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Incontrolável necessidade de controle - Parte I

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Autor Teresa Cristina Pascotto

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 2/10/2011 12:20:04 PM


Por conta de nossa insegurança, fruto de nossos medos -da vida, do fracasso, da rejeição, do abandono, da solidão, do sentimento de inferioridade, dentre outros-, passamos a vida criando mecanismos de defesa, na tentativa de fugirmos à realidade e de manipularmos o mundo, para que possamos ter um mínimo de segurança. Com isso, desenvolvemos ao longo da vida meios e mecanismos que nos tragam a ilusão de que possuímos uma condição de controle e poder sobre tudo.

O pior tipo de controle é aquele que exercemos sobre nós mesmos, que é altamente destrutivo, pois nos tornamos tiranos impiedosos ao nos exigirmos a perfeição, nos impondo metas e condições que jamais conseguiremos alcançar, porque essas exigências são imposições de nosso Ego, que só quer saber de conquistar seus objetivos mesquinhos e não está se importando com o mal que isto nos traz. Em sua ignorância, na tentativa de manter o poder sobre nosso Eu Real, ele nos coloca em situações de risco, nos fazendo crer que estamos no caminho certo, mas que sempre nos levam à frustração e à sensação de fracasso, porque nunca conseguimos cumprir com suas exigências e seus planejamentos inviáveis e ilusórios. Isto nos torna atormentados, fazendo com que entremos num sentimento de culpa por não conseguirmos realizar nossos intentos e acabamos por criar e atrair situações e condições ruins ou "perigosas" em nossa vida, na intenção de nos punirmos.

Como é impossível termos o controle absoluto sobre tudo, a cada intento frustrado em controlar algo, alguém ou a nós mesmos, nos tornamos cada vez mais inseguros e temerosos. Quanto mais nos negamos a aceitar que não temos o poder de controlar a vida e quanto mais insistimos em exercer o controle, mais descontrolados ficamos. A forma mais poderosa e intensa de chegarmos verdadeiro descontrole e desequilíbrio, é o próprio controle.

O excesso de controle, em casos mais extremos, pode nos levar a entrar em quadros de grave desequilíbrio, trazendo a possibilidade de desenvolvermos variados tipos de transtornos como ansiedade, síndrome do pânico, depressão, fobias, dentre outros. Além de problemas em nosso corpo físico, um bom exemplo disso, são os quadros de fibromialgia, dentre tantos outros.

Isto se torna uma "bola de neve", pois por não aceitarmos o descontrole, tentamos ainda mais nos sobrepormos a ele, para controlá-lo de forma ainda mais controladora. Enfim, estamos sempre buscando controlar o incontrolável.

Dentro desta necessidade de poder, encontramos nossa condição de autoritarismo e, muitas vezes, tirania, que podem se manifestar de forma explicita ou velada. Não importa a forma como manifestamos nosso autoritarismo, o importante é mantermos as pessoas agindo e sendo de acordo e da forma como nos agrada e nos faça sentir "seguros".

Não há como evitar que o controlador seja um autoritário, pois ele quer e precisa que as coisas sejam e aconteçam de acordo com suas necessidades, expectativas e vontade. E qualquer coisa que esteja fora disto, se desagrada, se descontrola e se desequilibra.

Existem meios de conseguirmos o equilibrio para isso, que é através de um processo de autoconhecimento e auto-aceitação, mas falarei a respeito disto mais à frente, pois agora quero prosseguir a mostrar os motivos pelos quais nos descontrolamos e buscamos tanto o controle. Para que possamos saber de onde vem essa nossa necessidade.

Falarei dos três tipos básicos de manifestação controladora e autoritária, dentro das quais podemos atuar. Existem variáveis, mas vou me ater a somente estes tipos neste momento. Possuímos um pouco de cada uma dessas condições, porém, cada um de nós assume um tipo mais específico. Normalmente, isto ocorre de forma muito inconsciente. Estes são os três tipos básicos:

Controlador dissimulado - o pseudo-amoroso : é aquele que se mostra doce, acolhedor e amoroso, e com sua amorosidade e meiguice, controla as pessoas, sem que elas percebam, as quais se deixam envolver por sua bondade e acolhimento. Para receberem este tratamento, se tornam presas fáceis nas mãos do controlador pseudo-amoroso. Este sente ódio, ressentimento e desejos de vingança e é agressivo como qualquer ser humano, mas nega essa realidade e a oculta, para que as pessoas não saibam que ele contém essa negatividade. Ele tem que manter a aparência da suavidade e meiguice e, para isso, mesmo que esteja sentindo muita raiva de determinada pessoa ou em determinada situação, mantêm-se firme em seu fingimento de que é compreensivo, cordato e pacato.

Quando diante de situações em que se sentiu extremamente contrariado, e a raiva oculta se torna intensa e consciente, ele sente muito medo de perder o controle, vindo a se expor, exteriorizando toda a energia de raiva. Assim, para não se expor, o que faria com que o julgassem e acusassem de agressivo, ele manipula a situação, tão habilmente, que inverte as condições, fazendo com que ele fique na posição confortável de vitima, colocando o outro como culpado, para assim encontrar uma justificativa para uma manifestação (não tão intensa, pois ele se controla ao extremo) de raiva, a qual não foi possível controlar. Ele acredita que a raiva e a agressividade manifestadas, quando sejam justificadas pela necessidade da vítima em se "defender", não trazem malefícios e julgamentos.

O outro, que foi tão habilmente manipulado pelo controlador, acredita em sua culpa. O resultado é que este, por temer perder o amor, acolhimento e aceitação do pseudo-amoroso, acaba tentando se redimir de sua culpa e busca formas de agradar ao controlador, para resgatar seu amor e confiança. Com isto, se coloca ainda mais nas mãos do controlador. Este, o "bondoso eterno", ganha ainda mais poder e controle, recebendo o culpado com acolhimento, com toda a sua capacidade de "compaixão e perdão". E o domínio continua.

Se desejar prosseguir na leitura deste artigo, verifique a parte II e demais partes, nas quais falarei sobre os outros tipos de controle e sobre nossos pseudo-transtornos criados por nossos comportamentos destrutivos e inconscientes.

Parte II: https://www.somostodosum.com.br/clube/artigos.asp?id=25166

Parte III: https://www.somostodosum.com.br/clube/artigos.asp?id=25190

Parte IV: https://www.somostodosum.com.br/clube/artigos.asp?id=25191

 
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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