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Expandindo a compreensão de si mesmo

Atualizado dia 7/3/2019 2:48:33 PM em Autoconhecimento
por Paulo Tavares de Souza


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Existem três instâncias em nosso ser: o Eu superior, o eu individual e o ego. O primeiro é cósmico, representa Deus em nós e possui os seguintes atributos: existência, consciência e êxtase. O segundo é uma unidade perceptiva, aquilo que está relacionado com a nossa individualidade e o terceiro, por sua vez, é um subproduto da mente, algo que foi se desenvolvendo a partir da nossa ignorância. Como sabemos a ignorância cria medos e medos criam desejos. O ego é um construto mental de desejos.

Para termos uma maior compreensão, vamos usar a imagem da lua sobre o lago. A lua não poderá ser refletida no lago enquanto houver turbulência na água. 

A lua seria o Eu Superior, o lago esse outro eu individual, enquanto que a turbulência representa o ego. Enquanto o lago - nosso eu individual - estiver sofrendo turbulências provocadas pelo o ego, o Eu superior jamais será refletido. No momento em que a agitação provocada pela mente e encenada pelo ego desaparecer, a nossa Verdadeira Natureza estará presente, com toda a sua luz e esplendor.

Enquanto estivermos envolvidos por toda essa agitação nós permaneceremos na ilusão, absolutamente inconscientes dessa luz e distantes da realização; vivendo a vida de um falso eu (ego) que consome toda a nossa atenção; não por outra razão nos tornamos ansiosos, preocupados, rancorosos, etc.

Quando o eu individual conseguir livrar-se de toda essa agitação, acontecerá uma união perfeita com com o Eu superior e foi justamente isso que Jesus quis nos revelar quando disse: “Eu e o Pai somos um”. Jesus é o retrato de alguém que venceu o ego (nas escrituras representado pelo demônio) e uniu-se ao Eu Superior.

Para unir-se ao Pai o homem precisa livrar-se do ego, portanto, o nosso trabalho consiste única e exclusivamente dissolver aquilo que provoca agitação em nossa mente. Se a raiz do ego é a ignorância, o homem só poderá libertar-se dele através do conhecimento da Verdade. Para isso, será preciso interessar-se por si mesmo, enfrentar condicionamentos, rever conceitos e uma infinidade de crenças que nos aprisionam nessa condição, só assim essa união será possível.

Tenho ouvido discursos, especialmente dentro da corrente de pensamento neo advaita, que nem mesmo o eu individual é real, pode ser, mas será que existe algum exemplo de ser humano que viva apenas no absoluto, em contemplação? Será que é possível, de fato, livrar-se completamente da individualidade (eu inferior) e viver imerso no êxtase? Parece que não, nem mesmo os grandes iluminados conseguiram esse feito. Jesus, como grande exemplo, não deixou de viver a vida do corpo, pois tinha uma missão a cumprir, precisava ser áspero e duro quando necessário, pois, como disse Augusto dos Anjos: para viver em um mundo de feras o homem tem a necessidade de também ser fera, no entanto, a sua conexão com o Pai era clara e ele mesmo dizia: "Eu estou no Pai e o Pai está em mim". 

O que existe, e eu mesmo já passei por essa experiência, são estados transitórios de Graça, mas o retorno à individualidade faz parte de um determinismo universal. Você tem um objetivo na realidade corpo-mente, não veio aqui a esmo, qual seria a sua utilidade se você permanecesse imerso no êxtase? Enquanto você estiver sendo conduzido por condicionamentos eles irão mantê-lo na prisão da própria mente, portanto, o objetivo da experiência no corpo é justamente romper os grilhões que  prendem a ele.

Muitos não conseguem andar e já querem correr, essa é a realidade. Devemos subir um degrau de cada vez e a primeira tarefa será sempre diminuir a agitação mental. É preciso ser honesto e bastante humilde, pois compreender não significa apreender. Infelizmente, o que vejo nesse cenário atual é um misto de desonestidade e bravata quando se trata de falar de si mesmo.

Ramakrishna explica que a mente é um macaco bêbado, pegando fogo e que foi picado por um escorpião venenoso, portanto, antes de nos livrarmos do macaco será necessário apagar o fogo, depois retirar o álcool e o veneno. Antes de nos livrarmos do eu, é preciso destruir o ego, pois o eu naturalmente se unirá ao Absoluto em nós. Esse eu individual representa o macaco que será removido através da união cósmica com o Eu Superior Universal.
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Conteúdo desenvolvido por: Paulo Tavares de Souza   
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