Explicando Deus - parte 1

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Autor Julio Lótus

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 4/3/2008 3:57:46 AM


Não me foi possível esquecer o sonho, pesadelo ou sei lá o que foi. Ainda lembro-me de cada mínimo detalhe que senti ter vivido ou presenciado, quadro a quadro, pois todas as cenas foram criteriosamente tatuadas em minha memória.

Estava com muito medo de adormecer e permaneci assim por alguns dias, sendo que eu dormia, mas acordava sonhando que estava sonhando. Mas também eu estava muito preocupado em saber como estava a tal menina que visitei junto com meu parceiro no hospital e, em alguns determinados momentos, essa preocupação, se sobressaía em relação ao medo. Foi exatamente num momento em que pensava na menina e em como ela estaria que adormeci, exausto. Lembro-me de ter sentado na cama e quando faria o movimento de jogar o corpo para frente para levantar, percebi entrando em meu quarto, aquela imagem doce e meiga da menina a quem eu visitara no hospital, acompanhada de meu parceiro.

Sua aparência estava muito melhor, seus olhos brilhavam mais e não possuía mais aquela forte expressão de sofrimento, mas ela continuava um pouco abatida.

Pensei em perguntar-lhe alguma coisa, mas minha voz não saiu, no entanto, ela aproximou-se e como que segurando em minha mão, pareceu-me responder a cada uma das minhas perguntas que jamais foram feitas. Disse-me ter quatorze anos, chamar-se Tereza e ter sido acometida por uma doença chamada de Tuberculose. Falou que tossia muito por causa da doença e que cuspia placas negras de algo que não sabia bem o que seria, mas junto a essas placas, havia sempre um pouco do que parecia ser sangue e que doía muito o seu peito, como se estivesse sendo despedaçado por dentro, fez o gesto de respirar profundamente e engolir em seco, mas não disse mais nada.

Antes que ouvisse mais algum som, voltei meus olhos para meu parceiro e percebi (instintivamente) que ele falaria algo. Dito e feito. Novamente sem abrir a boca, como a Tereza fez, ele passou a falar:

— Tereza, esperou você em seu leito no hospital, pois é comum que visitemos aqueles a quem servimos de canal de cura para saber como estão indo, mas como você relutou em retornar, ela decidiu vir visitá-lo e mostrar-lhe que, embora, ainda se encontre em fase de algum cuidado, já não possui mais a doença e, está apenas debilitada por causa de todo o sofrimento pelo qual passou.

Pensei em fazer-lhe algumas perguntas, mas ele continuou...

— Oportunamente falaremos sobre esses seus medos, mas é importante agora que você saiba que não há o que temer. Olhe-se deitado.

Virei assustado para olhar na direção da cama onde eu estava sentado e me vi deitado. Um profundo arrepio subiu por minha coluna e não consegui contê-lo.

— Vê esse cordão que sai da cabeça de seu corpo que está deitado? É chamado de cordão de prata e ele está ligado à cabeça do seu corpo que está sentado. É assim que vocês sem mantém ligados um ao outro e não há risco de se perderem ou se separarem. Também não existe a possibilidade de qualquer outra coisa externa poder separá-los e não há como subdividi-los, pois vocês são um só, aliás, na verdade vocês são mais do que um, mas isso, falaremos depois, por que o mais importante é que você saiba que não há como ele se separar de você ou mesmo morrer e você não ou vice-e-versa. Tereza precisa voltar e eu partirei com ela, não fique com receio de visitá-la, pois ela precisa de sua visita, seu carinho e sua atenção.

Do jeito que chegaram, partiram e desesperadamente me joguei sobre o meu corpo deitado, mas creio que tenha feito algo de errado, pois acordei um pouco estranho e com o corpo meio dolorido.

Não sabia o que pensar! Tudo me assustava, tudo me impressionava e me amedrontava. Alguma coisa me parecia dizer que eu não deveria temer, mas eu temia.

Na noite seguinte meu parceiro veio me buscar. Não chegou a entrar em minha casa, mas estava pelas imediações. Como sempre não falou absolutamente nada, ou pelo menos, nem abriu a boca, mas me perguntou o que eu gostaria de fazer. Instintivamente, pensei em visitar Tereza e como num passe de mágica eu estava lá, em sua casa e, em seu quarto. Desta feita, ela é quem estava sentada na cama, mas percebi que havia uma outra Tereza, deitada, dormindo.

Perguntei como ela estava e desta vez percebi que embora eu tivesse feito o movimento para mexer meus lábios e fazê-los pronunciar as palavras, mas eles, não se moveram, bastou que eu pensasse para que ela, Tereza, entendesse e iniciasse sua resposta:

— Estou muito bem e sinceramente, parece que nunca estive doente! Não sei exatamente o que vocês fizeram ao meu corpo, mas ele está como novo. Nada dói, não há mais tosse, não sinto mais um peso no peito e não há secreção. Estou realmente ótima e tenho muito a agradecer a vocês dois.

Neste momento, meu companheiro, foi taxativo:

— Não somos dois! Somos um número incontável de transportadores representados aqui, por dois de nós, mas somos apenas os condutores da Energia Curativa do Universo, aquela que realmente cura e que é oriunda do Ser Supremo, criador, propagador e mantenedor do equilíbrio energético de todas as coisas. Ela (a energia) sim, fruto de Seu amor por cada um de nós é que cura. Você pode nos considerar instrumentos da Sua vontade, pois se aqui estamos é por vontade d’Ele.

Tereza perguntou:

— Você está falando de Deus?

— O nome que damos a Ele pouco importa, pois sempre irá significar AMOR, simplesmente AMOR.

Eu estava calado, mas ao mesmo tempo impressionado com aquele diálogo que no fundo, tinha tudo para não ser verdadeiro, já que eu não poderia, em hipótese alguma ser um instrumento de Deus, eu não merecia, seria infinitamente mais fácil eu ser sócio de seu maior rival. Mas continuei a prestar atenção na conversa para ver se poderia acreditar em alguma coisa.

Tereza desejava saber por que adoecera e tornou a perguntar:

— É verdade que ele castiga os pecadores?

Continua ...
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