Falar menos e errar menos
Atualizado dia 1/6/2020 7:39:26 PM em Autoconhecimentopor Paulo Tavares de Souza
Você, como todo mundo, transita pelo mundo com um acervo de questões mal resolvidas no inconsciente. Tudo aquilo que estiver vivo dentro de você, acredite, só sobrevive em função de uma carga afetiva de ódio, sejo do outro ou de si mesmo. As experiências mal elaboradas, os eventos traumáticos, as frustrações, humilhações, traições, enfim, tudo aquilo que estiver carregado de importância estará sendo alimentado por esse sentimento: o ódio.
O ódio por si mesmo pode ser representado por diversos nomes, como culpa, remorso, arrependimento etc.. O indivíduo comum não percebe que, quando se sente culpado ou arrependido, o sentimento que surge é o de um profundo ódio por si mesmo. Nesse momento, a alma se divide e são criados dois personagens: um algoz e uma vítima, ambos convivendo dentro do mesmo campo psíquico, ou seja, nos tornamos inimigos de nós mesmos e passamos a nos autoflagelar.
Da mesma forma, o ódio pelo outro alimenta desejos insanos de vingança e provoca sentimentos negativos de vários tipos, com isso, criamos uma desconexão com a nossa verdadeira natureza que é pacífica e amorosa; desta forma, um personagem é criado (agora revestido de uma missão) como um herói absolutamente desnecessário.
Nos dois casos é sempre o mesmo combustível emocional: o ódio. É justamente esse elemento que se apresenta como matéria-prima de todos os nossos infortúnios. Odiar o que quer que seja é uma estupidez que está em perfeita compatibilidade com a nossa ignorância. A falta de entendimento dessa dinâmica, tão básica, tão propalada, causa toda miséria humana na Terra.
O ódio é o pior conselheiro, ele nos induz à guerra, ensina como devemos nos armar, nos coloca em campos de batalha e transforma o outro em um inimigo.
Movidos pelo ódio, todos os desejos que surgem são nefastos, pois nos tornamos pessoas duras, agressivas, vingativas, cheios de implicância e terminamos sozinhos e esquecidos.
Ninguém gosta daquele que não consegue conviver em harmonia com as diferenças. Ninguém suporta ficar perto de pessoas que só sabem falar mal das outras, pessoas que destilam veneno através do vício da maledicência, que reclamam o tempo todo, que não conseguem capitular e desapegar-se do passado e que concentram energias de revolta em excesso dentro de si.
Todas as vezes que falar além do necessário, você estará compartilhando conteúdos tóxicos através de suas palavras, mesmo que você não perceba, mesmo que não concorde, você estará transformando os ouvidos alheios em penico.
Observe os seus pensamentos, escute esse diálogo interno acontecendo, não aceite e nem valorize um discurso depreciativo, aprenda a aceitar-se como premissa, deixe de alimentar pensamentos carregados de ódio contra si. Depois que conseguir melhorar esse quadro, faça o mesmo com aqueles com quem você estiver nutrindo qualquer animosidade, aprenda a perdoar e tirar completamente a importância que as experiências negativas deixaram.
Isso é faxina, uma vez limpo, toda aquela insegurança que o transformou em um pessoa excessivamente falante irá desaparecer e você tornar-se-á íntimo daquilo que existe de mais maravilhoso no Universo: o silêncio.
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