FACE A FACE COM O MESTRE
Atualizado dia 4/8/2008 11:35:55 AM em Autoconhecimentopor Inês Bastos
Éramos considerados normais, digo, dentro das normas do certo e errado, do fácil e difícil - que não sei exatamente como surgiram - baseadas na visão de alguém ou de algum lugar, época ou crença e ainda hoje, sempre que estamos perto de jovens – em idade ou evolução - podemos vê-los buscando soluções pra sair de problemas terrenos como se fossem realmente muralhas a serem evitadas a todo custo, ali colocadas só pra emperrar a vida, pelos inimigos invisíveis, por pessoas erradas, fora de hora e lugar.
Minha Nossa... Senhora do Acaso!!! Será que “ela” não vê que está nos atrapalhando muito? Como coisas tão ruins podem acontecer a pessoas tão legais? Era perder tempo, dinheiro e muita inspiração com toda uma cantilena perfeitamente dispensável!
Anos correndo no calendário, cada vez mais os bolos de aniversário causando sensação de incêndio iminente. E nós, sempre metidos em alguma... aliás, nele, um problema. E sempre havia culpados e mensageiros. Os avisos eram e ainda são avassaladores e em forma de dores, conflitos, excessos ou faltas físicas e materiais, corríamos para o externo com tratamentos médicos, cirurgias espirituais, rituais xamânicos, palestras transformadoras, confiança nos Pais de Santo, hipnose, promessas e queimação de velas da nossa altura. O resultado, sempre o mesmo stress, irritação, depressão, vontade de sumir e impotência.
Desconhecíamos a Lei da Atração. A incompreensão dos fatos era tão alarmante que logo a família inteira, os amigos, santos, anjos e duendes já estavam a postos pra ajudar. Se é que era possível! A novela dramática seguia sem intervalos! Nessa hora parecia que todos tínhamos a mesma idade... Onde estava aquele Vovô sábio que poderia nos socorrer? Hum, chorando conosco pra piorar mais as coisas ou na praça jogando dominó vestido de ausente total!
Parece que por sorte de principiante, ou por ajuda dos deuses sobre os inocentes, a “coisa” se desmancha bem na horinha em que estamos prontos pra morrer com aquele problema e dele mesmo. Exaustos, surge sempre uma benção que de repente varre todo o mal sofrido da nossa mente num segundo e sentimos a compulsão de comemorar que tudo passou. Se nossos sensores físicos mostram mesmo amareladamente que tudo vai bem por hora, voltamos à vidinha de gado!
Talvez isso comprove que os planetas andam seguindo seu curso sem saber que estamos no caminho pra sacudir nosso mapa astral desse jeito endiabrado, fazendo inferno astral o ano inteiro... O mundo invisível não pára por nós ou talvez nem saiba da nossa existência, afinal se nós também não olhamos com amor e carinho nossos “detalhes”, porque o Universo o fará?
Somos magistrais, somos poeira estrelar - como dizem os cientistas. Somos partículas do Cosmo - este que segue uma jornada fluida em sua natureza sábia. E nós, ainda nos debatendo em busca de alguma iluminação que faça jus a essas estrelas, ainda na nossa inconsciência mascarada. Mas há um tempo pra tudo, não podemos perder isso de vista!
Na matemática os problemas são exercícios para serem resolvidos, porque há solução e a maneira mais fácil é seguir um roteiro específico após a compreensão dele. Porque não pensava nisso antes? Com algumas recuperações ou segundas-épocas e muitos calos a mais, começamos a desconfiar vagarosamente que não somos tão inocentes assim em qualquer processo que nos traga problemas que pareçam insolúveis. Não estudamos o suficiente e agora não vai dar mais prá colar!
Meu pai sempre priorizou meus estudos acima de tudo e nunca fui capaz de entender o sentido do aprendizado, exceto recentemente. A lição era o exercício. O estar lá na escola, presente, atenta, disposta a captar, interagir, solucionar empasses, seguir ao longo das séries, me formar, enfim, estar apta a transcender etapas depois de participar de todas era o grande aprendizado que talvez ele só soubesse inconscientemente ou por uma vivência também forçada.
A própria sabedoria da escola da vida pede que sejamos bons alunos, aplicados e dinâmicos. Não vamos a esta ou aquela escola por acaso. Sempre estaremos no lugar e hora certos, com pessoas e mestres exatos para nossa evolução.
Hoje, com mais lucidez, vejo que é muito mais inteligente buscarmos no aprendizado antecipado de nós mesmos, o autoconhecimento e algum entendimento da nossa unidade com o Todo que nos sustenta e regenera. Dando um passo acima, olhando de uma oitava superior, poderemos ver a figura inteira de nossa existência e compreender melhor os mestres que nos aparecem.
Estamos numa malha de acontecimentos intermináveis, porém seguros. Afinal, somos imortais e os problemas são os próprios mestres, o que também seremos após a solução de cada um dos desafios apresentados. Entendido e gerenciado na paz e confiança o que parecia um problema, mesmo que imenso, se acomoda junto a nós para nossa contemplação e em situação de igualdade de existência e ilusão, nos habilitando a continuar pela vida, nesta ou em outra dimensão.
Enfim, está tudo certo!
Imagem: Internet Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 30
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