Geobiologia – O que é e a que veio (parte 2)
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Autor Aline Mendes
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 18/03/2007 15:05:11
(continuação - veja a Primeira Parte)
Tudo bastante interessante, mas na realidade não havia nada de novo em todo este frenesi que se deu na primeira metade do século passado. As correntes telúricas e suas linhas de força eram conhecimento comum dos druidas da antiguidade e mesmo dos radiestesistas e zahorís daquela época, o conhecimento das formas foi mais do que utilizado pelos Mestres de Obra da idade média, do período Gótico e Românico de construções. A escolha do melhor lugar para se viver ou descansar era uma técnica bastante apurada dos antigos romanos, que elegiam o local de suas cidades após um ano de observação do estado de saúde dos animais que ali pastavam, e também povos nômades esperavam seus animais buscarem um local de descanso adequado para então erigir suas tendas e gozar de um relaxamento repousante em preparação para as duras caminhadas do dia seguinte. Os chineses com toda sua sofisticação e observação criteriosa da natureza durante milênios desenvolveram uma arte refinada de equilibrar as energias do lar, conhecida como Feng Shui. Os indianos possuem também sua maneira de otimizar os fluxos ambientais através do Vaastu Shastra. Tudo o que aconteceu é que após o Renascimento, o Iluminismo trouxe um obscurecimento das percepções humanas. Sensações, bem estar, harmonia, energia, todos estes viraram conceitos muito vagos para uma sociedade racional que necessitava tocar e medir tudo para que se considerasse como existente. As coisas passaram a ser dissecadas e vistas fora de seu contexto, como itens isolados, numa visão de que o mundo é composto de partes separadas colocadas em conjunto por um acaso inexplicável, indo contra a própria base da existência da vida, que não pode acontecer sem uma conjunção de inúmeros fatores. A interação entre as pessoas e seu meio ambiente deixou de ser valorizada e os reflexos desta ruptura podem ser vistos nos dias de hoje tanto na comunidade científica, que não consegue integrar seus conhecimentos, quanto na sociedade, onde a cada dia crescem mais os estados psicóticos, depressivos, suicidas e outras deturpações, pelo imenso abismo existente entre o mundo externo e o íntimo das pessoas.
Em seguida, a Geobiologia, já conhecida como tal, passa a se interessar por outras formas de contaminação da saúde humana, como radiações cósmicas, gases emanados do solo e, como não poderia deixar ser, ela começa a se preocupar com o efeito colateral da explosão tecnológica em que vivemos nos últimos anos e que hoje é seu maior campo de pesquisa, ou seja, determinar quais são os custos, além dos monetários, que estamos pagando com nossa saúde pelo “conforto” advindo dos novos aparelhos e usos da eletricidade e das radiações.
Nenhum geobiólogo que se preze é contra a modernização, ou contra a tecnologia. É inegável o avanço e as benesses de sua utilização, e a própria Geobiologia não existiria como ciência sem que houvesse estas facilidades tão reais e tão apregoadas pela mídia. O que se está em busca, porém, é de um modo em que esta tecnologia não traga danos à saúde da maneira como vêm fazendo e que não é veiculado ou informado à população usuária. Espera-se que os pesquisadores e inventores se conscientizem das conseqüências do uso de certas tecnologias, principalmente as que utilizam radiações, sejam elas ionizantes ou não; encontrem soluções engenhosas de lidar com isto e principalmente que não cedam às tentações do imperialismo capitalista que demanda novos produtos a cada segundo sem a espera necessária dos testes de salubridade e segurança. A Geobiologia trabalha, ainda, para que exista uma população informada e atuante no que tange seus direitos como usuário final e receptor de todos os esforços tecnológicos da atualidade; para que haja cada vez mais usuários que respeitem, antes de qualquer desejo ou possibilidade de consumo, a sua saúde e a daqueles que os circundam.
Deste modo a Geobiologia vem como um elo de ligação, unindo e re-unindo o saber antigo, seu modo sereno e simples de viver e estar bem, integrando as possibilidades naturais do planeta e adequando-as às condições utopicamente reais e tão maravilhosamente possíveis da nossa era.
Autor: Allan Lopes Pires
Artigo publicado sob autorização expressa do autor.
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Aline Mendes · Terapia de Ambientes | arquitetura · interiores · feng shui · geobiologia | www.alinemendes.com.br E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |