida e de si mesmo, com a certeza de que não merece a felicidade, ou se torna arrogante.
Arrogância é a característica daquele que arroga direitos que não tem, daquela pessoa que tem uma altivez excessiva. Sua energia se concentra na parte superior do corpo e sua superioridade o distancia dos seus semelhantes porque ele se coloca acima dos demais. Os gregos diziam que este é o sentimento que os deuses não perdoam. Humildade perante os outros é uma virtude antiga. Nada de excessos nem mesmo a auto-perfeição.
A arrogãncia, sentimento básico de nossa sociedade moderna, deve ser combatida e superada como se combate e se supera um inimigo.
Para se chegar a lugares com que sonhamos é necessário um certo grau de auto-confiança. Muitas vezes esta confiança pode parecer arrogãncia, mas não é. É somente uma alta coragem, necessária àqueles que são líderes, pioneiros, conquistadores. É necessário construirmos um sentimento básico de auto-confiança. É preciso sermos honestos conosco mesmos se quisermos alcançar o sucesso. Quanto mais honestos formos menos riscos corremos de errar e menos medo e ansiedade teremos.
Quanto mais transparentes formos, quanto mais conhecermos e aceitarmos nossos limites, menos ansiedade e mais tranquilidade teremos, mais confiança em nós mesmos e certamente nossa auto-imagem começará a se alterar positivamente.
Se pararmos, refletirmos fazendo uma avaliação honesta de nossos sentimentos e atitudes, buscarmos conhecermo-nos e aperfeiçoarmo-nos e aceitarmo-nos profundamente, sabendo que cada um de nós tem um papel definido na dança cósmica, certamente estaremos trilhando o caminho correto na direção da construção de uma nova auto-imagem e do desenvolvimento da mais elevada estima.
Uma boa semana para todos.
Raul
Texto revisado por Cris
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