Felicidade e Perfeição
Autor Katia Leoni
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 20/05/2012 23:13:50
Hoje cedo, em uma rede social, alguém postou um comentário mais ou menos assim: "Não viemos à este mudo para sermos perfeitos, mas sim para sermos felizes".
Fiquei então pensando em todos os ensinamentos religiosos e éticos que tenho aprendido. Sempre me ensinaram que estamos em busca do crescimento, da evolução, do aprimoramento espiritual. Toda essa trajetória em busca da perfeição, no meu entendimento, vinha associada a sacrifício, resignação e sofrimento.
Durante a minha adolescencia e o início da idade adulta custava muito entender e aceitar porque tínhamos que nos curvar, por assim dizer, ao sofrimento. Mesmo que aceitasse a idéia de vidas anteriores, de carma, de compromissos anteriores, ainda assim acreditava no direito justo de modificar esse sofrimento.
Com o passar dos anos fui acumulando várias experiencias no decorrer dos meus dias. Amores desfeitos, projetos que deram errado, trabalhos que se foram...
Sou mãe biológica de tres filhos, cada um com características próprias e trajetórias riquíssimas. O universo me presenteou com esses filhos com seu potencial, suas características e eles me oportunizaram um crescimento fantástico.
Essa trajetória de mãe me ensinou a repensar meus posicionamentos, meus valores, minhas convicções, redesenhar minha trajetória. Com meus filhos reconstrui várias vezes a minha história, abrindo mão dos meus desejos, em certos momentos, para reconquistá-los um pouco mais adiante. Mas, os ditos "sacrifícios" pelos filhos, de uns anos prá cá passaram a não doer mais. Ao contrário, comecei a olhar essa condição de estar refletindo melhor sobre a minha trajetória como um acréscimo, um ganho, uma descoberta de mim mesmo.
Foi um ganho maravilhoso no meu relacionamento com meus filhos. Ao passar a entender esse intercambio como um crescimento, um aprendizado, parei de culpá-los pelos seus erros e considerar os incidentes como dificuldade da nossa relação. Diminuiram-se consideravelmente os atritos e o ambiente familiar tornou-se harmonico e passou a manter um fluxo contínuo, de crescimento.
Passei a trazer essa experiencia para os outros setores da minha vida e ao invés de lamentar os eventos adversos que me aconteciam, comecei a buscar a causa para tal acontecimento. Descobri, então, que às vezes uma adversidade funciona como uma trava para que não acontecesse um desastre ainda maior. Tipo um investimento que não pode ser feito ontem, fez co que sobrasse exatamente a importância para ser usada em um imprevisto que deve ser sanado impreterivelmente hoje.
E coisas começaram a se suceder em minha vida, e eu exercitando essa condição de evitar a lamentação e principalmente mais que isso, buscar o entendimento e a compreensão desses fatos.
Sei que estou bem distante de alcançar a perfeição, mas acredito que esse seja um bom caminho. Mais ainda, creio firmemente que aquele que aceita os fatos da sua vida, a sua relação com as pessoas como resposta a uma organização energética, sobre a qual ele próprio tem o poder de interferir, está caminhando na direção da comunhão com o Cosmos _ perfeição.
E porque não dizer que com essa aceitação plena a pessoa não sofre e consequentemente é feliz!
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