GOTAS DE RAZÃO - Parte 7
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Autor Helenilton Luiz C. de Sales (Lé de Sales)
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 6/19/2006 9:13:13 AM
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO NO EXECUTIVO
È sabido no final do último pleito mais 80% dos municípios Mineiros, não tiveram suas prestações de conta aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado. O que se pode perceber nas gestões, são administrações de cunho populistas e inoperantes, as cidades, são deixadas a Deus dará, se restringindo o atendimento social precário nas áreas de saúde Pública. O que se reflete com total fidelidade nas administrações estadual e federal.
Os homens públicos que deveriam estar em contato direto com a comunidade na busca de soluções às necessidades prementes de seu povo, lamentavelmente não estão. Como num passe de mágica desaparecem em suas administrações, não legando ao povo a oportunidade de partilhar seus anseios.
O que se apresentam como sérios indicadores de suas ruins administrações, são inegavelmente a grande quantia em dinheiro que é disponibilizada, em contrapartida nenhuma realização que justifique tais gastos. O que faz crer, não se tratar apenas de uma ingerência administrativa. Mas remete-nos a entender como enriquecimentos ilícitos a partir do dinheiro público. Emissão de notas frias, o termo utilizado para tal prática é “calçar notas”, licitações previamente acordadas a partir de subornos, concursos públicos fraudulentos, desvios de verbas, superfaturamento em obras públicas, essas são algumas práticas rotineiras na administração Pública, que denigre a lisura dessas gestões, lançando-as à condição de ilegalidade administrativa.
Não obstante os abusos cometidos por Prefeitos, Governadores e Presidentes, o resultado dessas práticas ressume-se em total impunidade dos autores, tanto no âmbito administrativo, quanto penal. Esses larápios subtraem verdadeiras fortunas dos cofres públicos, e as incorporam ao patrimônio de parentes e amigos confiáveis. Quando não as envia para paraísos fiscais no exterior. Sempre posando de moçinho, abusa da boa fé do povo que o imbuiu do poder Público, para enriquecer e cometer outros tantos abusos.
A acenar para a população com dissimulado sorriso e com ações populistas, que compram a opinião da massa e garante a perpetuação do poder.
Transformam suas gestões em verdadeiros cabides de emprego, beneficiando seus eleitores e expurgando os adversários políticos, numa explícita prática de politicagem.
Denotando o caráter pessoal que assumem tais administrações a tratar a “rés” pública como se particular fosse. Extensão do poder de coronelismo, prática do passado, ainda presente no seio social, assumindo agora ares de sofisticação frente a total alienação a que estão sujeitos os cidadãos.
Administram a coisa pública como se cuidasse de uma grande fazenda, onde seus anseios sobrepõem os princípios da administração pública, legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade, eficiência, num evidente desgoverno.
O desvio de verbas é outra prática rotineira neste contexto, o dinheiro destinado a uma secretária é com frequência desviado para outro fim que atenda os interesses do administrador. Esse é o corolário de ingerências no qual se encontra envolto o executivo Brasileiro.
Cômico se fosse trágico! Aquele escolhido para administrar a coisa pública se corrompe vergonhosamente, a ponto de fazer-se crer que o povo tem o governante que merece, o que evidentemente é uma falácia desmedida. Só acentua o caráter sem escrúpulos desses aproveitadores. Que as custas o despreparo para escolher bem seus representantes acabam a elegê-los e confiá-los os destinos de suas vidas, sem saber os mesmos que estão entregando os ovos ao gambás.
MERCENÁRIOS DA EMOÇÃO
Em um país onde poucos artistas conseguem alcançar o estrelado, aqueles que lá chegam, estão na maioria vinculados a contatos de exclusividade, e sem qualquer opção quanto a escolher o trabalho a executar. Sem possibilidades de nortear sua profissão a partir de convicções ideológicas ou ideais, se vê obrigado a se transformar em mercenários da emoção. Pois aquilo que lhe foi atribuído por Deus, o dom da arte, se transforma em apenas uma força de trabalho a serviço de Diretores comprometidos com o sistema.
E aquilo que seria o ápice de sua vida, a representação artística, resume-se a um amontoado de mensagens subliminares a corroer o cérebro da população. Aquilo que deveria ser o substrato da liberdade em seu significado maior, apresenta-se como o controle remoto de milhares de Seres humanos, a cercear sua capacidade de compreensão e limitando sua capacidade de ação. Transformam-se em verdadeiros animais a serem conduzidos pelas estradas dos séculos. Monitorados de perto pela classe dominante e o Estado, estão distantes de uma boa sorte em suas vidas. Pois apenas são utilizados na exploração de sua força de trabalho e na obrigatoriedade de seu voto que legitima sua escravidão.
Não perdem com certeza sua gênese artística, tão pouco deixa de lado sua essência humana, todavia o que é questionável não é o trabalho em si, mas os fins a que esse é destinado. Assim como sabemos da proximidade da classe artística com o poder nos tempos modernos, não podemos admiti-la como parte da exploração, pois a arte existe e se faz viva, sem qualquer intervenção do capital, assim como os artistas deveriam se manter a distância de qualquer trabalho que tivesse como consecução a alienação de seu povo. Já que sua função maior é libertar e não aprisionar ainda mais.
Quando até os artistas, representantes legítimos de seu povo, se vendem e se deixam usar pela máquina que domina! Surge uma grande dúvida quanto a sobrevivência desse povo, assim quando não mais precisarem daquelas pessoas serão lançados aos leões. E não tenham dúvida disso! Pois como entender um ser humano que nasceu em uma família comum, escolhe a arte, ou é escolhido por ela e depois se deixa usar na massificação e alienação de sua gente?
Que tenham esses seres humanos ao menos a dignidade de admitir que para se ver livre da escravidão, tiveram que se vender escravizando outros tantos seus irmãos, que não tiveram a oportunidade de treinar sua emoção e seu caráter, para enganar.
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