Fracassos e sucessos na vida
Atualizado dia 7/16/2007 9:13:38 PM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Por outro lado, se levarmos em consideração a população do planeta Terra, a experiência humana tem mostrado no decorrer dos séculos, que a riqueza, a opulência material, vêm sendo privilégio de uma minoria de pessoas.
Diante dessas diferenças sociais extremas, nos questionamos, buscamos respostas que possam esclarecer-nos dúvidas a respeito de que se existe justiça Divina, quais critérios são utilizados por essa Sabedoria, ao estabelecer leis que orientam, entre outras coisas, as condições de pobreza ou de riqueza material entre os homens.
Por que alguns nascem na opulência e outros na miséria? Se é efeito da Providência Divina, perguntamos: "Onde está a sua bondade e o seu senso de justiça?"
Busquemos nas obras de Kardec as respostas para algumas das nossas dúvidas. Em "O Livro dos Espíritos", obtemos informações dos espíritos a respeito da experiência reencarnatória na riqueza ou na pobreza: "Deus a uns concede as riquezas e o poder, e a outros, a miséria, para experimentá-los de formas diferentes. Além disso, essas provas foram escolhidas pelos próprios espíritos que nelas, entretanto, sucumbem com freqüência".
E segue Kardec, através das informações da espiritualidade superior: "Estando o rico sujeito a maiores tentações, também dispõe, por outro lado, de mais meios de fazer o bem. Mas, é justamente o que nem sempre faz. Torna-se egoísta, orgulhoso e insaciável. A alta posição do homem e o ter a autoridade sobre os seus semelhantes, são provas tão grandes e tão escorregadias como a desgraça, porque a riqueza e o poder fazem nascer todas as paixões que nos prendem à matéria e nos afastam da evolução espiritual".
E conclui Kardec: "Deus experimenta o pobre pela resignação e aos males que não lhe seja possível evitar, sem, no entanto, deixar livre para que o mesmo persevere na luta no sentido de procurar meios de vencer as suas dificuldades. E Deus experimenta o rico pelo emprego que dá aos seus bens e ao seu poder".
Na reunião mediúnica da casa espírita, a entidade manifesta-se através da médium de uma forma um tanto questionadora e irônica ao dirigir-se ao coordenador do trabalho: "Ouvindo as suas belas palavras parece que não existe injustiça ou miséria humana. Bondade, amor? Eu tive uma vida de muito sofrimento quando estava aí entre vocês. A família muito pobre, pai alcóolatra, violento, batia em todos nós e a família terminou desestruturada e separada. Nunca mais vi meus irmãos e nem a minha mãe. Morri na miséria. Por isso estou aqui a serviço desse grupo que não acredita em bondade, em amor..."
O dirigente do trabalho tenta resgatar o sentido de grupo através da imagem que representa a equipe de encarnados ali reunida. Uma família cujo objetivo principal é receber, indistintamente, a todos que quiserem fazer uso da palavra, e que somos, independentemente das nossas intenções ao formarmos grupos, individualmente semelhantes uns aos outros. Todos com características humanas, a começar pelos sentimentos.
Ao mesmo tempo que fala, o dirigente convida o espírito a sentir a energia da bondade e do amor fraterno que envolve aquele ambiente, sugerindo à entidade a deixar-se envolver por esse sentimento que um dia no passado, ele experenciara, mas que no momento não lembrava.
Receptivo ao convite e envolvido na energia do amor que em uma vivência anterior experenciara intensamente, quando também fora uma pessoa pobre, o nosso amigo sensibiliza-se com a experiência, vindo a alterar, significativamente, a sua vibração.
Mais harmonizado e com a permissão da equipe espiritual presente ao trabalho, para que ele possa compreender a sua real situação, o irmão é convidado pelo dirigente a acessar a sua penúltima vivência na Terra.
Fora uma vivência de muito luxo e riqueza, sem, no entanto, ter doado aos necessitados da matéria, sequer um vintém do que possuía. Fora um homem egoísta, orgulhoso e vaidoso. Ostentara o poder que possuía com soberba e autoritarismo, sem admitir interferências de subalternos.
Diante das informações que fluem da experiência regressiva, começa a entender o significado da sua última vivência naquela família pobre e desestruturada. E que durante aquela vida somente alimentara sentimentos de ódio e de revolta com a sorte, deixando, por esse motivo, de ter lutado para vencer as dificuldades que se apresentaram pelo caminho.
Na seqüência, envolvido pela energia do amor que tudo renova e transforma, o nosso amigo sente a aproximação daquela que fora a sua pobre mas bondosa mãe no passado, e que estava somente aguardando o esperado momento de vir ao seu encontro. Um reencontro onde os sentimentos afloram intensamente, resgatando-o para a luz da consciência e para o preparo de uma nova oportunidade de retorno às provas da matéria.
"A provação que se nos revela de impacto
assemelha-se a golpe destruidor.
Quando isso, por ventura, te aconteça,
é natural que sofras e chores;
Entretanto, não te fixes
em qualquer condição negativa.
Prossegue nas tarefas
que a Sabedoria da vida te confiou.
Recorda: quando uma bomba explode
numa longa vereda talhada na pedra,
quase sempre surgem janelas abertas
nas paredes da rocha, pelas quais é possível
descortinar amplos caminhos
que mais facilmente trilharemos
em busca de paz e elevação".
*Emmanuel, "Seguindo adiante"
Psicanalista Clínico e Interdimensional
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Texto revisado por: Cris
Avaliação: 5 | Votos: 8
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |