Falta de preparo gera doenças.
Autor Paulo Salvio Antolini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 10/14/2013 6:54:42 AM
É tamanha rapidez com que o mundo está evoluindo, que nós, “pobres mortais”, com as dificuldades para nos transformarmos, estamos cada vez mais fragilizados frente ao que se apresenta em nossas vidas.
Não há radicalismo, mas é muito grande a fatia da população que na correria da evolução, está se entregando a vivenciar etapas em suas vidas para as quais ainda não estão preparadas.
Acham que exagero? Então olhem o numero de mães que se apavoram quando o filho manifesta uma tosse, apresenta uma febre “do nada(?)”, ou mesmo o numero de filhos que, com família constituída, continuam a viver às expensas dos pais, às custas dos pais.
Os pais, tentando inverter as situações que viveram com os seus próprios pais, hoje estão à mercê da vontade dos filhos, tornando-se permissivos onde deveriam estar sendo enérgicos e mostrando limites, propiciando o tempo cronológico para que cada coisa ocorra no momento adequado.
Quantos filhos vocês conhecem que, morando com as esposas, que deveriamos dizer namoradinhas, pois são verdadeiras “crianças”, embora já façam coisas de adultos, como terem filhos, cujos pais deles passam semanalmente para deixarem as compras de supermercados? As novas mães saem com os filhos para deixarem as roupas na casa das avós, para serem lavadas e passadas?
A pressa em “crescer” esta levando a um retardo do amadurecimento e então encontramos adultos com mais de trinta ou mesmo já na casa dos quarenta anos que estão vivendo verdadeiros martírios, pois o peso que estão carregando é para eles insuportável. Responsabilidades antes corriqueiras hoje são “monstruosas”. Responsabilidades como ter que fazer comida, pois por mais que se compre pronta, há momentos em que isso não é possível; ficam sem comer e pior, as crianças também. Ir a um banco, pagar uma conta, mas não podem sair, pois tiveram uma crise de “transtorno do pânico”. Mas momentos depois, a crise já não existe e foram a um shopping passear e fazer compras.
Hoje estamos tendo muitas pessoas que só se permitem fazer o que querem, sem se disporem a fazer o que precisam. Mas prestem a atenção ao fato: Não são assim porque querem, mas porque não conseguem, não estão preparadas. Ao não se sentirem aptas, negam-se veementemente a possibilidade de aprenderem, de irem, mesmo que com dificuldades e então, como precisam justificar a si mesmas que não conseguem, adoecem. A doença vem como reação do ser a uma conduta de criança mimada, que “por birra” é como se jogasse ao chão, “esperneando” porque não conseguiu o que queria.
Muitas das doenças hoje instaladas, mais do que doenças, são sintomas em pessoas “doentes”, ou seja, despreparadas para enfrentarem as situações de vida. “Doentes” porque realmente sentem tudo o que dizem, mas cuja origem não esta no mal que se queixam e sim no não admitirem que precisam “crescer”. É impossível corresponder às situações sem terem a maturidade para isso.
As terapias hoje têm grande parte de seu tempo ocupadas em dar informações aos clientes, informações essas que antigamente eram de conhecimento comum. E aqui estamos falando até do óbvio. “Óbvio” este que não é sabido, pois o processo de desenvolvimento pessoal pulou partes.
Já dissemos que o “obvio só o é depois de percebido, de dito”. Então é preciso que estas pessoas recebam informações. É preciso que elas se permitam aprender agora o que deveriam ter aprendido antes dos passos dados e cujas conseqüências agora enfrentam.
Em um mundo onde o desempenho profissional tem sido extremamente cobrado, mas o “culto ao corpo” e a estética tem sido maciçamente pregado como valores que levam ao reconhecimento, se não houver o cuidado de cada um se olhar no real preparo que possuem para as situações que se propõem, inevitavelmente irão “adoecer”.
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