Guru Kabir Das
Atualizado dia 10/1/2008 11:34:42 AM em Autoconhecimentopor Marcos Spagnuolo Souza
Kabir, como seu pai adotivo, exerceu o ofício de tecelão. Ele não sabia ler e escrever. Não renunciou às atividades mundanas nem foi celibatário. Casou e teve dois filhos. A tradição atribui à sua esposa o nome de Loi.
Foi um dos grandes poetas místicos ou santos-poetas da Índia medieval, tendo composto poemas que evidenciam a fusão entre o movimento de bhakti hindu e o sufismo muçulmano.
Não aceitava qualquer tipo de designação ou filiação religiosa e sua filosofia e ideais de relacionamento amoroso com Deus eram expressos de maneira metafórica. Era reverenciado como santo por hindus, muçulmanos e sikhs. Combateu o fanatismo religioso e proclamou a unidade profunda de todas as religiões. Dizia que a única necessidade do ser humano é encontrar-se com Deus. O único caminho natural é a unicidade com Deus. Seus poemas são ainda hoje recitados em salas de aula e cantados alegremente por milhões de seguidores.
Expunha seus princípios religiosos de forma bastante simples, onde a vida nada mais é do que uma inter-relação entre Deus (paramatma) e a alma individual (jivatma), visando a união e harmonia. Ensinava sobre o Absoluto, reencarnação, as leis do Karma, o ascetismo e misticismo. Influenciou não somente os hindus e muçulmanos da sua época, como também enormemente os sikhs (iogues perfeitos).
Ele rejeitava tanto os Vedas quanto o Corão e advogava a simplicidade do caminho sahaja (o caminho natural ou o caminho “da sua própria maneira”) onde a alma individual acaba se unindo ao Absoluto. Seu ensinamento pode ser resumido com sua expressão mais famosa: “Koi bole Ram Ram Koi Khudai”, “quer alguém cante Rama (nome hindu de Deus) ou Khuda (nome árabe de Deus) o objetivo é sempre o mesmo, pois Deus é um só”. Comunicava ao mundo a força libertadora que transcende os dogmas, as regras e os ritos. Dizia que Deus não está no templo indiano e nem na mesquita, não está nos ritos e nas cerimônias, não está na Yoga e nem na renúncia. O verdadeiro sábio vê Deus fora do tempo e do espaço. Quando você realmente olhar para Deus, você O verá instantaneamente, você O encontra. Deus disse: “Quando você realmente olhar para mim, você me verá instantaneamente, você vai me encontrar".
Quando Kabir abandonou o corpo os hindus e muçulmanos brigaram por seus restos mortais; os hindus desejando cremá-los conforme sua tradição e os muçulmanos querendo enterrá-lo, seguindo seus costumes. Quando abriram o caixão para disputar o corpo, lá encontraram apenas suas flores favoritas. O corpo do santo havia desaparecido e nunca, jamais foi encontrado.
Kabir Das voltou novamente a utilizar um corpo material e recebeu o nome de Shird Sai Baba; nasceu em 7 de Setembro de 1835 deixando o corpo no dia 15 de Outubro de 1918. Shird Sai Baba retorna novamente ao planeta Terra para utilizar o corpo material em 1926 com o nome de Sathyanarayana que mais tarde recebe o nome de Satya Sai Baba.
Texto revisado por Cris
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