Instabilidade do Ego
Autor Marcos Spagnuolo Souza
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 11/25/2013 11:15:28 AM
O ego é o eu, o ser que está controlando totalmente o corpo material, etéreo, astral e mental, assim sendo não conseguimos ser diferente do ego, somos o ego em todas as situações.
O ego não consegue parar de falar, de escrever, de andar, de ouvir, de degustar e de querer. Não consegue também parar de pensar e de sentir emoções. O ego é um ser totalmente insatisfeito sendo que nada o preenche, sempre querendo mais e mais. Nunca está satisfeito consigo mesmo provocando sempre constantes buscas pelo novo. Apesar das constantes buscas ele é extremamente apegado as coisas que possui.
Estando nas montanhas quer ir para as praias do mar, estando na cidade deseja a vida rural, estando em casa pretende ir a qualquer lugar e quando chega onde planejou busca imediatamente alternativa diferente. Quanto mais possui dinheiro mais rico quer ficar, se possui uma casa quer outra se possui duas quer a terceira.
O ego é atraído principalmente por um corpo oposto do qual possui, se está usando uma forma masculina busca se complementar em uma forma feminina, em síntese, não aceita a solidão em nenhuma hipótese, estando sempre querendo se fundir com alguém para se complementar, no entanto, o vazio continua.
O maior medo do ego é o silêncio, a solidão, o desprezo, a ausência de reconhecimento e dos aplausos, a crítica, a traição e principalmente o medo da morte que é a perda do seu corpo material. O medo da morte impulsiona o ego a vivenciar uma religião frequentando templos, executando a cultura de determinado viés religioso, participando de rituais teológicos, pois pensa na sua perpetuação após a morte em corpos sutis e a consequente reencarnação em um corpo denso ou viver eternamente em um plano superior.
O pavor do ego é ter consciência de sua totalidade formada durante milhões de ano, pois essa consciência unificada o coloca diante do sofrimento insuportável por vivenciar todas as representações que passou durante eras e eras. Na morte do corpo físico o ego vivencia as experiências nos corpos sutis tendo consciência dessa memória inconsciente no plano material, em decorrência o sofrimento é uma constante nos outros planos provocando o impulso ou desejo de reencarnar para que essas memórias possam ficar submergidas no inconsciente.
A natureza do ego é a instabilidade e sua inconstância tende aumentar conforme os séculos de vida vão adicionando experiências em sua estrutura, assim sendo, as sociedades, que representam o somatório das vontades egóticas, vão se caracterizando cada vez mais pela caoticidade. A única solução para uma sociedade humana é a morte do ego e o emergir do novo homem que está em sinergia com Deus.
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