História do Carma
Autor Paulo Valzacchi
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 2/19/2006 3:05:24 PM
Conta-se que um homem, ao chegar à Terra, observou que todos os que chegavam pegavam uma cruz e começavam a andar, cada qual pelo seu caminho. Aquele homem olhou o tamanho de sua cruz e a primeira coisa que fez, foi reclamar:
- Puxa, mas que cruz grande!
E saiu baforando e xingando. Passaram-se alguns metros e logo aquela cruz o estava incomodando. Parou, olhou de um lado, do outro, e teve uma idéia: pegou um serrote e cortou um pedaço da cruz. Ela, então, se tornou um fardo mais leve. E saiu caminhando normalmente.
Passaram-se mais alguns metros e lá estava o homem, mais uma vez reclamando que a cruz era pesada demais para ele. Novamente olhou de um lado e do outro e cortou mais um pedaço da cruz, aliviando outra vez o fardo. E assim foi, até que a cruz ficou muito pequena. O interessante é que mesmo assim ele se incomodava com ela.
De repente encontrou uma fila que andava vagarosamente. Quase ao chegar sua vez ele percebeu do que se tratava: a pessoa à sua frente tinha que atravessar um precipício largo. E como fazia isso? A pessoa jogava sua cruz até a outra ponta e passava por cima, normalmente.
Para sua surpresa o tamanho de sua cruz mal dava para o primeiro passo! O homem, terrivelmente arrependido, começou a chorar e a gritar o nome de Deus. Depois de vasta súplica, ouviu-se uma voz vinda do céu:
- Porque tu me chamas?
E o homem disse ao senhor:
- Deus, quero passar para o outro lado, mas não posso; cortei a minha cruz. Ajude-me, oh, senhor!
Deus, em sua infinita bondade, disse ao homem:
- Se queres, realmente, passar o precipício para estar ao meu lado, volte pelo mesmo caminho que vieste e cole cada pedaço da cruz que você cortou, tornando–a grande novamente. E caminhe de novo para cá.
Moral da estória: todos nós passamos por diversas dificuldades na vida; reclamar, agitar-se, brigar com Deus, perder a fé, tentar desprezar as nossas obrigações, tornar-se omisso, querer o caminho mais fácil... essas atitudes não nos aliviam em nossa jornada, mas fazem com que cada criatura fique mais e mais perturbada. E, no final, de qualquer jeito, teremos mais e mais trabalho. Quando encaramos a vida com uma nova perspectiva podemos fazer dela um verdadeiro aprendizado e, assim, estarmos plenamente ao lado do nosso criador.
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Texto revisado por Cris
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