Igualdade
Autor Ayrton Pereira Amorim
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 12/14/2004 10:50:20 AM
Ao ver um pequeno inseto sobre minha mesa, debatendo-se para manter-se vivo, após algum tipo de acidente acontecido, fiquei observando o porquê desse inseto lutar contra a morte; se ele é um ser considerado inanimado, o que o leva negar-se a morrer?
Poderia aquietar-se e esperar a morte. Não é mesmo?
Essa negação a morrer, me fez pensar, que algo existe de anormal, não evidente, que há uma espécie de indicação do fim desse ser vivente, banindo-o desta vida e é perceptível por este inseto.
A primeira reação de um ser humano quando vê um inseto, é eliminá-lo, usando as mais variadas desculpas, como a ameaça de contágio de doenças ou simplesmente pela vontade de eliminar uma insignificancia para a natureza.
Mas analisando bem, não é muito lógico para mim, pois na cadeia da vida, o inseto tem o seu papel de influência, assim como o ser humano, apesar de que esse é mais destrutivo, por simples ignorancia.
A morte muitas vezes é causada pelo risco ou abuso dele.
Assim como o inseto, que estava "na hora e no lugar errados", quando foi eliminado, pode suceder o mesmo com o ser humano.
Sabemos por exemplo, que ao cruzar a linha vermelha(vergonha nacional) no Rio de Janeiro, corremos o risco de sermos mortos. Mesmo sabendo disso, há gente que insiste em cruzar esse lugar, correndo o risco de ser eliminado.
Vítimas de seus próprios descasos pelo risco que correm, não parece que haja diferença, entre a fatalidade de morte de um inseto e morte de seres humanos, pelo mesmo motivo, que acidentalmente estavam "na hora e lugar errados".
É lamentável, que estes seres sejam eliminados da cadeia de vida desta Terra, por abuso de sua própria vontade de não dar importância ao risco de vida.
No caso do inseto, pode-se entender perfeitamente; mas o ser humano, pode evitar isso, já que pode raciocinar e evitar situações onde corram riscos de vida.
Mas a fatalidade tanto do inseto como do ser humano, nos faz pensar, que para Deus, o inseto pode ter a mesma importância do ser humano, que é vítima de sí próprio ou de uma casualidade impensada.
Outro exemplo, é a imprudência de certos motoristas que arriscam suas vidas,talvez sob o efeito de estimulantes, em ultrapassagens arriscadas, excesso de velocidade, e outros casos, que todos estão cansados de saber.
Em manobras arriscadas, perdem-se vidas, às vezes, como se fossem insetos macerados no chinelo, sempre pelo mesmo motivo.
Se tivermos consciencia dos riscos, temos que colocá-los em máximo alerta, para não sermos vítimas do acaso ou morrendo como insetos.
Isso tudo indica, que nós nos colocamos em igualdade de insignificância na Natureza, quando abusamos das leis que as rege, a ponto de sermos comparados a insetos, a que nós mesmos consideramos insignificantes.
Devemos lembrar que na Natureza, estamos em pé de igualdade com todos os seres viventes, e não temos aquela soberania sobre os animais, como alguns pensam.
Assim sendo, levará muito tempo até que entendamos, que perante Deus somo todos iguais.
E acredito que ainda há coisas a serem desvendadas, que surpreenderão o mundo, com respeito aos animais, como por exemplo, sentimentos como os nossos.
Por isso, a minha surpresa ao presenciar a luta contra a morte daquele inseto.
Ayrton.
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