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Filhos Rebeldes e a TVP

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Autor Alexandre Rodrigues Vieira

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 10/29/2008 8:42:57 PM




Renomados profissionais dos campos da educação e da psicologia vêm ajudando os pais a criarem melhor seus filhos, principalmente quando estes apresentam certos distúrbios de comportamento ou outras dificuldades que freqüentemente tornam o convívio familiar uma verdadeira via-crucis. É muito comum receber no consultório pais desesperados, culpados ou sentindo-se impotentes frente aos inúmeros problemas apresentados pelos seus filhos.
De fato, não é fácil dar conta de certas questões complexas para as quais não fomos preparados ou que esbarram em dificuldades pessoais que ainda não superamos, pior ainda, que muitas vezes nem temos consciência. O estudo de caso de uma cliente (o nome é fictício) poderá ser útil para outras mães e pais em situação semelhante.
Flávia é uma mulher de 43 anos, separada do marido, e que trabalha várias horas por dia como empresária, restando-lhe pouquíssimo tempo para cuidar dos seus outros interesses pessoais. Sua principal queixa, quando me procurou para o trabalho terapêutico, era a sua enorme dificuldade de se relacionar com a filha adolescente. Não suportava chegar cansada em casa, após um dia estafante, e ainda ter que lidar com o temperamento difícil e rebelde da jovem. A situação chegou à beira do caos e as discussões podiam ser ouvidas por toda a vizinhança. No consultório, Flávia afirmou por várias vezes o desejo de sumir ou de morrer para não ter mais que lidar com os estresses quase que diários do relacionamento das duas.
Nas suas regressões vimos que em várias vivências seus personagens foram bastante negligentes com suas proles. Mas, uma dessas vivências nos chamou a atenção de forma especial. Nela, a cliente se viu como uma mulher simples e sofrida, que trabalhava sem descanso para cuidar dos afazeres domésticos, além de ter que sustentar os três filhos, dois meninos e uma menina. O marido era mascate e vivia de cidade em cidade vendendo os artesanatos que a mulher produzia. Ele pouco aparecia em casa e não ajudava na criação dos filhos, nem nas outras necessidades domésticas. Estava sempre alegre, enquanto a esposa, com o passar do tempo, ia se desgastando cada vez mais. Os filhos foram crescendo soltos, sem orientação ou limites, pois as prioridades dos pais estavam voltadas para outras direções. Acabaram se envolvendo com gangues de arruaceiros e criavam os mais variados problemas. A mãe, ao descobrir a gravidade da situação, tentou retomar o controle dos filhos, mas já era tarde. Os vários anos de falta de cuidados mais próximos já não podiam mais ser recuperados. Até que a filha, após inúmeros abusos sexuais, inclusive dos próprios irmãos, acabou engravidando sem que se pudesse saber quem seria o pai da criança.
Cansada da vida que levava e sentindo-se sem forças para suportar mais esse “golpe da vida”, a mãe toma uma decisão drástica: caminha até um arvoredo próximo a sua casa, carregando consigo uma corda, e ali mesmo se enforca, achando que assim estaria terminando seu sofrimento.
Ao reconhecer aquela filha da vivência como sendo sua filha também nessa vida, Flávia pôde perceber que a dificuldade de relacionamento entre elas é bem mais antiga do que imaginava. A menina, assim como os outros dois filhos, foram abandonados duas vezes pelos pais: uma em vida, ao negligenciarem os cuidados paternos, e a outra com o abandono propriamente dito, através do suicídio.
Flávia, então, também pôde entender melhor o seu desejo de sumir e morrer, como se essa fosse a única forma de resolver o problema. Se fizesse isso, estaria repetindo o comportamento da sua personagem, achando que assim estaria se livrando do sofrimento, quando na verdade, só estaria adiando-o mais uma vez.
Perceber a sua situação atual por esse novo ângulo, conforme lhe foi mostrado através das regressões, vem provocando uma importante mudança na forma de se relacionar com a filha, enxergando na rebeldia dela um pedido de atenção e carinho. Já não sente mais aquele desejo de morte, pois entende que tem um importante “papel” a cumprir e que não deve mais ser adiado. Não basta ter gerado uma filha. É fundamental que esteja ao seu lado, não mais enxergando-a como mais um problema a lhe roubar seu pouco tempo disponível, mas como alguém importante que lhe pede para ser amada.
O que podemos concluir através desse exemplo é que o “filho-problema”, normalmente, é aquele que mais nos expõe às nossas próprias dificuldades, “obrigando-nos” a ter que olhar e cuidar dessas mesmas dificuldades para que os impasses sejam minimizados. Não podemos deixar de lado as implicações espirituais visivelmente expostas nas relações de resgate cármico, como é o caso da Flávia e sua filha. Havendo êxito na busca pelo auto-conhecimento e pelas mudanças pessoais necessárias todos os envolvidos saem ganhando.
Por isso, antes de nos desesperamos diante dos problemas aparentemente insanáveis dos nossos filhos, é fundamental entendermos que existe aí uma oportunidade de aprendizado e de evolução espiritual. Afinal, não é para isso que estamos aqui?

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