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Feminino Ancestral - o Feminino Proibido

Atualizado dia 10/17/2024 11:23:03 PM em Autoconhecimento
por Rafaela Machado


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Depois de passar por intensas e profundas transmutações, trocas de pele, metamorfoses, mergulhos em minhas águas turvas, me tornar intima dos meus ciclos lunares, e me render à temida, por ser desconhecida, face sombria da grande mãe, acabei me tornando Rainha do meu mundo interior, inconsciente, subterrâneo, dos meus abismos... Aprendi a iluminar minha própria temida escuridão.

Por muito tempo, tentei fugir do meu chamado, do meu propósito junto à minha ancestralidade e espiritualidade. Mas, há tempo e em tempo, eu me entreguei ao amor que me trouxe até aqui e falou mais alto que meus medos, anseios, dúvidas e incertezas. E, aqui estou eu, ou melhor, estamos nós, desatando os nós, soltando os fardos, prontas para o que viemos sustentar. Eu falo nós, porque esse sagrado ofício é um serviço de muitas.... de todas as mulheres, ancestrais de todos os tempos, que vieram antes de mim abrindo os caminhos, firmando e fortalecendo o campo, o rezo, para eu poder ser quem sou e estou!
Eu sou composta por Maria Madalena, Padilha, Lilith, Héstia, Perséfone, Hécate, Inanna, Isthar, Kali e tantas outras faces ocultas da Grande Mãe, o Feminino Proibido. Que pulsa vivo dentro de nós e que tanto reprimimos. Afinal, já nascemos dentro de um campo energético, chamado inconsciente coletivo, mais vivo e latente do que podemos imaginar, que nos diz e nos faz sentir culpadas, pecadoras, julgadas e condenadas. 
 
Vou compartilhar algo muito pessoal, mas que vai dar uma grande noção de como funciona o campo na prática. Tive uma experiência extremamente dolorosa, porém libertadora, quando me tornei Alinhadora Energética. Durante o curso montamos um grupo e o grupo fazia a leitura dos campos energéticos individualmente. Na minha vez, o campo trouxe uma memória muito viva, eu chorava muito e os alinhadores também sentiram a energia e se emocionaram bastante. Eu trouxe, ou melhor meu campo trouxe uma memória da inquisição, onde eu estava sendo perseguida. E, essa é uma memória que ainda vive no meu inconsciente e no inconsciente coletivo, que é compartilhado por todos nós. E, estava pronta para ser limpa, justamente naquele grupo, porque partilhávamos em algum nível essa memória. Como se o cheiro das cinzas da fogueira ainda estivessem nos relembrando do que não podemos esquecer.
 
Em nossa sociedade, o único feminino permitido e cultuado é o feminino que serve ao Patriarcado, e às estruturas de poder, dominação e controle. Sobre nossos direitos, sobre nossos corpos, sobre nossas escolhas, de forma muito sutil, fazendo parecer que não. Deixando claro, que quando falo de Patriarcado, não falo sobre homens ou gêneros, mas sim, sobre um sistema, uma base, uma estrutura tão intrínseca em nossa cultura, que não temos muitas vezes consciência que estamos normalizando, alimentando e reproduzindo.
 
Vou dar um exemplo muito enraizado e mal interpretado, com segundas e terceiras intenções e que muitas pessoas ainda tomam como verdade absoluta nos dias de hoje. Desde sempre, tentaram manipular, diminuir, difamar e fragmentar o feminino, a única maneira de tirar o seu poder e fazê-lo desacreditar de si. Maria é a Santa, que engravidou do anjo e Maria Madalena é a prostituta. 
 
Assim como, Lilith é conhecida como a serpente, o diabo que tentou Eva e a fez comer a maçã. Essa é a história que o Patriarcado queria que acreditássemos. A maçã nunca foi o pecado, e sim o conhecimento de si mesma, a verdadeira sabedoria.
 
Vale ressaltar sempre, o Patriarcado fez e faz mal às mulheres, homens, crianças e ao Planeta.
 
Precisamos equilibrar a energia feminina e masculina consciente dentro de nós, conhecidas como yin e yang, lua e sol, ser e fazer, contração e expansão, dentro e fora. Esse casamento alquímico sagrado interior, que representa a união e unificação dessas forças que nos compõe. Para que possamos criar essa nova realidade em nossa sociedade.
 
Nós mulheres precisamos acolher o masculino sagrado dentro de nós, a energia masculina em nossas vidas. E, os homens, acolherem a energia feminina sagrada dentro deles e em suas vidas. Esse é o caminho para cura. É um convite ao equilíbrio.
 
Lembrando que toda cura fora vem da cura de dentro.
 
A Terra, nossa grande Mãe, esse grande útero que nos sustenta e dá vida, precisa da energia feminina mais do que nunca. Homens e mulheres comprometidos com seu autoconhecimento e autocuidado, mas, mais do que isso, dispostos a fazer as mudanças necessárias em si. A nova era é aqui e agora. Precisamos escolher fazer diferente.
 
Desejo a nós muito Amor, Consciência, Guiança e Reconexão.
 
Nós somos as próximas Ancestrais!
 
Texto Revisado

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Conteúdo desenvolvido por: Rafaela Machado   
Sou Mãe, Pedagoga, Terapeuta Integrativa, Alinhadora Energética, Filha da Terra, Guardiã do Ventre, Facilitadora de Círculos Femininos, Benzedeira. Atendimentos (21) 98352-7229 - [email protected]
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