INDIFERENÇA É A ARMADURA DE UM CORAÇÃO PARTIDO!
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Autor Marcia Dario
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/30/2010 11:25:00 AM
Muitos dos problemas que envolvem a Adolescência , Maturidade e “Amor” originaram-se da indiferença que sentimos ou recebemos das pessoas que foram importantes, em nossa infância, que buscávamos em horas de medo, solidão ou dificuldades.
Envolvidos em confusões emocionais, que geraram possíveis inseguranças em nossa atuação, ficaram em nossas mentes, porque era tão difícil fazer o que imaginávamos que eles queriam e assim, finalmente, obtermos a aceitação e aprovação que almejávamos e que nos trariam o amor , objetivo principal de nossas vidas.
Quem de nós não faria qualquer coisa para que recebessemos tal dádiva e sermos aceitos e amados?
Bem , grande parte de nós, não conseguiu atingir esse sonho! Parece que quanto mais precisávamos dessas pessoas, do seu amor, afeto e conforto, menos obtínhamos...
(Ainda acontece com você hoje?)
Ainda mais, nos aconselhavam a não sentir o que sentíamos, porque a forma de expressarmos o que acontecia conosco, incomodava e muito. Nós falávamos a nossa verdade, eles diziam que não era, ou melhor, que éramos crianças demais para sabermos o que poderia ser ou não verdade.
Nós precisamos ser bem comportados, educados.
(Lembra da famosa frase: “Primeiro as visitas!”)
Para nós não era claro o conceito de “bom comportamento”. Mas, de algo tínhamos certeza: não era nada do que fazíamos! Muito menos o que desejávamos fazer! (Que nem ousávamos contar).
Nós tornávamos mais importantes e apreciados, quanto mais fazíamos aquilo que nos era solicitado.
Havia ainda a expectativa de que as mulheres poderiam chorar e demonstrar emoções, os homens nem pensar!
Até praticamente 15, 20 anos atrás, muitos de nós não tínhamos grande contato com o “pai”, ele trabalhava, preocupado em sustentar o lar. Aos nossos olhos ele não nos enxergava, indiferente ou distante de nossas necessidades. Vindos de uma sociedade em que as mulheres demonstraram submissão, ficávamos nós e nossas mães “orbitando”, cuidando, além de tudo para que ele não se aborrecesse.
O nosso sentimento de crianças sedentas de amor e atenção era de que se ele gostasse realmente de nós, investiria mais tempo conosco. Mas essa constante ausência , ainda assim, nutriu em nós uma esperança de que um dia, de repente receberíamos o que desejávamos.
À mãe como sempre havia acontecido, várias gerações anteriores, permanecia ao nosso lado, pois era sua atribuição cuidar e educar-nos.
Provável que nossas mães também sentiam INDIFERENÇAS por parte dele. Por isso tinham reações semelhantes às nossas: se fecharam, passaram a falar menos e executar o papel que era esperado delas. Para receber o desejado, era necessário conformar-se ou resistir”violentamente” à autoridade, que acabava sendo transmitida principalmente às crianças.
Podemos dizer que ainda hoje, a situação para as mulheres não é muito diferente e trabalhar fora não mudou muito! Ou seja, ela passa a adentrar o mundo masculino do trabalho, e adquire também essa “Indiferença”, passando a exercer duplo papel: o feminino e o masculino.
Sobrecarrega-se, portanto, com a responsabilidade dupla. No entanto, precisa “Negar a Raiva”, mostrar uma cara corajosa, forte, reprimir a emoção e fazer o que precisa ser feito, com o menor conflito possível (característica essa, bem masculina).
Bem aí está o que significa INDIFERENÇA: a repressão da emoção, da real resposta, engolindo a raiva, o medo, a sensação da separação, direcionando-se a cada dia para seus objetivos, tentando sentir a menor dor possível. (Isto sempre funcionou para os homens!).
E agora pensamos Meu Deus, como chegamos a funcionar assim?
Após o fim, tecnicamente falando, da infância, começamos a demonstrar características sexuais oriundas de cada papel.E aí começa a separatividade entre homem e mulher. Cria-se um conceito de separação predestinada e fica a idéia de que homens e mulheres são diferentes e que nunca poderão se entender, exceto pelo AMOR.Aliás, o que será que é isso? E sempre que pensamos em Amor, pensamos também na tão temida separação.
Nessa fase, só sabemos que não podemos ser mais criativos, sensíveis, dotados de uma percepção intuitiva (hum, as mulheres sim!).
Ou temos o poder do saber ou o poder da força física. Se não preenchermos os quesitos não seremos realmente uma boa mulher ou um bom homem. Às mulheres cabe o poder da Fé, aos homens o poder do Controle.
Lendo tudo isto, podemos pensar que esses conceitos se referem a uma era de algum passado remoto , em um tempo perdido...talvez o mundo dos nossos pais, avós, bisavós. Também é real, aconteceu. O que não podíamos saber é que essas informações permanecem ativas em nossa memória corporal e que em situações de medo ou stress, elas “acordam” e se manifestam ,como guerreiros defensores da nossa verdade.
Podemos entender melhor essa Indiferença que apreendemos através da nossa memória genética e descobrir porque nos sentimos tão separados, tão diferentes das pessoas que amamos.
Isso é o que a CINESIOLOGIA pode fazer por você: identificar o momento em que essa Indiferença começou a ser manifestada em sua vida.
Mas, esse tema não acaba aqui! Descubra ainda mais sobre esse tema tão importante.
No próximo artigo, falaremos sobre “Os papéis do sexo masculino e feminino e a energia masculina e feminina”.
A todos nós uma linda semana, plena em bênçãos e inspirações.
Abraços carinhosos...
Márcia Dario
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Márcia Dario é Mestre em Comunicação e Cinesiologista por Testes Musculares. É mentora realizando sessões individuais, em jogos, game e desativação de stress emocional, medo de falar em público, ansiedade, pânico. Promove através do trabalho: autocomunicação, autoconhecimento e autodesenvolvimento. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |