Fúria e Paz no Mundo Interno
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Autor M. Nilsa Alarcon e J. C. Alarcon
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 10/1/2004 11:01:52 PM
Temos um amigo. O nome dele é Shai. Ele não é de falar muito. Em geral, ele diz uma frase – “A paz individual é a solução do conjunto” – E, em seguida, acrescenta – “Agora, faça meditação... Posteriormente, realize o estado de paz internamente”.
Parece fácil. Procuramos o esvaziamento. Nem sempre conseguimos. Algumas vezes, sim. O nosso Observador Interno, diante do macaquinho saltitante, (as memórias e os pensamentos aleatórios), brada: aquieta-te!
Encostamos a testa quente na parede fria do parapeito da janela. Fechamos os olhos para a nave escura das pálpebras cerradas. Um instante de paz. Depois, abrimos os olhos para a montanha que se ergue diante do retângulo da janela. Olhamos também para os cabos elétricos, estendidos de poste a poste. Vemos o céu do ocaso.
A noite começa a descer. Levamos a mão direita aos olhos e num sussurro, nossos lábios proferem a bênção:
“Bendito sejas tu, Poder Infinito Criador, que nos deu origem como portadores da tua luz, e às Consistências Benignas, que provêem as nossas necessidades. Foi-se mais um dia e o manto da noite nos cobre com a tua luz. Por isso, graças te damos. Pela cura, graças te damos porque o teu fogo nos purifica. Pelo aprendizado, graças te damos porque o teu ensinamento nos ilumina. Pelo amor, graças te damos porque somente assim nós somos a tua luz no mundo. A ti nos entregamos e confiamos o nosso novo alvorecer... E por tudo, graças te damos”.
Hora da meditação...
O telefone toca. Alguém chama. Os cachorros latem. O carro de som passa cantando propagandas no último volume.
Um sorriso maroto do ego sabotador segreda: – Por que você não abre a janela e não dá um berro? Grite – Cães! Silenciai! Eis o carro certo para explodir!
Alguém se aproxima e diz – Ih! Desculpe. Esqueci que era hora da reza, mas já que interrompi, “graças te dou” – E se retira sorrindo, denunciando – “Eu já conheço o seu script”.
Outro sorriso, não mais um maroto sorriso, desenha-se novamente. Não, nada disto conseguiu de fato nos tirar do propósito: estado inofensivo para buscar o amoroso e íntimo relacionamento com Deus – a Paz.
Mas, nem só de momentos de busca à paz interior vive o moderno espiritualista. Há um momento em que a fraqueza virá temperar a nossa força. E nesse momento, a nossa fraqueza grita:
- Quem está falando aqui é o ego, portador das três doenças: egoísmo, egocentrismo e egolatria. Se você insistir, quem vai lhe falar é a sombra. E se me pressionar, você verá o meu lado capeta, não o meu lado mestre.
Quanto maior a luz, maior a sombra? Bobagem de quem não sabe o que diz. Quanto maior a luz, maior a luz. E quanto maior a sombra, maior a sombra. Nós falamos um monte de bobagens.
Voltemos à meditação. O som se foi. Os cães silenciaram. Agora, o discurso interno deve silenciar o seu lado furioso ou incendiário. Tudo foi rápido e, na verdade, não passou de um cisco beliscando a imensidão do lago.
Um cisco é qualquer torvelinho que se apresente no momento de busca ao amoroso e íntimo relacionamento com o EU REAL... Qualquer memória desagradável ou turbulenta de eventos passados - um cisco. Apenas um cisco pode agir como a faísca incendiando o paiol de trigo.
Enfim, o silêncio, a paz... Os minutos se escoam. Perde-se a noção do tempo. E quando retornamos, a noite é completamente escura. Fez-se a noite. Chegou a hora de conversar com Deus:
- Boa noite, Senhor, bendito seja. O Senhor viu tudo que tem acontecido e não precisamos falar sobre os eventos passados ou expectativas do futuro. Agora, nesse momento, estamos refletindo sobre algo que trouxemos da meditação e está aqui diante de nós: a fúria e a paz no mundo interno. Temos as duas coisas, Senhor. Graças, porque na meditação de hoje descobrimos o que tem o poder de atrair a fúria do nosso mundo interno: quando a atitude quer promover o céu com discurso infiel e sentimento de fel.
- Ah, Senhor, isto pode ser o estopim que detona a nossa força e mostra toda a nossa fraqueza.
Refletimos: a paz interior é quando existe harmonia entre agir, falar e sentir. Firmamos a nossa memória de todos os dias: o Senhor é o dono da nossa vida, dono absoluto da empresa, parceiro inseparável e amigo fiel que nos empresta tudo que temos. É nosso mestre e nos ensina tudo que precisamos.
Agora, estamos em sua sala de aula para aprender sobre céu, infiel e fel. Céu é o que conseguimos com a sua direção de paz e harmonia. Infiel e fel são as duas coisas que conseguimos para aprender o seu caminho. Então, como diz Shai, tudo é bom para aprender. Bendito seja o infiel. Bendito seja o fel. Obrigado por tudo, Senhor.
M. Nilsa Alarcon,
escritora das obras “O PADRÃO HUMI” é co-fundadora da Academia HUMI de Autoconhecimento. Escreveu mais de cinqüenta obras em parceria com J. C. Alarcon e vem modelando a “Holonomia – Filosofia e Ciência da Totalidade” – uma nova abordagem comportamental que insere a espiritualidade como um instinto básico do ser humano, aflorado nos indivíduos que buscam uma expressão religiosa e adormecido naqueles que se dizem céticos ou ateus. E-mail: [email protected]
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