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IDENTIDADE ESPIRITUAL E QUALIDADE ESPIRITUAL

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Autor Christina Nunes

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 8/18/2004 8:53:22 PM


A questão da identidade dos espíritos comunicantes, no sadio exercício da mediunidade, mormente no da psicografia, é dos mais delicados.

Sendo eu mesma dessas que desde a adolescência tem contato estreito com este gênero de ligação com a vida invisível que nos cerca, de própria causa posso discorrer sobre o tema, porque entendo o quanto se faz importante para o médium honesto o certificar-se de minúcias que especifiquem a origem da entidade desencarnada.

No entanto, baseada mesmo na experiência desenvolvida neste campo, aprendi a discernir o método correto de, se não me assegurando de certezas, ao menos munir-me de tranqüilidade no fazer corretamente a diferença que me salvaguardasse de possíveis fraudes e engodos, que todo espírita consciente conhece e reconhece encontrar-se delas à mercê, se não souber desenvolver defesas ao interagir com uma esfera de vida cujos habitantes se acham, em verdade, na situação de subida vantagem, quando a intenção é enganar e fazer cair em descrédito os esforços bem intencionados do Espiritismo saudável e bem conduzido em favor das criaturas encarnadas. Isto porque, não sendo vistos pelos sentidos ordinários, bem podem aparentar, quando querem, lobos em pele de ovelhas, se apresentando com ares de orientadores e consoladores idôneos, e a partir disso, no contato com médiuns despreparados e desprevenidos, disseminarem uma série de absurdos e sandices à conta de auxílio do invisível, aviltando grotescamente, com tal iniciativa, o esforço legítimo dos guias e orientadores espirituais verdadeiros na sua faina de ajudar a humanidade a acertar o passo, na direção do autêntico sentido da vida.

Quanto a esta ordem de dificuldades há o que qualifico como a regra áurea da Codificação espírita no assunto da mediunidade, a ser adotada por todo aquele que, ou destinado por razões cármicas, ou afeiçoado pela doutrina em decorrência de motivos outros, destina-se a engajar-se na delicada tarefa de intercâmbio com a espiritualidade, temporariamente velada aos sentidos mais grosseiros, e por isso mesmo destinada a ser explorada com aqueles recursos mais sutis do nosso campo psíquico e energético, que vão definir, em cada um, com que espécie de trabalho mediúnico haverão de se afinizar. É a regra que ensina ser a qualidade da comunicação espiritual o mais importante parâmetro a ser adotado na hora de se revestir de garantias quanto às intenções de quem transmite as mensagens, de relevância infinitamente maior do que qualquer nome com que se apresentem os espíritos aos participantes de uma reunião.

No seu Livro dos Médiuns, Allan Kardec ressalta que mesmo nos casos em que os guias espirituais lançam mão do nome de qualquer santo ou personalidade conhecida, no intuito de fortalecer a confiança dos respectivos tutelados encarnados na vida física (já que neste gênero de atividades há a persistência de uma obsessão por nomes, que compensem o desconforto de se comunicar com quem não se vê), ainda aí há que ser visto o que se diz, e usar-se de uma imparcialidade crítica absoluta, que faça emergir da mensagem, sem apelação, a intenção última de quem, por meio do médium, se comunica.

Qualquer indício de frivolidade, malícia, contradição, ou enunciado que não vise exclusivamente o bem da vida humana no palco físico, isento portanto da obrigatória e elevada ética cósmica patente em todo contato com as entidades superiores, deve determinar de imediato que se descarte tal comunicado por, no mínimo, inconveniente ao bom andamento da vida daqueles que, ora reencarnados, já contam de si com bastantes dificuldades nos enredos de suas jornadas físicas, para ainda acrescentarem o peso do que de pernicioso a má espiritualidade circundante do orbe possa a vir a incutir.

Alguém há de alegar, a conta disso, onde andariam então, nestas horas, os bons guias espirituais, de vez que permitem a intromissão de tais elementos nas sessões espíritas mais das vezes bem intencionadas. Até aí, Allan Kardec desfaz as dúvidas, ao expor bastante lucidamente que o que determina a atmosfera espiritual presente a cada sessão ou reunião espírita são as condições espirituais dos próprios participantes. Se o cunho destes é a seriedade de intenções, diversas daqueles célebres agrupamentos fúteis onde o que se solicita dos espíritos, como num jogo de buena dicha, é o descobrir-se os números ditosos da loteria, ou o nome do melhor pretendente para a filha mais nova, então, naturalmente, acorrerá a assistência espiritual sadia, em obediência à vigência da lei de atração entre os afins, governante das energias.

Cabe dizer, portanto, sem erro, que a medida da confiabilidade da assembléia espiritual presente está na intenção de cada participante, e mesmo aí, em porventura se apresentando o elemento destoante, servirá este para o exercício de discernimento dos presentes, no treiná-los a distinguir acertadamente, no seu próprio benefício, tanto na convivência física quanto na espiritual, (de vez que são apenas seres humanos, aqui e lá) a boa da má qualidade do que se apresenta ao exame individual, confirmando que vai uma grande distância entre o que se diz Francisco de Assis a proclamar destemperos, daquele que assim se nomeia, ou mesmo com uma identidade anônima, presenteando-nos, porém, com a mensagem por vezes simples, mas rica de luminosidade para orientar o trajeto a ser seguido no mundo.

Com amor,
Lucilla e Caio Fábio, espírito
"Elysium"
https://www.elysium.com.br

Lucilla é autora do romance psicografado lançado este mês, "O PRETORIANO", pela editora MUNDO MAIOR (www.mundomaior.com.br). Leitura fácil e envolvente, de autoria espiritual de Caio Fabio Quinto, o conteúdo trata de uma das vidas passadas vividas pela médium e pelo seu mentor, na Roma de Júlio César, de cujos exércitos Caio foi um dos comandantes, narrando lances de convivência no cotidiano dos personagens, ricos de ensinamentos ilustrativos da Codificação Espírita de Kardec, das leis de causa e efeito, e do aprendizado espiritual que a todos nós envolve no decorrer do nosso trajeto evolutivo durante as reencarnações terrenas.
Os direitos autorais estão revertidos às obras assistenciais da FUNDAÇÃO ANDRÉ LUIZ, no amparo aos deficientes.
Aos interessados, maiores informações para compra no site da editora, ou no da FUNDAÇÃO ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ: link

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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