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Incontrolável necessidade de controle - Parte II

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Autor Teresa Cristina Pascotto

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 2/10/2011 12:34:32 PM


Controlador dissimulado - pseudo-sereno: este se mostra equilibrado e seguro, o que não é verdadeiro, e é do tipo distante e reservado. Precisa passar a imagem de que é "bem resolvido", para que  acreditem que ele tem sempre um apoio ou uma solução para os problemas -seus e de todos-, assim, as pessoas que se afinizam com ele, se deixam envolver por sua pseudo-serenidade, e ele passa a mantê-las "dependentes dele", pois elas acabam sempre procurando-o quando estão com algum problema ou se sentindo frágeis. Por acreditarem que ele tem as soluções e a segurança que precisam, se entregam a ele, e nem percebem a potência sutil com que sua tirania velada os envolve, fazendo com que estes "sejam e façam" tudo o que for bom para ele.

Em qualquer situação que lhe cause contrariedade, ele sente e percebe os impulsos de raiva e agressividade se manifestando, mas ele as reprime perfeitamente, e age de forma fria e calculista. Na maioria dos casos, sabe o que tem que fazer para controlar o outro, sem que este perceba sua fúria. Se o que o contrariou tentar reagir negativamente, tentando impor suas idéias e razão, o controlador reagirá mais intensamente em sua energia de fúria e controle (só ocorrerá na energia e não na ação), fazendo com que o outro estremeça e sinta-se ameaçado e intimidado por seu duro, perigoso e dissimulado olhar oculto em sua "pseudo-serenidade", e isto faz com que este outro fique confuso, o que o leva a acreditar que é culpado em contrariar o autoritário dissimulado. Por medo de perder o apoio e a pseudo-segurança que o controlador lhe traz, o "culpado" tenta se redimir de seu erro, fazendo de tudo para agradar ao tirano. Com a retomada de poder sobre o outro, o controlador relaxa e se mostra ainda mais sereno, assumindo uma tranqüilidade absurda e perdoando o outro, para fazer com que o culpado sinta e entenda que é melhor fazer tudo o que ele exige, a ter que perder seu apoio. Este se torna ainda mais "submisso" ao controlador.

Quando a contrariedade lhe causa muita indignação, a raiva e o instinto tirano se intensificam e, na tentativa de manter o controle extremo sobre si mesmo, ele se enrijece todo internamente, seu rosto fica tenso, seu olhar fica frio e duro, criando uma tensão generalizada. Depois de situações como esta, quando passa o "perigo",  o controlador se sente exaurido, trêmulo, angustiado, ansioso e com muito medo. Mas, infelizmente, não se permite ter consciência deste quadro e nem de que ele é fruto da reação ao excesso de controle e rigidez extrema. Por esta inconsciência, tenta encontrar várias justificativas para este quadro, inclusive, culpando a todos os envolvidos, pelo seu estado crítico. Ou, o pior, recupera a "pseudo-serenidade", acreditando que nada do que ocorreu o afetou e que continua seguro de si.

O controlador explicito - o agressivo: é aquele que quando é contrariado ou quando algo foge ao seu controle e acontece de forma diferente da que planejou, se manifesta com agressividade explícita, sem disfarces e dissimulações. Algumas vezes expressa isso fazendo apenas uma "cara feia com olhar furioso". Outras vezes expressa através de gritos, xingamentos e expressão de fúria explicita. Qualquer que seja a sua manifestação de ira, o faz de forma a que seja o bastante para que mantenha o controle e poder sobre os outros. As pessoas o temem e sabem o motivo disso, e evitam fazer coisas que o contrariem, para não terem que passar por situações em que sentem muito medo do tirano agressivo. Porém, como o controle e poder absoluto sobre tudo e todos, é impossível de se alcançar, mesmo com este tipo de comportamento, está sempre se sentindo contrariado e desrespeitado por todos, o que faz com que sempre se sinta inseguro. Cada vez que manifesta sua tirania e autoritarismo, mas mesmo com isso ainda sente que está perdendo o controle sobre alguém, sente-se ainda mais vulnerável e até confuso, fazendo com que suas manifestações sejam ainda mais intensas e descontroladas, para retomar o controle sobre a pessoa. Mas se esta pessoa que o contraria, se mostrar cada vez mais segura e menos temerosa de suas explosões, o desequilíbrio do controlador agressivo se intensificará (dependendo do caso) e, em seu desespero, cada vez tentará ser ainda mais furioso, na intenção de fazer com que o outro sinta medo dele novamente.

Para o agressivo assumido, não importa o que o outro pensa ou o que sente com relação a ele, o importante é tão somente, ter poder sobre este. Quando este outro não cede às suas investidas de controle e se liberta de seu jugo, chega um momento em que o controlador autoritário, pela tensão e desgaste que isto lhe causa, "desiste" dele, pois se sente tão vulnerável e assustado em não mais conseguir controlá-lo, que toma a decisão de "deixá-lo ir", ele prefere acreditar que essa pessoa não vale à pena, ou que não gosta dela, a ter que assumir que não é capaz de controlá-la conforme gostaria.

Mas isto não significa que o tirano fica bem com isso e em equilíbrio, significa apenas que algum instinto interno (e ignorante) de "sobrevivência" o fez entender que era melhor desistir. Este tipo de controlador, ao contrário dos dissimulados, acaba sendo "mais leve", pois não reprime nada, extravasa sua ira/raiva/ódio/agressividade não retendo nada, o que faz com que se sinta mais leve. Porém, depois que passa seu momento de fúria e agressividade, e retoma um pouco de consciência, a culpa o atormenta, pois sente-se muito mal por ter feito ou dito coisas que percebe que forma inadequadas e até cruéis. Em alguns casos, se a culpa se torna muito intensa, e por não conseguir lidar com isso, prefere negá-la, ocultando-a em seu inconsciente, e passa a acreditar que está certo, que sua manifestação agressiva tem justificativa, projetando sua culpa nos que o contrariaram.

Dentro de comportamentos de controle e autoritarismo como estes é que a nossa necessidade de controle nos descontrola. O medo de perder o poder causa em nós condições autodestrutivas e, dentro disso, encontramos nossa "insanidade" latente. A cada contrariedade e perda de controle nos sentimos mais vulneráveis e medrosos, gerando imensos conflitos internos e, de acordo com nossa personalidade, experiências de vida e de nossos mecanismos de defesa, reagimos a isso da forma como nosso Ego entende ser o "ideal", ou seja, reprimimos e negamos das mais variadas formas, todo o nosso medo da vida, medo de enfrentar a realidade e medo do descontrole extremo. Em alguns casos extremos, podemos escolher caminhos ainda mais dolorosos e destrutivos, que nos levam a desencadear quadros de depressão, síndrome do pânico, ansiedade, dentre tantos outros.

Se desejar prosseguir na leitura deste artigo, verifique as demais partes, onde falarei a respeito de nossos pseudo-transtornos.

Parte I: https://www.somostodosum.com.br/clube/artigos.asp?id=25165

Parte III: https://www.somostodosum.com.br/clube/artigos.asp?id=25190

Parte IV: https://www.somostodosum.com.br/clube/artigos.asp?id=25191


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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