EU, MULHER




Autor Deborah Valente B. Douglas
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 14/08/2009 08:38:59
Eu nasci fêmea.
O rótulo da feminilidade já estava estampado em minha testa.
A saia já mostrava meus joelhos ainda trêmulos no aprendizado da caminhada.
Eu cresci menina.
As bonecas faziam parte das brincadeiras. Mas a minha parte moleca, me fazia sentir prazer quando a pipa voava ao vento, quando o carrinho de rolemã machucou minha perna, quando eu marquei meu primeiro gol na pelada dos meninos contra meninas.
Eu enxerguei o mundo como uma jovem.
O primeiro beijo. O primeiro trabalho. O primeiro baile. O experimento da vida em forma de uma tenra linha que dividia o que era real do imaginário. As escolhas. De que maneira seguir a vida era a decisão fundamental.
Eu amadureci mulher.
A maternidade fez de mim o ser completo. A função vital do meu corpo funcionou de forma esplêndida. O sexo fez brotar a maior forma de amor. Problemas? Acompanham a maturidade como forma de dignificar minha força.
Eu envelheço aluna.
Tudo já aprendi, mas tudo ainda tenho a aprender. A cada letra, a cada palavra, a cada gesto. São lições diferentes que me impõem o fato de simplesmente estar viva.
Eu vivo corpo e alma.
Feminina.
Para morrer quando outra Ísis, mais sábia do que eu, achar que minha missão está cumprida. Quando a mãe natureza achar que o mundo não precisa mais desta fêmea.
E o dia que isto acontecer, deixo meu legado. Não de fama ou de importância, mas sim, da sensação gratificante de ser mulher.









Comecei no Stum em 2001. Escrevia artigos como forma de desabafo, mas vi que a qualidade não estava boa. Estudei bastante e me aperfeçoei na poesia. Hoje tenho dois livros editados, O UM e ATOS REVERSOS, sob o pseudônimo de Alma Collins. Escrever é a sublimação do pensamento posto no papel. Espero que gostem E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |